Capítulo 21

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Eram um pouco mais das nove quando o senhor X chegou ao Mcdonalds.

_ Me alegro que tenha gostado do filme. Pensei ainda em outra coisa para esta noite, embora tenhamos que fazê-lo rápido. Um de vocês tem que voltar para casa às onze.

Billy amaldiçoou a lembrança quando se detiveram frente ao menuiluminando. Pediu o dobro do que tinha solicitado o Perdedor, que quis pagar sua parte.

_ Não se preocupe. Eu convido _ disse o senhor X.

_ Mas procure não deixar sobre nada.

Enquanto Billy comia e o Perdedor brincava com sua comida, o senhor X os levou de carro à Zona de guerra. O campo de jogos de raios laser era o lugar de reunião preferido dos menores de dezoito anos, pois seuescuro interior era perfeito para ocultar tanto o acne como a patética luxúria adolescente. O ambro edifício de dois andares estava a transportar essa noite, cheio de rapazes que tratavam de impressionar a aborrecidas garotas que andavam muito bem vestidas.

O senhor X conseguiu três pistolas e uns arnês adaptados como objetos de tiro, e entregou um a cada menino. Billy estava preparado para começar em menos de um minuto, sua arma descansava em sua mão comodamente, como se fosse a extensão de seu braço.

O senhor X observou o Perdedor, que ainda estava tentando colocar as tiras do arnês sobre os ombros. O moço parecia aflito, seu lábio inferior lhe pendurava enquanto os dedos manipulavam os fechamentos de plástico. Billy também o olhou. Parecia um caçador examinando sua presa.

_ Pensei que podíamos fazer uma pequena competição amistosa _ disse o senhor X enquanto finalmente cruzavam a entrada giratória.

_ veremos qual de vocês pode acertar mais vezes ao outro.

Ao entrar no campo de jogo, os olhos do senhor X rapidamente se adaptaram à aveludada escuridão e aos brilhos de néon de outros jogadores. O espaço era suficientemente grande para trinta jogadores que dançavam ao redor dos obstáculos, rindo e gritando enquanto disparavam raios de luz.

_ Nos separemos _ disse o senhor X.

Enquanto o Perdedor piscava como um míope, Billy se afastou, movendo-se com a agilidade de um animal. Após um momento, o sensor no peito do Perdedor se acendeu. O menino olhou para baixo como se não soubesse o que tinha lhe acontecido.

Billy se retirou à escuridão.

_ Será melhor que se coloque protegido, filho _ murmurou o senhor X.

O senhor X se manteve afastado observando tudo o que faziam. Billy acertou o Perdedor uma e outra vez de qualquer ângulo, passando de um obstáculo a outro, aproximando-se rápido, logo lentamente ou disparando de longa distância. A confusão e ansiedade do Perdedor aumentava cada vez que cintilava a luz em seu peito, e o desespero o fazia mover-se com coordenação infantil. Deixou cair a arma. Tropeçou em seus próprios pés. Atingiu-se um ombro contra a barreira.

Billy estava resplandecente. Embora seu alvo estivesse falhando e, debilitando-se, não mostrou clemência. Inclusive dirigiu um último disparo quando o Perdedor deixou cair sua arma e se recostou contra uma parede, esgotado.

E ato seguido desapareceu entre as sombras.

Esta vez o senhor X seguiu ao Billy, rastreando seu movimentos com um propósito diferente ao de comprovar seus resultados. Riddle era rápido passava de um obstáculo a outro, voltando sobre seus passos onde estava o Perdedor para poder pegá-lo por trás.

O senhor X adivinhou o ponto de destino do Billy. Com um rápido giro à direita interpôs-se em seu caminho. E disparou a queima roupa. Surpreso o jovem a baixou a vista para seu peito. Era a primeira vez que seu receptor acendia.

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