Por mais que quisesse se mostrar no controle, Gillian estava nervoso, assim como supunha que Jean também estivesse a supor pelo rubor em sua face. Mas não tinha como recuar, seus corpos ansiavam por aquilo, e respondia positivamente aos seus comandos, o beijo que trocavam deixava claro o desejo de ambos.
Jean olhava diretamente para Gillian quando retirou a camisa do rapaz assim como esse já havia feito com a dele, ele traçou uma linha imaginária do tórax até chegar ao cós da calça de Gillian, e ficou circulando o dedo sobre o botão, era visível o seu tremor, mas ele continuava a circular o dedo sobre aquela peça metálica, em seguida segurou a mão de Gillian sem desviar o olhar do dele e levou a costas da mão dele aos lábios onde depositou um beijo demorado.
Ainda a segurar a mão de Gillian, Jean o levou ao seu quarto, as palavras estavam presas em suas gargantas, nenhuma eram emitidas embora tivessem tanto a dizer.
Adiantando os passos Jean parou rente a cama e cedendo ao anseio buscou os lábios de Gillian mais uma vez, em uma concordância muda, Gillian deslizou os dedos lúbricos no auxilio da retirada das peças que ainda os cobriam , agora ambos expostos, nus a sentir o encontro de seus corpos, a rigidez de suas sexualidade fremente.
Gillian sentou-se a borda da cama, Jean sentou-se em seu colo, imerso em um beijo cheio de tesão, em um enlevo de seu desejo passou a mordiscar o ombro de Jean que cravou as unhas sobre a pele do seu acompanhante, isso serviu de incentivo para Gillian que sugava levemente a película de seu pescoço, em um rápido movimento ele o acomodou sobre a cama, o peso do seu corpo sobre o de Jean que soltou um grunhido de surpresa, se entregando mais uma vez a um beijo possuído de exaltação de entrega total.
A mão de Gillian pousou exatamente no lugar onde se avolumava o sexo de Jean e era como se uma eletricidade o tivesse atingido em cheio, seus batimentos cardíacos quase a explodir quando tocou o membro viril com as pontas dos dedos, os olhos de Jean se fecharam por um instante e quando ele os abriu uma onda de sensualidade pervertida os apoderou-se, Gillian beijou a película do pescoço de Jean, saboreando-o em seguida, sugando-o ao ponto de deixá-lo marcado com a sucção um pouco mais intensa que fez.
O tremor do corpo do rapaz não o impediu de prosseguir a sua exploração e logo alcançou o sexo do rapaz e posicionando para dar mais acesso a sua boca ajeitou-se entre as pernas de Jean a língua a tocar na pele rígida, quente, era excitante e assustador ao mesmo tempo ter tamanha intimidade com Jean e desejar ainda mais. Jean aceitou a carícia entre alguns resmungos de prazer, às vezes se contorcendo direcionando o corpo aquele contato.
Quando seus lábios mais uma vez se encontraram, Jean afastou as pernas e Gillian se encaixou entre elas, os músculos rígidos a pressionar o pênis no períneo de Jean. Em contrapartida o rapaz o trazia para si com os braços a puxá-lo para mais um beijo, suas pernas agora enlaçada no quadril do rapaz, que buscava o invadir pela primeira vez, sim Jean era virgem e aquela avalanche de desejo se tornava ainda mais especial para Gillian que por fim movimentava lentamente seu corpo a frente, todas as vezes que forçava o movimento seus lábios buscava acalmar a dor que Jean porventura pudesse vir a sentir, enfim, quando entrou totalmente, não fazia nenhum movimento apenas beijava Jean agora com mais fome, demorou alguns minutos para que ele começasse a mover o quadril vagaroso, porém sem interrompe-los aos poucos intensificando a ondulação de seus corpos.
Entre grunhidos de ambos, seus corpos se amalgamavam, e foi assim que Jean chegou ao êxtase primeiro, Gillian ainda o estocava intercalando seus movimentos, e quando chegou ao clímax, deixou o peso do corpo cair sobre o de Jean que o abraçava em silêncio absoluto.
Somente quando os dois recuperaram a normalidade de suas respiração que Gillian falou:
_ Porque você não me disse que era virgem?
_ Faria alguma diferença Gillian?
_ Claro Jean, eu teria mais cuidado para não machucá-lo.
_ Foi exatamente como deveria ser Gillian, no momento certo, com a pessoa certa.
Gillian balançou a cabeça concordando, beijando-o mais uma vez:
_ Que acha de faltarmos na aula hoje e ficarmos aqui, não necessitamos de mais ninguém, só hoje hum?
_ Acho a ideia tentadora.
Jean encostou o corpo de costas sobre o de Gillian que o prendia pelos braços em seu quadril:
_ Gillian, eu não queria mas estou com um pouco de medo.
_ Medo do que?
_Depois de hoje, foi tudo maravilhoso, mas quando seus pais souberem seus amigos... Será que...
_ Jean, eu compreendo que tive uma atitude infantil quando os rapazes comentaram algumas coisas e compreendo que você tenha receio de que o que vivemos hoje irá mudar, mas não vai, eu prometo, confia em mim, eu gosto mesmo de você.
_ Eu confio em você Gillian, sei que o que compartilhamos hoje não foi fingimento, houve sentimento eu sinto isso, mas é que as pessoas são maldosas e será que está preparado para sofrer o preconceito na pele?
_ Estar com você me faz estar preparado para qualquer coisa.
_ Se você achar que não está preparado para assumir algo, eu posso esperar.
_ Jean, eu sei bem o que eu quero, e eu quero ficar com você, independente do que os outros irá dizer, eu quero que todo mundo saiba que eu tenho o namorado mais gostoso e lindo que alguém poderia ter.
_ Você quer mesmo me fazer apaixonar por você.
_ Eu achei que já estivesse.
_ Seu bobo, eu preciso mesmo mostrar a você o quanto estou apaixonado.
_ Todos os dias.
Os dois se beijaram, depois acabaram adormecendo, Jean foi o primeiro a acordar, e foi para a cozinha preparar algo para os dois se alimentar. Quando Gillian o encontrou o beijou:
_ O cheiro que chegou ao quarto está convidativo.
_É apenas um sanduíche seu bobo.
_ O que... Eu preciso repor minhas energias. Um sanduíche faz esse efeito.
_ Pão, queijo, presunto, tomate, alface e molho com catupiry, ta bom pra você?
_ O treinador Julio vai caçar o seu diploma de professor particular.
_ Bobo, ele não tem como caçar um diploma que eu não tenho, sou apenas um aluno que estuda.
_ Aluno aplicado, meu nerdizinho.
_ Vai mesmo provocar capitão?
Entre risos e beijos, os dois sentaram para comer.
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Meu ex - O tempo não para
RomanceExiste pequenos fragmentos em nós que muitas vezes queremos deixar escondidinho em uma caixa chamada esquecimento, mas nem sempre o que queremos de fato acontece e as lembranças teimam em nos atormentar. O passado vem como uma enxurrada de inquieta...