Quarantatre

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Dor

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Dor.

É o que sinto agora após o elevador se fechar.

A desolação no rosto de Amélie me fere.

A Dor estampada a cada vez que eu falava uma mentira, era uma facada em meu peito.

Causar dor a ela para que fosse embora me causou dor também.

Pego a garrafa no balcão e jogo na parede fazendo ela se estraçalhar e o líquido escorrer até o chão.

Me sento e choro como um bebê sem ter vergonha alguma.

Eu não queria fazer isso, não queria ficar longe dela, mas foi preciso.

Aqueles filhos da puta.

Aquele filho da puta!

Por tantos anos questionei a mulher que me colocou no mundo quem era o meu progenitor e ela nunca falou sobre, disse que isso ela levaria para o túmulo para minha proteção e de Gabriel, que o nome dele nunca poderia sair de sua boca.

E realmente nunca saiu, ela nunca disse nada sobre quem era meu pai, quando se casou outra vez ganhamos o sobrenome do seu marido e foi assim até esse momento onde não sou mais Gerson Giagollo para a famiglia.

Eu sou Gerson Canperinni filho de um traidor e consequentemente um traidor segundo nossas leis.

Sou filho de Daniel Canperinni julgado e morto pelo crime de traição contra a famiglia.

E o melhor de tudo é saber que a pessoa de quem ele traiu a confiança foi da mãe da minha noiva, ou melhor ex noiva, tudo que disse fará com que ela não queira mais me olhar.

Pensar nisso me faz sentir uma dor aguda no peito, eu a perdi, a perdi assim para que não acontecesse algo pior com ela.

Estou na corda bamba, a qualquer minuto o conselho pode chegar por essa porta e me matar, nem Violett impediria isso, pois de certa forma estariam no seu direito.

Por hora está tranquilo pois sempre há brechas na lei, mas até quando isso vai permanecer assim eu não sei.

Ouço a campainha tocar e meu peito de enche de esperança de que seja ela quem voltou e vai me esculachar para depois dizer que me perdoa e me ama.

Fico de pé e caminho para a porta, abro ela e não é quem esperava.

- Onde ela está? - Angel questiona e tem seu rosto vermelho assim como seus olhos - Eu percebi que não é o certo fazê-la ir, não termine com ela para a proteger, podemos dar um jeito nisso, você pode levá-la para onde planejava se isso a deixar feliz e protegida.

- Tarde demais - digo e ela morde os lábios para não chorar - Você disse para eu a deixar e eu fiz isso, ela não volta mais Angel, nunca mais, não para mim.

- Oh meu Deus! - diz pondo as mãos na boca - O que falou foi tão grave?

- Você disse para nos separarmos, qualquer coisa que tivesse dito diferente do que eu falei ela não iria tão fácil, fiz o que foi preciso, o que me fez fazer - digo engolindo em seco - Amélie não corre riscos pois foi embora antes de alguém descobrir sobre nós dois, se decidirem me matar por conta do meu progenitor ela não sofrerá nada.

Amélie - Entre Amor E Ódio - Série Santinni's Livro IVOnde histórias criam vida. Descubra agora