Sam

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Sam

Lauren Jauregui's Point of View

Foi Sam que anunciou que as câmeras de segurança estavam corrompidas desde a manhã daquele dia. Depois que a ambulância foi chamada e os socorristas atenderam Gustav, a suspeita foi que o café dele havia sido adoçado com algo que lhe causou uma grave reação alérgica.

Todo o estabelecimento de café do nosso escritório foi revistado e não havia sinal de outros traços de alimentos ou adoçantes, muito menos nenhuma outra pessoa havia se queixado de sintomas e todos usaram o açúcar normal.

- Idiota. - Sam bateu na própria testa enquanto passava pelo corredor e me intriguei pelo seu estado nervoso.

Aiden e Emma haviam saído depois da confusão, a contra gosto da namorada, trocamos números e ele prometeu me chamar para um jantar algum dia desses, disse que se eu tivesse alguém especial, que poderia convidá-lo, aceitei a oferta negando o envolvimento com qualquer outra pessoa e eles se despediram logo em seguida.

Algum tempo mais tarde o hospital retornou dizendo que além de um tipo de adoçante usado antigamente que causava diversos tipos de reações alérgicas graves e que estava fora de mercado, cujo o conteúdo não fora encontrado no local e foi a causa da alergia de Gustav, havia traços de óleo de nozes, o resto do café no jarro foi levado para o laboratório e estava completamente normal. No final da tarde, Sam nos chamou para uma reunião de urgência.

- Como vocês sabem, o café de Gustav foi batizado com a intenção de causar algum mal. Devo anunciar que quem quer que tenha feito essa armadilha, funcionário ou cliente, errou ao colocar no copo dele. Por sermos os únicos que usam xícaras pessoais aqui dentro do escritório, a pessoa se confundiu e serviu a dose para ele. - Todos ficaram em silêncio impressionados com o que o homem insinuava. - Como sei disso? Bom, sou extremamente alérgico a nozes e uma gota desse tal óleo que foi identificado poderia ter me matado.

- Sam. - Um dos advogados mais velhos e experientes do escritório se levantou, era um homem de barba grisalha bem aparada e terno de grife. - Como pode achar que essa situação se resume a você? Além disso, foi confirmado o uso do tal adoçante...

- Não é óbvio? - O homem contrapoz olhando para todos, que desviaram o olhar no mesmo instante.

- Para mim não é, não acho que alguém em sã consciência aqui dentro faria algo do tipo e ainda não foi confirmado se o café que ele tomou foi realmente o que estava no jarro comunitário, ele poderia muito bem ter passado em uma cafeteria no horário do almoço e trocado o copo de papel por sua xícara habitual.

- De qualquer jeito, Davi, não é como se o café fosse parar no copo dele, mas não acha estranhamente duvidoso e criminoso que nossas câmeras tenham sido sabotadas no exato dia em que essa tragédia aconteceu?

O advogado não parecia ter o que dizer até que finalmente pontuou:

- Sendo coincidência ou não os eventos estarem interligados, o que mais importa agora é a saúde do nosso colega e funcionário desse escritório, se for algo para descobrir, avise a polícia e eles farão a investigação necessária.

A reunião se encerrou pouco depois disso e a polícia não foi notificada. Gustav saiu do hospital no dia seguinte e estava muito bem, não prestou queixas ao avisar que havia buscado café na padaria da esquina e que muito provavelmente se confundiu no pedido pelos nomes estranhos que existiam no cardápio. O acontecimento foi esquecido na semana seguinte, menos por Sam, que agora não mais tomava café da jarra e por mim, que achei o bilhete na gaveta da minha mesa no dia seguinte.

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