Capítulo 36

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   Butch passou pelo salão uma vez mais, e se deteve junto a chaminé. Baixou a vista para os troncos amontoados, imaginando o agradável que seria o fogo ali durante o inverno, e sentar-se em uma daquelas poltronas de seda a olhar aquelas chamas dançantes, enquanto o mordomo lhe servia um chocolate quente ou algo assim.

   Que diabos fazia sua turma de delinquentes em um lugar como aquele?

   Escutou os ruídos que faziam aqueles homens ou outro lado do corredor. Tinham estado no suponha que era a sala de jantar durante horas. Pelo menos sua escolha de música para o jantar tinha sido apropriada. Um rep pesado suava por toda a casa. De vez em quando, alguma gargalhada sobreponha à música. Brincadeiras de macho.

   Olhou para a porta principal pela enésima vez.

   Quando o tinham colocado no salão e o tinham deixado só, seu primeiro pensamento tinha sido escapar quebrando uma janela com uma cadeira. Chamaria a José. Traria toda a delegacia de polícia a sua porta.

   Mas antes de poder executar seu impulsivo plano, uma voz lhe tinha sussurrado ao ouvido:

_ Espero que fuja.

   Butch tinha girado a cabeça, inclinando-se. O da cicatriz enorme e cabeça raspada estava junto a ele, embora não tinha o ouvido aproximar-se.

_ Adiante. _ Aqueles olhos negros de maníaco tinham escrutinado ao Butch  com fria intensidade de um tubarão.

_ Abre essa porta a golpes e corre como uma lebre, rápido, em busca de ajuda. Mas o recorda que o perseguirei. Como um carro fúnebre.

_ Zsadist, deixa-o em paz. _ O sujeito do bonito cabelo tinha mostrado a cabeça na sala.

_ Wrath quer o humano vivo. Por enquanto.

   O da cicatriz dirigiu ao Butch um último olhar.

_ Tenta-o. Só tenta-o. Prefiro caçar você do jantar com eles.

E logo tinha saído lentamente.

   Apesar da ameaça, Butch tinha estado examinando cuidadosamente o que tinha podido ver da casa. Não pode encontrar um telefone e, a julgar pelo sistema de segurança que tinha vislumbrado no vestíbulo, todas as portas e janelas deviam ter sensores de som. Sair dali discretamente não seria muito, fácil.

   E não queria deixar Beth. Deus se ela morrerá... Butch respirou profundamente, franzindo o cenho. Que diabos era isso?

   Os trópicos. Cheirava a oceanos. Deu a volta.

   Uma impressionante mulher se encontrava na soleira da porta. Esbelta, elegante, embelezada com um fantástico vestido e seu formoso cabelo loiro solto até o quadril. Todo seu rosto era delicada perfeição e seus olhos da cor azul clara do cristal.

Ela deu um passo atrás, aterrorizada.

_ Não _ disse ele, equilibrando-se para diante, pensando nos homens que se encontravam ao lado do corredor, como se queria pedir ajuda.

_ Não vou fazer te mal _ disse ele rapidamente.

_ Como posso estar segura?

   Tinha um sutil acento. Como todos eles. Talvez russo? Ele estedeu as mãos com as palmas para cima para mostrar que não levava armas.

_ Sou policial.

   Aquilo não era exatamente certo, mas queria que se sentisse segura.

Ela recolheu a saía, disposta a partir.

   Diabos, não devia ter mencionado essa palavra. Se era a mulher de algum deles, o mais provável era que fugisse se pensava que a lei vinha a detê-los.

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