Capítulo 25

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   Wrath colocou a jaqueta do Books Brothers. Apertava-lhe um pouco os ombros, mas seu tamanho era difícil de encontrar, e o tinha informado ao Fritz.

   De qualquer forma, aquele objeto poderia ter sido feita à medida, e mesmo assim se sentiria aprisionado. Estava mais cômodo com os trajes de couro e as armas que com aquela porcaria de tecido.

   Entrou no banheiro e piscou um olhou. O traje negro, assim como a camisa. Isso era só o que realmente podia ver. Santo Deus, provavelmente parecia um advogado.

   Tirou a jaqueta e colocou sobre o suporte de mármore do lavabo. Lavando o cabelo para trás com a mãos  impacientes, atou-o com uma tira de couro.

   Onde estava Fritz? O dogger tinha saido pra buscar Beth fazia quase uma hora. Já deviam ter retornado, mas a casa ainda estava vazia.

   Ah, diabos. Embora o mordomo tivesse demorado só um minuto e meio, Wrath se sentia inquieto igualmente. Estava ansioso por ver Beth, nervoso e distraído. Só pode pensar em afundar o rosto em seu cabelo enquanto introduzia sua parte mais dura ao corpo dela.

   Deus, esses sons que fazia quando alcançava o orgasmo. Olhou seu próprio reflexo. Voltou a colocar a jaqueta.

   Mas o sexo não era tudo. Queria tratá-la com respeito, não só atirá-la de costas. Desejava ir um pouco mais divagar. Comer com ela, falar. Diabos, queria lhe dar o que as fêmeas gostavam: um pouco do ATC ( Amor, Ternura e cuidado).

   Ensaiou um sorriso. Fez o melhor, sentindo como se as bochechas fossem rachar. De repente, pareceu-lhe totalmente falso, de plástico. Demônios, tinha que aparentar um pouco de naturalidade e conseguir uma noite romântica. Não se tratava disso? Esfregou o queixo.
Que demônios sabia ele de romantismo?

Sentiu-se como um estúpido.

Não, era algo pior que isso. Aquele novo traje elegante o deixava descoberto, e o que viu foi uma autêntica surpresa. Estava trocando voluntariamente por uma fêmea, e só para tratar de comprazé-la.

   Isso era mesclado o trabalho e o prazer pensou. Por essa razão, nunca devia tê-la marcado, jamais devia permite-se aproxima-se tanto.

   Recordou a si mesmo, uma vez mais,  que quando ela concluisse sua transição ele terminaria a relação. Retornaria a sua vida. E ela haveria...

   Deus, porque se sentia como se tivessem atravessado o peito de um disparo?

_ Wrath _ A voz de Tohrment retumbou por toda a sala.

   O tom grave de seu irmão foi um alívio, e o devolveu à realidade. Saiu a  sala e fraziu o cenho quando escutou o assobio apagado de seu irmão.

_ Olhe-se _ disse Tohrment, movendo-se a seu redor.

_ Morda-me.

_ Não, obrigado. Prefiro as fêmeas. O irmão riu.

_ Embora tenha que dizer que não está nada mal.

   Wrath cruzou os braços sobre o peito, mas a jaqueta apertou tanto que temeu rasgar a costura das costas. Deixou cair as mãos. 

_ A que veio?

_ Chamei o seu celular e não me respondeu. Disse que queria que todos nos reunissemos aqui esta noite.  A que horas?

_ Estarei ocupado até a uma.

_ A uma? _ pronunciou Tohrment com lentidão.

   Wrath colocou as mãos no quadril. Uma sensação de profunda inquietação, como se alguém tivesse entrado em sua casa, assaltou-lhe.

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