EPÍLOGO

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2 anos depois

                      Timothée

   Astrid estava se arrumando para a sua faculdade, ela havia passado na prova e agora estava no seu segundo semestre em direito, nunca pensei que fosse ser tão sexy namorar uma advogada. Mas era, especialmente agora que nós dois estávamos super bem e lidando com nossas merdas de qualquer maneira, brigávamos e a noite terminava em sexo ou lanche da madrugada.

   Era tão bom estar em sincronia com alguém que eu amava e ainda mais, nossa relação era amada pela mídia porque fazíamos tudo juntos. Éramos um casal de verdade, como eu gostaria que fosse.

    É quase nosso aniversário de casamento, faltam dois dias e eu estou animado para começarmos a preparar uma festa para nossa família.

Astrid e eu morávamos em um apartamento grande situado em um dos locais mais caros de Washington, eu havia implorado a ela que nosso apartamento fosse confortável e feito só para nós dois, eu queria muito que ela estivesse feliz com tudo que tínhamos e com tudo que ela merecia.

   Astrid também estava grávida de dois meses, tínhamos planejado devagar todo o processo de gravidez e que não atrapalhasse seus estudos e nem mesmo deixasse ela preocupada, eu podia dizer que estava ansioso para ser pai, dessa vez tudo estava conforme havíamos pensado.

"Quem é o bebê do papai, quem é?" A barriga de Astrid ainda estava minúscula, mas eu não me importava, eu queria que esse bebê nascesse logo. Astrid abotoou sua camisa social e colocou um blazer bonito por cima. "Tenha um bom dia." Eu disse, beijando sua bochecha. Astrid me deu um sorriso delicado, e colocou as mãos nos meus ombros.

"Você lembra quando eu disse que você seria um ótimo pai?" Ela disse, eu me lembrava muito bem, me sentia convencido de que estava pronto para dar a essa criança o que ela precisava, Astrid sorriu ainda mais e se inclinou para me beijar. "Você já é um ótimo pai."

  Nos últimos meses, Astrid e eu ficamos próximos, não desgrudávamos um do outro e estávamos sempre falando com o bebê. De verdade, era uma sensação incrível. Já havíamos pensado nos nomes, Lydia ou Luka. E eu nunca estive tão abertamente alegre e disposto a falar sobre isso com a mídia, era como se minha vida inteira tivesse sido consertada pelo amor, era ridículo dizer isso, mas era verdade, eu havia me tornado um homem melhor, uma pessoa melhor e agora tinha uma família que me amava e eu a amava intensamente.

No Nascimento do bebê, descobrimos que era um menino, Luka, Astrid estava chorosa, com os olhos enormes que não conseguiam tirar do nosso filho, era a primeira vez que vi um brilho tão intenso no seu olhar que me encheu de satisfação e alegria, para mim era uma nova realidade, segurar aquele bebê, meu filho, nunca me imaginei fazendo isso, porque não me passava pela cabeça construir um futuro tão lindo.

"Ele tem seus olhos verdes." Astrid apontou, sorrindo. Balancei Luka devagar enquanto seus olhos me encaravam, eram lindos olhos verdes ainda mais claros do que os meus.

"Ele é lindo, como a mãe." Cutuquei a bochecha gorducha do bebê.

Passamos meses vendo Luka crescendo com dignidade, seus primeiros passinhos, suas primeiras palavras que foram grunhidos fofos, eu estava mais presente do que nunca e meus pais estavam envolvidos e encantados pela figura genuína de Luka. Ele era pequenino demais e delicado, sempre puxava as alças dos vestidos da Astrid, e meus cabelos, era hilário.

Esperamos até o natal para dar o primeiro brinquedo de verdade, Astrid quase me matou ao perceber que eu havia gastado muito dinheiro em um carro pequeno onde Luka poderia sair por aí e conquistar as gatinhas.

"Você é um idiota." Astrid disse com as mãos na cintura e me observava controlar o carrinho que Luka estava dentro, adorando, ele batia palmas e exibia o sorriso sem dentes. "Agora nosso filho vai crescer exatamente como você."

"Contanto que ele não seja chato, eu dou todo apoio." Ergui o polegar para ela. Astrid riu mostrando o sorriso que eu adorava ver. Gentlyn estava rindo com meu pai, a árvore de natal piscava iluminando a sala toda e chamava a atenção de Luka.

Gentlyn e meu pai estavam casados, eles haviam casado no verão, fizeram uma festa enorme com direito a um bolo de quatro andares, eles moravam ainda na Casa Branca e meu pai estava dando o máximo pela sua reeleição, as coisas haviam mudado, Nicole ainda era a minha mãe, eu a encontrava quando não estava ocupado com as filmagens do filme que eu havia conseguido o papel, tomava todo meu tempo e eu mal conseguia passar tempo com Luka e Astrid.

Eu chegava pela noite e eles já estavam dormindo, então beijava a bochecha de cada um e passava a noite me dedicando a ler os roteiros, as entrevistas também ocupavam meu tempo, Hailey ainda trabalhava comigo e agenda todos meus compromissos com cuidado, porque sabe que não tenho muito tempo, desde que comecei a filmar o filme, tudo saiu dos eixos, os paparazzis me perseguiam em toda parte, tudo que eu fazia era acenar e não responder as perguntas sobre minha família, não queria expor Luka a mídia. Ele não merecia passar pela mesma situação que eu, queria que ele crescesse saudável, brincando na rua e crescendo de verdade. Como eu não pude.

Era isso que um pai desejava, não é?

Tirei férias depois do natal, as filmagens do filme haviam acabado, e pude ficar com Astrid e Luka, fizemos piquenique em Nova York, visitamos o museu de cera, fomos a Paris, Chicago e outros lugares como uma família, reencontrei velhos amigos que estavam felizes, Erica havia se mudado para Berlim com o marido, e se desculpou com Astrid sobre o que havia acontecido, as duas ficaram amigas e saiam sempre que Erica estava em Washington para visitar a família, sua mãe havia morrido de câncer meses atrás e eu lamentei muito, sua mãe era uma boa pessoa.

Voltamos para Washington e eu dei o primeiro passo, reformei o quarto de Luka porque ele estava crescendo, ele passou a odiar a decoração de ursos e bonecos. Pintei suas paredes de azul e coloquei pôsteres de filmes que ele escolheu, deixei ele escolher o que queria por no próprio quarto e terminamos no final de semana, deitados no chão cobertos de papel e tinta. Astrid não podia nem sonhar, ela adorava a decoração de ursos e bonecos que ela tinha escolhido.

Luka, Astrid e eu estávamos sentados para assistir o por do sol, Luka amava o por do sol e sempre andava de bicicleta na grama com dificuldade, peguei a mão de Astrid enquanto assistíamos nosso filho se divertindo.

"Eu te amo sabia?" Eu dizia isso o tempo todo para Astrid, mais do que devia, ela sorriu e encostou a cabeça no meu ombro.

"Eu te amo mais, para sempre." Ergueu a cabeça e me encarou, inclinando-se na minha direção e beijando minha boca.

"Para sempre." Confirmei, sabendo que nós dois teríamos o resto da vida juntos.

Aviso da autora

Escrevi esse epílogo fofinho só para dar um gostinho. Eu adorei escrevê-lo. Não deixem de votar e comentar bastante :)

Também não esqueça de checar minha nova fanfic sombria Alchemy.

TOMORROW| Timothée ChalametOnde histórias criam vida. Descubra agora