6
Aiden
Lauren Jauregui's Point of View
Eddie estava devastado no funeral. Eu me mantive afastada, o luto, o choro e a cólera não eram um bom atrativo para a minha presença e preferi evitar.
De vez em quando, Normani caminhava na minha direção, sentava no mesmo banco que eu e soltava um suspiro ao acomodar a cabeça no meu ombro. Apaguei meu cigarro na lateral da pedra e joguei a bituca no cesto do lado.
— Você não precisa evitar só porque estou por perto.
— Não quero que o bebê sinta o cheiro. — Ela soltou uma risadinha.
— Ele nem nariz tem ainda.
— Então é verdade, não é?
Mani deu de ombros ainda apoiada no meu. Eu suspirei junto com ela enquanto encarávamos as lápides que iam de um lado para o outro, uma eternidade de história enterrada, nunca mais para ser contada.
— Você contou, contou para ele?
A mulher se ajeitou no banco, o calor de sua pele fez falta no meu ombro gelado.
— Não. Como eu contaria? — Um silêncio se seguiu após sua pergunta até ela ter percebido alguma coisa. Balançou a cabeça e esfregou os próprios joelhos. — O filho é dele, obviamente. Nós tivemos um momento agradável faz algumas semanas, antes de você aparecer.
— Eu atrapalhei alguma coisa?
— Não, claro que não. — Ela me entregou um olhar reconfortante e mais uma vez suspirou. — Eu decidi fazer algo especial. — Uma lágrima solitária deslizou pelo rosto dela, Mani logo tratou de secá-la com a mão. — Não fazia faz tempo e na semana passada decidi fazer o teste. Não estive com mais ninguém durante esse tempo, apenas ontem...
— Você está feliz? Quer dizer, com a ideia de ... você sabe.
— Sim. Vou cuidar da criança, um pai ausente ela pode ter, mas uma mãe não, estarei sempre por perto. E se ela chorar ou ficar triste, ou sentir falta dele, vai ser eu quem vai colocá-la no colo e niná-la até que passe.
— Não está sozinha. — Segurei em sua mão e abri um sorriso fraco para ela. — Você sabe que pode contar comigo, se tiver apenas uma mãe, terá outra, uma madrinha. — Mani agradeceu com o olhar e dessa vez eu repousei minha cabeça em seu ombro sentindo sua respiração sucinta.
— Queria que as coisas tivessem sido diferentes... — Sussurrou e eu concordei. Muito eu mudaria se pudesse voltar atrás. Dizem que suas escolhas te levam a quem você é hoje. Eu mudaria qualquer uma delas para ter um resultado diferente.
Talvez um funeral te tornasse mais amarga, mas naquele dia eu pensava em todas as decepções que eu carregava nas minhas costas. A principal foi casar com ele. Se eu não tivesse o conhecido naquela festa...
O pouco que eu soube sobre o que ocorreu com Colton foi o suficiente para me causar calafrios. Ele foi pego de surpresa em uma rua atrás da festa, levou um tiro nas costas, próximo ao ombro esquerdo, a investigação da polícia considerou que o atirador estava posicionado no alto de um prédio comercial à curta distância. Era alguém com intenção e habilidade. Ele não morreu com o primeiro tiro, mas um segundo, dessa vez mais próximo, como se a pessoa estivesse ao seu lado foi dado atrás de sua cabeça e o homem inconsciente no chão por fim parou de respirar. Eddie e Normani afirmaram que o irmão havia sido convidado para o dia, mas não era esperado que o mesmo aparecesse, já que nunca frequentou esse tipo de comemoração.
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STALKER
FanfictionVocê já teve a sensação de ser seguida? E se na verdade isso não for só uma sensação? E se tiver realmente alguém te perseguindo? O tempo todo, vendo as suas ações, comandando a sua vida. Você sentiria... medo? E se você não for a única peça nesse...