Amélie Santinni sempre viveu na sombra dos seus inúmeros irmãos, mas não pelo fato de ser excluída, só não se achava boa o suficiente para brilhar como todos eles.
Relacionamento e pegação não era seu forte já que os homens e garotos fugiam dela.
Ca...
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Respiro fundo enquanto olho para a garota na minha frente que tem um sorriso inocente demais.
- O que você quer? - questiono.
- Eu? Nada - diz aumentando o sorriso - Apenas estou falando com você, já que o vi sozinho aqui.
- Não estou sozinho - falo me virando e pondo as mãos nas grades.
- Parece sozinho - diz parando ao meu lado - Você já decidiu que vai aceitar minha proposta?
- Que proposta? - questiono.
- A de você me foder - fala normalmente me fazendo respirar fundo.
- Nunca disse que aceitei nenhuma proposta maluca que me fez - falo.
- É o que perguntei, o que custará para você fazer isso para mim? - pergunta me olhando - Eu só quero foder, tenho certeza que não vai ser problema para você fazer isso por mim, a não ser que seja emocionado e tenha medo de se apaixonar por mim.
Ela sorri encostando na grade, desço os olhos por seu corpo vendo ele marcado por um vestido azul colado.
- Você é até... Gostosinha, mas não é o tipo de mulher com quem gosto de ficar - falo tocando o queixo dela.
- Não quero ser seu tipo, só quero... Ah, deixa para lá, você não me parece o tipo que me deixaria nas nuvens - diz com deboche.
- Tenho autocontrole garota, não vou cair em suas provocações e insinuações - falo e vejo ela bufar.
- Ok, se você não quer irei... Vender a minha virgindade é isso, não sabe o que vai perder - diz e solto uma risada vendo ela parecendo com raiva.
- Não me parece uma mulher que quer foder agora - falo, coloco a mão no bolso e tiro de lá um cigarro, acendo ele e levo aos lábios - Parece mais uma menininha.
- Talvez eu seja - diz - E ainda assim queria foder, mas esquece, não quero mais, acho que posso procurar outro cara melhor para isso.
- Faça o que quiser - digo dando de ombros.
- Farei - diz e sai de perto de mim dando tchau e me mostrando a língua, reviro os olhos e volto meu olhar para a multidão lá embaixo onde todos dançam.
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- Nós precisamos saber quem fez o roubo dale metade das cargas de drogas que vieram, e eu quero matar pessoalmente o filho da puta que fez isso - Violett diz irritada.
- Meu palpite é que foi alguma membro do conselho, eles pareceram pouco surpresos com isso - Rocco diz.
- Mas só podemos causar se tivermos alguma prova, até agora não houve nada disso - falo - E eu divido que algum deles ia deixar rastro do que fez.
- Talvez deixem, eles querem que eu fique com raiva e vá atrás para depois o que fizerem comigo tenha uma desculpa - Violett diz - Ele vão alegar que só estavam se defendendo.
- Por isso temos que pensar muito e ter um plano se descobrirmos que foram eles - digo - Não vamos agir sem pensar antes.
- Isso, nada de agir antes de pensar, seguir todo o plano para que não haja perdas - Rocco diz ficando de pé - Eu preciso ir, disse a Karin que não ia demorar, ela está me esperando para jantar.
- Ok, diga a mamãe que mandei um beijo para ela - diz Violett, seu pai deixa um beijo em seu rosto e sai do escritório - Acho que vou comer algo e depois saímos para resolver algumas coisas.
- Vou te esperar aqui - falo e ela me olha.
- Você vai comer algo também Gerson - diz - Não estou pedindo, estou mandando, vamos.
Ela sai do escritório e saio em seguida, vejo ela caminhando para a cozinha e a sigo, vejo tudo quieto e silencioso, me pergunto se seus namorados estão aqui, mas agradeço por não vê-los.
- Tem tudo para preparar um lanche aí na geladeira - Violett fala - Você não come bolo e doces.
Caminho até a geladeira e abro pegando um pote com recheio para o lanche.
- Oi tia - fecho os olhos e respiro fundo ouvindo a é brinca de Violett.
- O que está fazendo aqui? - Violett questiona - Não me avisou que vinha.
- Ah, sabe que não preciso avisar né - diz, fecho a geladeira e ignoro ela - Ah, não sabia que tinha visitas.
- Gerson não é visita - diz - O Nich e Naila estão assistindo alguma coisa na sala de cinema.
- Vou para lá, mas antes quero comer algo, vim da casa de Gianna e lá só tem salada - diz pegando um pedaço de bolo, volto meu olhar e preparo um sanduíche para mim - Tchauzinho, beijos.
Ela sai da cozinha, não antes de me olhar e piscar sorrindo, bufo e vejo Violett me olhar com um sorriso de lado.
- Acho que deveria aceitar a oportunidade - diz com deboche - Seria bom para os dois.
- E eu acho que deveria contar a verdade para um dos seus namorados, seria bom para os dois - aconselho.
- Coisas diferentes Gerson - diz.
- Pode até ser, mas não deixa de ser verdade - digo - Quanto antes fizer isso, melhor.
- Eu farei, logo após fazer o que planejo - diz - Sabe que não vou mudar de idéia.
- Sei que não - concordo.
- Mas eu acho que você deve mudar de idéia - diz provocativa - Qual é Gerson, realmente não lhe custará nada transar com ela, e será bom para os dois.
- Não quero que seja bom, pois eu não vou fazer - digo mordendo o sanduíche.
- Você é idiota - diz dando de ombros - Acho que tá perdendo uma oportunidade.
- Prefiro perder - digo e ela revira os olhos.
- Vamos trabalhar que é melhor - fala pondo o prato na pia - Ainda preciso resolver algumas coisas hoje a noite.
Coloco o que sujei na máquina de lavar e saio atrás dela, quando passamos pela sala vejo Amélie sentada no sofá, ela me olha e sorri de lado.
Olho para a frente e saio da sala, caminho até meu carro e entro no banco de motorista esperando Violett.
