Capítulo 49

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   O senhor X pisou fundo no acelerador da minivan. Não podia acreditar. Simplesmente, não podia acreditar. Tinha a rainha. Havia raptado a rainha. Era uma oportunidade única para um redutor. E acontecera de uma forma tão natural, como se fosse mesmo para acontecer.

   Quando se aproximara da casa, tinha em mente apenas uma missão de reconhecimento. Parecera-lhe muita coincidência que o endereço que o vampiro lhe dera na noite anterior no beco fosse o mesmo do guerreiro que ele explodira. Afinal de contas, o que faria o Rei Cego na mansão de um guerreiro morto?

   Caso fosse uma armadilha, o senhor X se armara até os dentes e havia ido à casa de Darius antes do anoitecer. Queria inspecionar o exterior do edifício, ver se alguma das janelas do andar superior estava protegida da luz do sol e checar os veículos na entrada.

   Então, vira uma mulher morena na cozinha, com o Rubi Saturnino no dedo. O anel da rainha.
  O senhor X ainda não havia conseguido entender por que a luz do dia não fazia mal a ela. A menos que fosse meio humana. Mas, quais seriam as chances de disso?

   Em todo caso, ele não havia hesitado. Apesar de não ter planejado entrar na casa, arrombara a porta, mostrando-se supreso e agradecido de que o sistema de segurança não soasse. A mulher pusera-a a correr, mas não o suficientemente rápido. E os dardos funcionaram com eficiência, agora que havia conseguido ajustar a dose adequada.

Voltou-se para olhar a parte traseira.

   Ela estava adormecida no chão da minivan. Aquela noite iria ser intensa.  Não tinha a  menor dúvida de que seu macho iria procurá-la. E como, certamente, o sangue do Rei Cego corria em suas veias, ele poderia encontrá-la em qualquer lugar para onde a levasse.

   Graças a Deus, ainda era dia e tinha tempo para proteger seu celeiro.

   Esteve tentando a chamar reforços. Embora não confiasse em sua capacidade, sabia do que o Rei Cego era capaz. Destruir a propriedade por completo, arrasando a casa e o celeiro e tudo o que havia neles, era o mínimo que o faria.

   O problema era que se o senhor X convocasse os outros membros, estariam expondo sua vulnerabilidade.

   Além disso, contava com seu novo recruta.

   Não, faria aquilo sem testemunhas indesejadas, ansiosos de receber medalhas. Qualquer ser que respirasse podia ser eliminado, até aquele temível guerreiro. E o senhor X estava disposto a apostar que, com aquela fêmea em jogo, contava com uma grande vantagem. Indubitavelmente, o rei se entregaria para proteger sua rainha.

   O senhor X riu baixo. O senhor R ia ter uma noite de estreia infernal.

   Butch saiu do quarto de Wrath e correu até o quarto de hóspedes onde Vishous e ele havia dormido na noite anterior

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   Butch saiu do quarto de Wrath e correu até o quarto de hóspedes onde Vishous e ele havia dormido na noite anterior.
  Vishous, andava de um lado para o outro, preso no segundo andar porque não podia chegar ao piso inferior sem passar pela luz. Afinal de contas, aquela mansão fora protegida para ser usada como residência particular, não como quartel-general.

   E essa questão representava um grave problema em emergências desse tipo.

_ O que está acontecendo? _ perguntou Vishous.

_ Seu chefe, Wrath, encontra-se em estado terrível, mas chamou-me para contar algo sobre o sujeito do Hummer que conheceram ontem à noite. Esse loiro está me parecendo o instrutor que fui interrogar há alguns dias em uma academia de artes marciais. Vou para lá agora.
  Butch pegou as chaves de seu carro.

_ Leve isso, cara _ Vishous lançou algo no ar.

   O detetive pegou a pistola com movimento rápido. Checou-a. A Beretta estava carregada, mas não pôde reconhecer aquela munição.

_ Que espécie de balas são essas? _ eram negras, transparentes na ponta, e bril

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