Amélie Santinni sempre viveu na sombra dos seus inúmeros irmãos, mas não pelo fato de ser excluída, só não se achava boa o suficiente para brilhar como todos eles.
Relacionamento e pegação não era seu forte já que os homens e garotos fugiam dela.
Ca...
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Abro os olhos e tento focar a visão no escuro que está no quarto, sinto um corpo abraçado em mim quase por cima.
Amélie tem um braço por cima de mim me apertando forte e sua perna está sobre minha cintura de maneira que nossos sexos estão quase se tocando por conta da minha ereção matinal, ela me aperta ainda mais nos grudando e juro que leva tudo de mim para não acordar ela agora e foder sua bunda.
Me afasto dela que resmunga e puxa o travesseiro abraçando ele, fico de pé e caminho até o banheiro para fazer minhas higienes matinais.
Após terminar tudo e tomar um banho demorado, visto uma cueca e calça moletom saindo do quarto, caminho até a cozinha e começo a fazer café para mim.
Depois de feito coloco em uma xícara e caminho até a varanda me sentando e olhando a cidade, o sol já está alto indicando que não é cedo.
Fico ali alguns minutos até ouvir um barulho na sala e me levantar olhando, vejo Amélie com uma toalha enrolada no corpo e com o vestido nas mãos.
- Merda, tá rasgado, não me lembro de ter rasgado ontem - fala sozinha e levanta o vestido fazendo uma careta, então se abaixa e pega a calcinha vendo ela destroçada - Caralho também está rasgada.
- Você não disse que eu não deveria rasgar - digo e ela levanta a cabeça, vejo seu rosto ganhar uma coloração avermelhada e ela abaixa a calcinha.
- E você não deveria sair por aí rasgando as calcinhas e vestidos de garotas inocentes - fala e não me contenho na gargalhada, ela também ri e se senta no sofá - Como vou para casa?
- Posso pegar uma camisa minha para você, ficará como um vestido - digo caminhando para o quarto e deixando ela na sala, entro no closet e pego uma cueca e uma camisa para ela, como a mesma é mais baixa que eu não vai ficar tão curta.
- O que está fazendo aqui?! - escuto duas vozes perguntando ao mesmo tempo e me apresso a ir para a sala, assim que saio do corredor vejo Violett parada perto do elevador e Amélie de joelhos no sofá, fecho os olhos e né preparo.
- Aí meu Deus, vocês transaram - diz surpresa e abro os olhos olhando para ela que tem um sorriso no rosto.
- Não transamos tia, eu apenas... Bebi demais e seu amigo me ajudou - Amélie diz fazendo uma cara que eu acreditaria, mas Violett parece longe disso, ela ri alto enquanto nos olha.
- Oh pelo amor de Deus Amélie, eu te ensinei a mentir e você não aprendeu nada? - questiona caminhando e pegando o vestido e a calcinha com a ponta dos dedos - Além de bebê da estava sendo atacada por um gato maluco?
- Eu caí - diz e Violett se joga no sofá ao lado dela.
- Aham, acredito - diz e me olha - Pode trazer uma roupa para ela Gerson, não acho apropriado que possamos conversar com ela nua por baixa da toalha.
Amélie afunda o rosto no sofá e choraminga ficando de pé e caminhando até mim para pegar a camisa e cueca, entrego a ela que entra em um quarto, olho para Violett e ela tem um sorriso enorme no rosto.
- Sabia que você não ia aguentar e cederia, se eu pudesse ter contado a alguém faria uma aposta e estaria mais rica nesse momento - diz rindo, mas vai parando e ficando séria - Eu vim aqui pois temos uma reunião do conselho as três e você não atendia o telefone, como saiu cedo da festa vim atrás, fiquei preocupada.
- Acho que descarregou - digo - Sobre o que é a reunião?
- Não sei, eles não disseram, mas sinto que não é nada bom - diz, mas logo se cala quando Amélie aparece - Bom, já está avisado, deixarei os dois sozinhos e te espero as três.
- Tia vai embora? Me deixe no meu apartamento, eu deixei meu carro em sua casa - diz se apressando e pegando a bolsa.
- Infelizmente não poderei, tenho algo a resolver e não vou passar perto do seu apartamento, Gerson te deixa lá - fala pegando o celular no bolso e se apressando em direção ao elevador - Até mais pombinhos, ainda tem um tempinho até às três para um sexo maluco.
O elevador se fecha e ela ri antes disso, Amélie passa a mão no rosto e suspira parecendo envergonhada.
- Não precisa ir me deixar, pedirei um Uber - fala pegando o celular na bolsa.
- Vestirei uma camisa e vou te deixar já que ontem insisti para vir no meu carro - falo indo pegar uma camisa, pego minha carteira e chave do carro e volto para a sala.
Entro no elevador e ela entra comigo, coloco a senha e desce para a garagem, caminhamos até meu carro e entramos.
Dou partida e sigo até o apartamento dela que não é tão longe do meu, o caminho só não é silencioso pelo fato dela ter pedido para colocar um música e ir cantando.
Uma hora ou outra me pego olhando para ela e desviando o olhar, hoje me sinto relaxado após o sexo de ontem, mas teria mais uma dose hoje, é pensando nisso que paro o carro no acostamento e ela me olha.
- Ainda não chegamos - diz me olhando.
- Eu sei - digo a olhando - Olha Amélie, não sou um garoto bobo, sou direto nas coisas que quero.
- Ok, entendi, mas por qual motivo parou aqui? - questiona.
- Eu não vou mentir que o sexo de ontem não foi bom, pois ele foi, por isso acho que deveríamos ter um acordo de termos mais algumas vezes - falo e ela me olha atenta - Ontem não especificamos nada, mas gostaria de dizer que se tiver de acordo poderíamos estender isso, mas deixo dito que desde já terá algumas coisas acrescentadas.
- Tipo? - questiona.
- Não gosto de dividir, por mais casual que seja, gosto de exclusividade, sou egoísta - digo sério.
- Então se eu disse que quero não posso ficar com ninguém? - balanço a cabeça e ela me olha cerrando os olhos - Então você também não poderá ficar com ninguém?
- Não - respondo e ela balança a cabeça dessa vez.
- Ok, posso conviver com isso, quando o tesão acabar posso usar tudo que me ensinou com outros caras - diz e aperto as mãos vendo ela sorri feito uma menininha - Será ótimo Gerson!
- E não se esqueça que não é nada ligado a sentimento, será só sexo - falo e ela desfaz o sorriso.
- Aí você estraga a brincadeira com essa história boba novamente - diz - Talvez é você quem esteja apaixonado por mim e vem com essa história tentando enganar a si mesmo, já disse que eu posso conviver com casual Gerson e estou zero preocupada com isso, mas você não, sempre tocando no assunto, se eu por algum motivo idiota me apaixonar vou dizer a você como falei ontem.
Ela cruza os braços e me encara com a sobrancelha arqueada, suspiro e ligo o carro novamente dando partida para a deixar em casa.
