Capítulo 47

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Durante o banquete de casamento, Butch excedeu com o álcool. Não foi muito difícil. Estava muito ocupado desfrutando da companhia de Marissa.

E também observando Beth com seu novo marido. Deus, estava tão feliz... E esse vampiro de aparência cruel ao igual se uniu tinha a mesma expressão de felicidade. Não podia soltá-la, nem deixar de olhá-la. Durante toda noite, a manteve sentada sobre o colo, na mesa, alimentando-a de sua mão enquanto lhe acariciava o pescoço. Quando a festa estava terminando, Marissa se levantou.

_ Tenho que retornar com meu irmão, está me esperando pra jantar.

Certamente por isso não tenha comido nada. Butch franziu o cenho, não queria que se fosse.

_ Quando retornará?

_ Amanhã à noite.

Maldição, toda uma vida. Afastou seu guardanapo.

_ Bem, aqui estarei. Esperando-a.

Por Deus, falando de submissão, pensou.

Marissa se despediu dos convidados e desapareceu. Butch alcançou sua taça de vinho e tratou de fingir que não tremia a mão. Com referência ao sangue e as presas, quase se acostumou. Mas aquilo dos desaparecimentos ia levar mais algum tempo. Dez minutos depois, deu-se conta de que estava só na mesa.

Não tenha o menor interesse em voltar para sua vida. No transcurso do dia organizou-se para abandonar sua vida real, para repará-la a um canto de sua mente. É como se fosse um aparelho avariado, não tinha vontade de examiná-lo, repará-lo e usá-lo de novo.

Olhou ao redor, pensando nas pessoas que fazia pouco tempo tinham ocupado os assentos, agora vazios. Ele era estranho em seu mundo. Um intrometido. Embora na realidade, ser um indivíduo estranho não era nada novo pra ele. Os outros policiais eram bons tipos, mas nunca tinham sido mais que colegas de trabalho, incluindo José. Nunca tinha sido convidado para jantar na casa dos Cruz. Enquanto olhava os pratos vazios e as taças de vinho meio cheias, deu-se conta de que não tinha para onde ir. Não havia nenhum lugar no qual queria estar. O isolamento nunca o tinha incomodado antes. Ao contrário, o tinham feito sentir-se seguro e protegido. Mas agora não deixava de parecer estranho sentir que estar só não fosse a melhor coisa do mundo.

_ Ouça detetive. Vamos ao Screamer's. Que ir? _ Butch ergueu a vista à soleira da porta. Vishous estava no corredor com Rhage e Phury atrás dele. Os vampiros pareciam espectadores, como que sinceramente quisessem que os acompanhasse. Butch se encontrou de repente sorrindo abertamente, como o menino que depois de tudo, não ia ter que sentar-se só na sala de jantar.

_ Sim, cai bem divertir um pouco.

Ao levantar, perguntou-se se devia colocar algo mais informal. Os irmãos trocaram e colocaram suas vestimentas de couro, mas ele resistia a deixar o traje. Adorava. À merda. Gostava dessa roupa; e claro ia usá-lo. Embora não fosse muito adequado a sua personalidade. Butch abotuou a jaqueta, alisando-a sobre o peito, confirmou que o lenço ainda estivesse perfeitamente dobrado.

_ Vamos, detetive, está estupendo _ disse Rhage com um sorriso ardente.

_ E morro por um pouco de companhia. Entende-me?

Sim, já imaginava. Butch rodeou a mesa.

_ Mais tenho que adverti-los, meninos.
Alguns tipos a quem prendi gostam de ir ao Screamer's. Pode ficar feio

Rhage lhe deu uns tapinhas nas costas.

_ Porque você acha que queremos que vá?

_ É isso ai _ Vishous sorriu, enterrando o gorro do Red Sox na cabeça, nada melhor do que uma briga para terminar a noite. Butch revirou os olhos e depois olhou para Phury com expressão séria.

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