Capítulo 39

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   Marissa sorriu, pensando que quando mais tempo passava com ele, aquele humano ai parecendo cada vez mais bonito.

_ Então ganha a vida protegendo sua espécie. Isso é bom. Ele se aproximou mais dela no sofá. O repique de um relógio

_ Bem, de fato não sei o que vou fazer agora. Tenho o pressentimento de que terei que conseguir outro emprego. O repique de um relógio a levou a perguntar-se quando tempo tinham ficado juntos. E quando sairia o sol.

_ Que horas são?

_ Mais de quatro.

_ Devo ir.

_ Quando posso vê-la outra vez?

Ela se levantou.

_ Podemos ir jantar? _ levantou-se de um saĺto.

_ Comer? O que vais fazer amanhã?

Ela teve que rir.

_ Não sei. Nunca antes a tinham cortejado. Era agradável.

_ Ah, diabos _ murmurou ele.

_ Estou arruinando tudo me mostrando tão ansioso, não é assim? _ levou as mãos ao quadril e abaixou o olhar para o tapete, aborrecido consigo mesmo.

   Ela deu um passo adiante. A cabeça de Butch se elevou de repente.

_ Vou tocá-lo agora _ disse ela suavemente. _ Antes de partir. _ Os olhos brilharam.

_ Posso, Butch.

_ Onde queira _ sussurrou ele.

   Ela ergueu a mão, pensando em que só a passaria sobre seu ombro. Mas seus lábios a fascinavam. Tinha os visto mover-se enquanto falava, e se perguntava como seria sua textura e sabor.

_ Sua boca _ disse ela.

_ Penso que é...

_ O que? _ perguntou com a voz rouca.

_ Adorável.

    Colocou a ponta do dedo sobre seu lábio inferior. Ele ofegou com tal força que inalou o perfume da pele da Marissa, e quando o exalou com um estremecimento, retornou a ela cálido e úmido.

_ É suave _ disse ela, roçando-o com índice. E fechou os olhos.

   Seu corpo emanava um aroma embriagador. Ela tinha percebido a sedutora fragrância do momento em que ele a tinha visto pela primeira vez. Agora, saturava o ar. Curiosa, deslizou o dedo dentro de sua boca. Os olhos do Butch se abriram como pratos. Mediu seus dentes dianteiros, encontrando estranha ausência de presas. Ao entrar mais, sentiu o interior escorregadio, úmido e cálido.

   Lentamente, os lábios dele se fecharam ao redor do dedo, lambendo a ponta com movimentos circulares. Uma onda de prazer lhe percorreu o corpo. Os mamilos formigavam e algo lhe acontecia entre as pernas. Sentiu-se dolorida. Faminta.

_ Quero... _ Não soube o que dizer.

   Ele segurou sua mão e jogou a cabeça para trás, sugando com o passar do dedo até que saiu de sua boca. Com os olhos cravados nos seus, girou a palma da mão para cima. Lambeu ao centro e pressionou os lábios contra sua pele.

Ela se reclinou contra ele.

_ O que é que quer? _ perguntou ele em voz baixa.

_ Diga-me isso doçura. Diga-me o que quer.

_ Eu... não sei. Nunca me sentir assim.

   Sua resposta pareceu quebrar o feitiço. O rosto de Butch escureceu, e ele soltou a mão. Uma maldição, suave e vil, desprendeu-se dele enquanto se distanciava.

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