Amélie Santinni sempre viveu na sombra dos seus inúmeros irmãos, mas não pelo fato de ser excluída, só não se achava boa o suficiente para brilhar como todos eles.
Relacionamento e pegação não era seu forte já que os homens e garotos fugiam dela.
Ca...
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- Estou gostando daqui, só sinto falta de uma cama gostosa - Susie diz enquanto andamos distribuindo água.
- Depois da segunda vez você acostuma no colchonete - digo e toco a cabeça de uma criança - Eu também sentia dores nas primeiras vezes.
- Falando em primeira vez - ela começa e ri - Não sente vontade de foder nenhuma vez?
- O que? - questiono olhando para ela.
- Veja só o tanto de homens gostosos aqui, eu sentiria vontade de foder com todos eles no momento do meu período fértil, nunca sentiu? - questiona.
- Não, eu não vejo nenhum aqui como um parceiro sexual - digo.
- Bom, o único aqui que parece ser do tipo que curto no sexo é aquele casado e o Karel, mas ele não gostou de mim então... - diz dando de ombros - E eu jamais pegaria o casado.
- Não acho que ele não tenha gostado de você - digo e ela me olha com deboche - Ele só não curtiu seu estilo e não achou apropriado para um trabalho voluntário.
- Eu não tenho outras roupas além dessas - justifica - E eu poderia vir pelada que ele não tinha o direito de falar nada sobre, afinal quanto mais ajuda melhor.
- Sim, mas não ligue, ele jamais vai dizer algo para ofender você - falo e ela assente.
Continuamos a distribuir as águas para todos enquanto vamos conversando.
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- Você é quase do meu tamanho, me empresta uma blusa sua que eu coloco uma calça jeans - Susie pede.
- Pode pegar na minha mochila - falo e ela vai pegar - O que tem duas roupas? Já sujaram todas? Só depois de amanhã é dia de lavarmos todas.
- Não, é que agora só me restou uma blusa curta e está frio - diz vestindo uma camiseta vermelha.
- Já está na hora do jantar, vai vir agora ou não? - questiono.
- Vou, me espera só arrumar os cabelos - diz e prende em um coque.
Pegamos um casaco e saímos do quarto até o local onde fazemos as refeições, ao chegarmos pego uma bandeja, prato e colher para me servir, depois me sento em uma cadeira e Susie se põe ao meu lado a mesa.
Começamos a conversar com outros voluntários enquanto comemos, Karel aparece e se senta a mesa junto com a gente, ele conversa também e uma vez ou outra ri do que um voluntário fala.
Eu gosto do clima que fica após um longo dia de trabalho, nós nos sentamos aqui para jantar e falamos sobre o dia que tivemos e o quão bom foi ajudar todas aquelas pessoas.
- Quero agradecer a todos presentes aqui por mais um trabalho concluído com sucesso - Karel diz - Que possamos continuar fazendo um bom trabalho.
Ele levanta a taça com suco e fazemos o mesmo, geralmente não é permitido álcool por aqui, mas um voluntário ou outro traz.
Continuamos jantando e depois ficamos em volta de uma fogueira conversando, me enrolo em um cobertor com minha irmã e ela me abraça para esquentar do frio.
- Para uma primeira vez você fez um bom trabalho senhorita - Karel diz para minha irmã, mas não a olha.
- Obrigada - ela diz - Eu gostei de fazer isso, quando tiver uma próxima virei outra vez.
- Sempre é bom ter alguém disposto a ajudar - fala.
Depois de um tempo nos retiramos e entramos mas tendas para dormir, Susie entra comigo e nos preparamos para dormir pois amanhã voltamos para Itália.
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Abro a porta do meu apartamento e me jogo no sofá, viajar de avião por longas horas é cansativo, viajar por quase um dia inteiro é ainda pior.
Mas eu sempre acho que vale a pena cada hora dentro de um avião.
Suspiro e me levanto para tomar um banho e depois ir a casa dos meus pais dar um beijo neles depois de um mês e alguns dias sem vê-los.
Entro no quarto e procuro uma roupa para vestir, acabo vendo um vestido que me traz lembranças.
Mordo os lábios ao ver o vestido que usei no dia que fui fodida pelo Gerson, dou risada ao lembrar da sua cara quando eu disse que o sexo com ele nem foi tudo isso.
A verdade é que foi além, mas eu não vou alimentar o ego dele, ele não merece isso.
Eu super repetiria? Óbvio, mas só faço isso se ele vier de novo me pedir, igual eu fiz quando queria perder a virgindade, insisti até que tive o desejado, mas dúvido que ele me peça outra vez para fodermos, não me parece o tipo que faz isso.
No mais eu posso ir atrás de outra pessoa, ou baixar algum aplicativo de encontros, foder e depois voltar para casa.
Acho que precisamos explorar todas as opções.
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- Que saudades que estava das minhas filhinhas - minha mãe diz me abraçando - A Susie passou aqui mais cedo e disse que adorou e vai outra vez, talvez eu deva ir com vocês também.
- A senhora não vive sem o papai - falo rindo.
- Não conheço nenhum papai, nunca vi em minha vida - diz empinando o nariz.
- A mamãe e o papai brigaram - Alessio diz e olho para ele - Por que a mamãe tava escondendo o segredo do Nenê e ele ficou magoado de não saber.
- Ele disse que ficou tiste pois o Nenê não contou a ele e escondeu - Renê diz comum biquinho enquanto Alessio ajuda ele a comer - Não gosto do papai tiste e agola ele tá com raiva da mamãe.
- Meu amorzinho, não é sua culpa ok? - ela diz ao Renê - Seu pai que é sensível.
- Acho que ele tá certo em ficar magoado, tudo bem que é ciumento, mas não saber das coisas não é bom - Alessio diz - Ele não ia proibir o Nenê de ver o Jason, só iria conversar para o outro cuidar dele.
- Eu só fiz o que meu filho pediu - diz como se não se importasse, mas não dou duas horas para eles estarem juntos novamente, eles são assim, discutem, passam dois minutos sem se falar e depois estão no maior amor novamente.
Raramente minha mãe volta atrás e diz que está errada, geralmente meu pai não aguenta ficar muito tempo longe dela e eles fazem as pazes.
Mas estou achando que dessa vez ela quem vai fazer isso, se conheço meu pai ele deve estar magoado por ter sido excluído de algo ligado a um filho.
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Embora levemente alcoolizada, este capítulo foi escrito comigo 100% sóbria 🤭🤭
