TOMORROW| Timothée Chalamet

CHAPTER THIRTY

Astrid

  Pela primeira vez em tanto tempo em que vi minha vida pendurada por um limite casual de problemas, eu estava em paz com Timothée, estávamos sentados no terraço da casa de Gentlyn em Washington olhando para as estrelas, por alguns minutos estamos em pura calma, Timothée se inclina um pouco para me olhar, erguendo a cabeça. Cutuco seu nariz com a ponta dos dedos e sorrio um pouco para que ele veja que estou incrivelmente feliz por estarmos juntos de uma vez, ainda não sabemos como vamos contar as nossas famílias, e começar tudo de novo de uma vez.

"Casa comigo?" Timothée sussurra perto do meu ouvido, levando a mão até a minha e a levando até seus lábios para um beijo.

"Não." Respondo, e o sorriso dele não murcha porque sabe que estou o provocando um pouco. "Timothée." Eu me ajeito sentada. Ele me olha com atenção e suspira. "Eu quero começar de um jeito certo, é melhor para nós dois, eu sei que estamos tentando de verdade sobreviver a dois mundos bem diferentes e que você está disposto a entrar no meu mundo assim como eu estou a entrar no seu." Ele franze a testa bem devagar. Eu pigarreio nervosa, ele me deixa um pouco nervosa demais. "Eu quero ser sua noiva, mas não agora."

"Tá bom, foi só uma piada." Ele levanta as mãos em defesa, e se atira de volta no chão, soltando uma risada engasgada. "Nada muito sério."

"Timothée." Ele suspira com as mãos sobre o peito, tem tanta coisa ainda que não conversamos que mal posso respirar pensando nisso tudo. "Enquanto a Yuri?" Timothée levanta a cabeça de novo e se apoia em um cotovelo.

"Vamos resolver isso." Pega minha mão e aperta contra seu peito, eu estou muito feliz, mas sentida por Yuri, o que devíamos fazer nessa situação estranha? Agora que ele sabe que Gentlyn é sua mãe, mas Nicole ainda é o que sempre foi, nunca entendi quantos segredos uma família poderia ter, é como tudo funciona. Ficamos em silêncio e eu estava pensando o que poderia ser colocado na minha matéria da faculdade, eu queria que fosse excepcional sem que ninguém me julgasse como uma mentirosa. Passei mais tempo com Timothée para saber que a família dele é um caos maior do que qualquer coisa.

    Ouvimos um barulho e olhamos para a porta do terraço se abrindo, dois seguranças estão parados distantes demais para conseguir nos ver debaixo de um dos canteiros.

"Você disse que ele estava aqui!" A voz do homem ecoou por toda parte, Timothée se levanta com dificuldade e levanta a mão, chamando atenção dos dois. "Venha conosco senhor." Ele suspira e olha para mim ainda escondida.

"Eu preciso ir." Fala. "Amanhã de manhã venho vê-la." Ele se inclina e beija a minha bochecha. Espero que ele sai e por alguns minutos fico sozinha admirando o luar da noite e respirando ar fresco, meu celular toca no bolso e eu tateio os bolsos procurando, abro a tela e vejo meu pai na vídeo chamada.

"Pai." Ele sorri.

"Estou muito feliz por você não ter sido engolida pela política." Eu rio um pouco, colocando a mão na boca. "Como está indo?"

"Timothée e eu acabamos de nos ver." Admito. "Estamos indo bem devagar com tudo, ele ainda está casado."

  Meu pai aperta a testa e rugas generosas surgem na sua pele amarelada.

" Vai tudo ocorrer bem." Meu pai garante, sei que ele está mais ansioso do que eu, estamos lidando com a família da política, eu me meti em um problema dos grandes. "Podemos falar sobre uma outra coisa?"

  Balanço a cabeça.

"Sua mãe está decidida a voltar morar no Texas." Eu aperto os olhos em uma reação estranha quase que perceptível. Meu pai pigarreia nervoso e fica em silêncio. "Sei que isso tudo..."