TOMORROW| Timothée Chalamet

CHAPTER TWENTY THREE| YURI

   Yuri Nashimiko e Timothée Chalamet se casaram ontem em uma cerimônia privada para apenas a família, o estranhamento veio pela decisão rápida do primeiro filho mesmo tendo sido visto dois dias atrás com sua suposta ex noiva Astrid Davis, a garota do Texas, Timothée e Astrid estavam aparentemente se envolvendo secretamente.

   Não paro de ler as notícias que estão saindo desde que nos casamos ontem à tarde no cartório privado da cidade, meus pais estavam muito animados e eu não conseguia nem se quer abrir um sorriso porque Timothée não estava apaixonado, ele estava abrindo mão do amor para estar mais perto da sua família novamente, eu conseguia ver o sorriso da sua mãe andando pela casa branca, ele não trocou uma palavra comigo desde ontem e estava aprisionado no quarto por tantas horas que sua mãe não parava de mandar comida por empregados diferentes.

"Eu não sei qual é o problema dele." Meu pai diz para o presidente Marc que vida a cabeça na direção dele. "Quer dizer...ele estava tão decidido, agora está agindo como uma criança mimada." Eu engulo em seco o bolinho que dei uma mordida e levantei da mesa pedindo permissão, talvez se eu falasse com Timmy sobre Astrid, ele se animasse, não sei o que estava acontecendo e em dois dias que estive seguindo-o percebi que ele estava muito feliz com ela, estava muito feliz em estar ao lado dela, de uma garota que não passava de uma menina simples, Timothée nunca se apaixonaria por mim, e eu sabia muito bem que a cabeça dele não mudaria desde que pós os olhos nela.

   Eu queria muito que fosse diferente já que estamos casados agora, o casamento não passou de um pesadelo, não havia flores, não havia amor, não havia nada que me fizesse feliz quanto saber que Timothée estava de volta, mas ao mesmo tempo magoada por ele estar muito triste.

   Bato na sua porta, girando a maçaneta, ele está deitado na cama enrolado ao lençol branco, nem se quer olha para mim.

"Vai embora." Diz com sua voz rouca, a bandeja de sanduíche e suco estão intocadas ao lado da mesa, eu me aproximo dele e me abaixo bem a altura do seu rosto, passando a mão pela sua bochecha, seus olhos estão fechados, e ele respira bem devagar soprando o ar por entre os lábios. "Vai embora Yuri, por favor..." ele pede devagar, esfregando os olhos.

  Engulo em seco sentindo uma pontada de culpa me alcançando, eu não queria me sentir assim, mas não podia impedir ao ver que ele estava sofrendo muito por todos os motivos e eu era um deles, eu gosto muito dele.

"Me desculpa." Lamento, abaixando os olhos para olhar o chão e não encara-lo, eu estava saindo quando ele me chamou e sentou na cama.

"Você já se apaixonou?" Pergunta ele, eu fico em dúvida do que dizer, se poderia mencionar outra pessoa que não fosse ele, eu era apaixonada por ele, mas eu não sabia nada sobre Timothée, não sabia o que responder e fiquei com a boca aberta pendendo com um suspiro estranho.

"Já." Respondo. Timothée ergue as sobrancelhas e apenas balança a cabeça. Aperto meus lábios um pouco, na esperança de ficar calada. Eu não podia deixar que ele notasse meu desconforto. "Timothée, você precisa entender a sua mãe."

  Ele franze as sobrancelhas e pula da cama como se tivesse levado um choque, Timothée vem até mim e me encara por alguns segundos, puxando-me pela cintura e fico surpresa demais para me mexer quando seus lábios se encostam aos meus, sua boca tem um leve gosto de bebida, e hortelã, eu estou tão perto dele que meu corpo inteiro fica estático demais para se mover, ele se afasta duramente, me olhando nos olhos.

"Entende que eu nunca vou sentir nada por você?" O beijo frio me deixou completamente indiferente, ele passa as mãos pelos cabelos e revira os próprios olhos. "Eu nunca vou sentir nada por alguém que não seja Astrid, então não me force fingir alguma coisa com você." Ele diz de um modo rude que me faz segurar um choro estranho que está pendurado na garganta.

  Eu queria muito que Timothée fosse capaz de olhar para mim, mas eu não seria Astrid, não seria uma garota que mostrou a ele o que é amar de verdade, quando conheci Timothée, eu sabia que ele não passava de um mulherengo egoísta e todo mundo vê isso, mas com Astrid ele é diferente.

"Olha, se precisar de mim..."

"Não preciso..." ele aponta para a porta para que eu saia e assim faço, fechando a porta atrás de mim, no corredor à esquerda a mãe dele está ali, parada encarando seu próprio celular, eu me escondo atrás de uma das paredes para ouvir o que ela está fazendo.

"Ele acha que vou deixar de comprar a casa, eu tenho certeza do que estou fazendo, eu vou me livrar dessa garota para sempre, nem que eu tenha que expulsa-lá desse mundo, não quero que Timothée se sinta vulnerável, quero todas as notícia sobre ela fora da linha." Ela bate o pé. "Eu já disse! Para agora, Hailey." Ao desligar o telefone, ela olha em minha direção e abre um sorriso discreto. "Tudo bem querida?"

"Sim." Respondo duramente, querendo sair daqui, tudo que ouvi me deixa chateado por ela não entender o próprio filho. "Eu vou sair um pouco para tomar ar fresco." Eu desço as escadas da mansão e vou em direção a porta de entrada, eu queria muito fugir disso, estar casada não era meu plano favorito e agora olhando para o anel de diamante, não é mais o dia mais feliz da minha vida, é um pesadelo.