Capítulo 15

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Wrath estava concentrado unicamente em chegar até Beth. Por isso não ouviu os passos do homem que o seguia até que cruzou a metade do pátio.

_ Polícia! Alto!

Logo percebeu claramente o som da arma sendo engatilhada e dirigiu-se para ele.

_ As mãos onde eu as veja!

Wrath advertiu o aroma do homem e sorriu. A agressividade tinha substituído à luxúria, ia ânsia de luta era tão intensa como o tinha sido a ânsia sexual. Aquele sujeito estava cheio de fluidos essa noite.

_ Eu disse mão para cima!

O vampiro se deteve e procurou entre sua jaqueta uma de suas estrelas. Policial ou não, eliminaria a esse humano com um bom corte na artéria.

Mas então Beth abriu a porta de vidro.

O vampiro a cheirou imediatamente e teve uma ereção instantânea.

_ As mãos?

_ O que está acontecendo? _ exigiu saber Beth.

_ Volte para dentro _ vociferou o humano.

_ A mão bode!

Ou abrirei um buraco na parte posterior de seu crânio!

Naquele momento, o policial se encontrava a uns poucos metros de distância e se aproximava rapidamente. Wrath levantou as mãos. Não ai matar diante de Beth. Além disso, essa pistola estaria colada a seu corpo em questão de três segundos. E nem sequer ele poderia sobreviver a um tiro a queima roupa.

_ O'Neal...

_ Beth, vai daqui vá!

Uma pesada mão segurou com força os ombros de Wrath. Deixou que o policial o empurrasse contra o edifício.

_ Vai dizer-me o que está fazendo por aqui? _ ordenou o humano.

_ Sai a passear _ disse Wrath.

_ E você?

O policial agarrou primeiro um braço de Wrath e logo o outro, e jogou para trás. As algemas se fecharam rapidamente em seus punhos. O sujeito era um autêntico profissional com aqueles instrumentos metálicos.

Wrath olhou de soslaio para Beth. Por isso podia ver, tinha os braços cruzados com força diante do peito. O medo espessava o ar a seu redor, convertendo-o em um véu que a cobria da cabeça aos pés.

Que bem está saindo isto, pensou. De novo, tinha lhe dado um susto de morte.

_ Não a olhe. _ disse o policial, empurrando o rosto de Wrath para a parede.

_ Como se chama?

_ Wrath _ respondeu Beth.

_ Disse-me que se chamava Wrath.

O humano lhe lançou um verdadeiro rugido.

_ Tem algum problema de ouvir, doçura? Fora daqui!

_ Eu também quero saber quem é.

_ Darei um relatório por telefone amanhã pela manhã, vale?

Wrath grunhiu. Não podia negar que fazê-la entrar era uma idéia excelente, mas não gostava da forma como o policial estava falando.

O humano revistou os bolsos da jaqueta de Wrath e começou a tirar armas. Três estrelas de arremesso, uma navalha automática, uma pistola, um par de correntes.

_ Me valha o céu _ disse o policial, enquanto deixava cair os elos de aço ao chão com o resto do carregamento.

_ Tem alguma identificação? Ou não deixou suficiente espaço para colocar uma carteira, considerando que leva com você quinze quilos de armas letais?

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