Epílogo

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Acordo assustado ouvindo uma batida forte na porta, abro os olhos e vejo meu quarto escuro, me sento na cama e as batidas ficam ainda mais altas

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Acordo assustado ouvindo uma batida forte na porta, abro os olhos e vejo meu quarto escuro, me sento na cama e as batidas ficam ainda mais altas.

- Nicolas! - ouço a voz do meu pai e fodeu - Nicolas!

- Já vou - falo saindo da cama e caminhando até a porta, respiro fundo e tomo coragem de abrir a porta, vejo meu pai com seu semblante sério me encarando, atrás dele está minha mãe que é intermediária de tudo - Bom dia.

- Está atrasado para seu primeiro dia de faculdade! - fala com seriedade - Saiu para beber ontem sendo que eu recomendei que não fizesse isso já que hoje é seu primeiro dia de aula!

- Eu não ouvi o alarme - justifico e vejo ele respirar fundo parecendo sem paciência - E o senhor sabe que eu não quero fazer faculdade pai.

- O combinado e assinado por você foi que faria faculdade se quisesse se envolver com as coisas da famiglia, agora se não é homem o suficiente para cumprir o acordo não deve participar de nada sobre ela! - ele bufa e sai andando pelo corredor, passo as mãos no rosto e olho para minha mãe.

- Ele me odeia - digo me encostando na soleira.

- Ele não o odeia filho, ele está com medo por você querer fazer parte da famiglia, nós não queríamos isso para você e nem para seus irmãos - diz parando na minha frente, beijo sua testa e abraço ela apertado - Dê um tempo a ele e depois conversem, tenho certeza que se explicar seus motivos de entrar ele vai aceitar e te ajudar nisso.

- Quando eu chegar da faculdade converso com ele - falo e beijo ela novamente - Agora vou tomar banho.

- Está realmente cheirando a álcool - diz se afastando e sorrio.

Entro no quarto e fecho a porta, pego uma roupa e vou para o banheiro, tomo meu banho demorado e depois de pronto saio do quarto.

Na sala vejo meus irmãos e dou um tapa na cabeças dos três sentados no sofá.

- Oh mãe, Nicolas está nos batendo! - dizem juntos e me dão dedos, os três são umas pestinhas, tocam o terror no mundo.

- Ela não vai acreditar em vocês, sou o preferido - provoco como se tivesse cinco anos, eles me dão língua e nossa mãe aparece bem na hora.

- Meninos! - diz pondo a mão na cintura.

- Nicolas fez primeiro - um deles fala.

- Já estou indo para o primeiro dia de quatro anos - digo, beijo minha mãe outra vez e saio de casa.

Subo na moto que ganhei em meu aniversário e ligo ela seguindo o caminho até a faculdade.

Quando fiz quinze anos disse a meu pai que queria fazer parte da famiglia e participar de tudo igual meu bisavô e avó, além da minha tia e dele também.

Ele não gostou da ideia nenhum pouco e brigou comigo, mas depois de conversar com minha mãe propôs que eu fizesse faculdade em troca de entrar na famiglia.

Amélie - Entre Amor E Ódio - Série Santinni's Livro IVOnde histórias criam vida. Descubra agora