- Amor - chamo quase chorando, toco minha barriga e respiro fundo fazendo uma careta quando a dor aumenta - Gerson!
Ele da um pulo do chão e se segura para não cair novamente, fico encarando ele que parece atordoado, solto um gemido de dor e ele me olha.
- O que eu faço? - questiona parecendo prestes a desmaiar de novo.
- Liga para meus pais e se prepara para irmos ao hospital - digo e ele assente, mas fica parado no mesmo lugar - Vai logo Gerson!
- Ok, ok, eu vou - diz e pega meu celular ligando para minha mãe que atende logo - A Amélie tá sentindo dor e a bolsa quebrou!
Dou risada pelo jeito que ele falou e choro em seguida quando sinto uma pontada mais forte.
- Mãe tá doendo muito e o Gerson não tá em condições de dirigir - digo chorando.
- Eu estou! - diz e abana o rosto - Eu não estou.
- Filha fica calma, marca de quanto tempo tá as contrações - pede.
- Tá muito perto uma da outra - digo e faço uma careta para não gritar - Mãe eu acho que está nascendo!
- Merda - diz e foca em silêncio, me deito na cama sem forças e mordo o travesseiro - Gerson querido, sei que está nervoso, mas é preciso respirar fundo agora, ir no quarto do bebê, pegar uma manta limpa e fazer o parto da minha filha.
- Eu? - questiona atordoado - Mas eu não...
- Vai logo! - ouço meu pai gritar pelo celular e meu marido sai correndo do quarto, choro pela dor sentida e acho que não terei mais filhos - Filha nós estamos indo para aí, chegaremos logo.
Não falo nada pois estou sem forças, Gerson volta do quarto com a bolsa do nosso filho nas mãos.
- O que eu faço agora? - questiona a minha mãe pelo celular.
- Abre as pernas dela, põe a manta embaixo e espera ela fazer força e o bebê aparecer, quando isso acontecer segura a cabeça dele - diz e ele abre minhas pernas, depois põe a manta embaixo delas - Filha sei que deve estar sem forças, mas tenta fazer um pouquinho para que nosso Nicolas venha ao mundo.
- Angel eu estou nervoso, mas me lembro de alguns artigos que li, juntar os joelhos ajuda mais que deixá-los separados - Gerson fala.
- E é realmente meu querido, não me lembrava disso - diz e tento juntar meu joelhos, devo estar em uma posição muito horrível, mas sinceramente não ligando para isso - Empurra filha, faz meu netinho sair.
- Não consigo - digo, sinto uma dor e mordo os lábios, respiro fundo e tento fazer força, vejo Gerson me olhando e me incentivando com o olhar.
Sinto uma dor forte e que logo alivia, então ouço um choro que me faz mais feliz, tento olhar para ele e vejo Gerson o segurando nós braços com cara de bobo.
- Meu filho - diz sorrindo - Eu tenho um filho e ele é a coisa mais linda do mundo inteiro.
O vejo beijar nosso filho mesmo sujo de sangue e sorrir bobo olhando para ele.
- Olha como ele é lindo amor - diz e coloca o pequeno embrulho em cima de mim, sorrio e toco o rostinho do meu filho.
- É perfeito - digo sorrindo.
- Podemos entrar? - ouço a voz da minha mãe na porta.
- Sim - Gerson diz, então vemos meu pai, minha mãe e a médica que me acompanhou na gravidez.
- Trouxemos sua médica para fazer os procedimentos necessários, as ruas estão um caos e íamos demorar a chegar no hospital, como ela mora perto daqui foi rápido - minha mãe diz com um sorriso.
- Olá Amélie e senhor apressadinho - a médica diz - Trouxe tudo para cortar o cordão umbilical.
Ela corta o cordão e faz todos os procedimentos que precisa, e eu não sabia que teria que parir a placenta, não dói como a cabeça de uma criança, mas não é confortável.
Por ter feito todos os exames durante a gravidez e constatar que Nicolas está saudável, além é claro da médica ter trazido as vitaminas que ele precisa tomar no primeiro dia de vida, só preciso ir ao hospital quando o dia estiver claro.
Depois de tudo certo ela vai embora e ficamos eu, meus pais e Gerson, ele arrumou a cama e estou deitada nela novamente com meu filho mamando avidamente em meu seio.
- Ele é esfomeado - falo sorrindo, dizem que dói muito, mas não me incomodou tanto.
- Sabe as boas coisas e aproveita disso - Gerson diz e meu pai da um fala na cabeça dele.
- Onde o Giovanni ficou? - questiono.
- Renê e Jason ficaram com ele enquanto vínhamos - minha mãe responde - Aquele garoto está sapeca.
- Espero que o Nicolas seja tranquilo - falo e sorrio passando o nariz em seu rosto.
- Dúvido, mas a deixarei iludida - fala - Deve está querendo descansar filha, iremos embora, amanhã vamos acompanhar vocês ao hospital, a mamãe está muito feliz por tudo ter dado certo, amo você.
- Também amo você, obrigada por vim e ter ensinado o Gerson - digo, ela beija minha testa e sorri, meu pai faz o mesmo e eles vão embora.
Gerson acompanha eles até a saída e volta logo depois, sorrio para ele que se prepara para deitar ao meu lado, fecho os olhos sentindo um beijo em minha testa e seu braço por cima de mim.
- Eu te amo ainda mais por ter sido forte e por ter feito nosso filho vir ao mundo - diz e abro os olhos.
- Eu te amo por ter ajudado ele a vir ao mundo, acho que sozinha não daria conta - falo e ele parece emocionado.
- Fui o primeiro a segurar ele, sabe o que isso significa para mim? - questiona com os olhos brilhando - Talvez eu nunca consiga declarar com palavras, mas ele é a coisa mais importante do mundo inteiro para mim, além de você, eu mataria todos por vocês.
- Ele também é o mundo para mim, assim como você - sorrio e ele beija meu lábios em um selinho, sinto outro beijo em minha testa e fecho os olhos.
- Durmam, eu estarei aqui todos os dias que acordar - fala e sei que é verdade, assim como estarei sempre para ele, pois o amo.
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Minha autoestima é lá em cima mesmo, amo os livros que escrevo e foda-se quem dizer que não pode kkkkkkAmei escrever Gerson parteiro kkkkk
Isso me lembra o parto que fiz em fevereiro.
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Amélie - Entre Amor E Ódio - Série Santinni's Livro IV
RomanceAmélie Santinni sempre viveu na sombra dos seus inúmeros irmãos, mas não pelo fato de ser excluída, só não se achava boa o suficiente para brilhar como todos eles. Relacionamento e pegação não era seu forte já que os homens e garotos fugiam dela. Ca...