Amélie Santinni sempre viveu na sombra dos seus inúmeros irmãos, mas não pelo fato de ser excluída, só não se achava boa o suficiente para brilhar como todos eles.
Relacionamento e pegação não era seu forte já que os homens e garotos fugiam dela.
Ca...
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Pego uma caixa contendo água e caminho em direção ao carro que vai levar os mantimentos a um vilarejo aqui perto.
- Amélie - ouço me chamarem e suspiro sabendo quem é, me viro e sorrio para Higor, ele é um voluntário também - Faz tempos que não te vejo.
- Eu passei um tempo com minha família - falo continuando a caminhar.
- Me deixe te ajudar - diz correndo para meu lado e puxando a caixa da minha mão, olho para ele cerrando os olhos e o mesmo não se toca - Eu também passei um tempo com a minha, sempre é bom rever a família.
- Sim - falo ignorando o fato de querer dar nele.
- Foi a muitas festas? - questiona e suspiro - As festas da sua família são bem conhecidas.
- Na verdade odeio festas, prefiro ficar em casa assistindo um filme ou lendo - falo chegando no carro e ajudando a colocar as caixas com mantimentos dentro.
- Uma Santinni que não gosta de festas, uau - diz e olho para ele.
Há algo que odeio, ser constantemente cobrada ou que falem algo sobre eu ser diferente da minha família, na realidade ninguém é igual, todos tem seus gostos e vontades.
- Sim - é a única coisa que respondo.
- Como seu amigo eu adoraria um dia ser convidado para uma festa em sua casa - diz e olho para ele rindo - Falo sério gatinha.
- Bom, talvez um dia te convide - falo e ele sorri.
Reviro os olhos e subo no carro que segue para o vilarejo onde faremos as doações.
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Pego meu celular e vejo uma ligação perdida de Melim, retorno e espero ela me atender.
- Oi cunhadinha - diz quando atende.
- Oi Mel, como está? - falo sorrindo para ela.
- Cansada de carregar esse garoto dentro de mim - diz olhando para a barriga e passando a mão nela - Meu Deus, eu nunca achei que pesava tanto um bebê dentro da gente, da próxima o Kaio quem vai ficar grávido.
- Tenho certeza que ele fará isso por você - falo sorrindo - Como esse neném aí está?
- Agitado, não para de mexer, estou me perguntando se aguento mais três meses com ele aqui dentro - diz e faz uma careta - Seu irmão acabou de chegar, amanhã te ligo e conversamos mais.
- Ok, eu não atendi a outra pois não estava no quarto, amanhã quando tiver livre eu ligo - falo, nos despedimos e desligo o celular.
Mando mensagem para meus pais e me jogo na cama, fecho os olhos e caio no sono.
