[Completo]
Samantha Charlie é a filha mais velha de um banqueiro influente e super conservador, que foi expulsa de casa depois do pai a flargar beijando outra garota.
Alexandra Hudson saiu da fazenda para ganhar a vida na cidade grande e poder ajud...
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Honestamente, no fundo, quase lá no fundinho, estava soltando fogos de tristeza pela morte do idiota do Harold. É claro que eu estava chateada pelos garotos e pela Sam — que aparentemente teve uma crise de ansiedade na minha frente —, mas o homem teve o que mereceu. Se ele tratava a filha daquele jeito, o que não fazia com quem não conhecia? Me ajoelhei ao lado de Samantha e fiz com que segurasse minhas mãos, enquanto tentava acalmar ela.
— Ei, ei! Sam, olha para mim — falava o mais suave que conseguia. — Olha nos meus olhos, tá bom? Isso, agora respire junto comigo. Pode apertar minhas mãos sequiser. No três, respiramos fundos, okay? Um... Dois... Três... — inspiramos e na hora que soltei o ar, ela fez o mesmo. Continuei assim, ignorando todos atrás de mim, até que ela conseguisse pelo menos falar alguma coisa. — Está melhor?
— Sim, obrigada...
Notei o quanto ela tremia. Queria fazê-la se levantar, mas ao invés disso me sentei no chão, ao lado dela, e deitei sua cabeça em meu ombro. Voltei minha atenção aos demais, que pareciam estar nos observando.
— Desculpem, acho que perdi a última parte da conversa. Onde o corpo de Harold está?
— Como ele morreu antes de chegarmos ao hospital, trouxemos para o IML. A Sra. Charlie foi fazer o reconhecimento do corpo, apenas para cumprimento de protocolos.
— Há alguma chance de não ser ele? — Zach perguntou com uma esperança ingênua.
Nunca pensei que um dia eu teria uma relação não profissional com o Zach. Até pouquíssimos meses, eu ainda ouvia as cantadas horríveis dele no escritório e, agora, estou namorando uma amiga de infância dele, o que nos torna um pouco mais próximos. Se eu parar para pensar muito, é estranho.
— Acredito que não. Todos por aqui conhecemos o Sr. Charlie, então a confirmação visual foi unânime.
— E quanto a mamãe? — Cory perguntou.
— Apenas protocolos, rapaz.
Eu tinha passado as últimas duas horas com Cory e pude ver o quanto esse moleque é inteligente. Nunca tinha passado tanto tempo com ele, ou conversado mais coisas além de estou aqui pela Sam. Vocês podem ir se ferrar, mas se existe uma pessoa que é legal para conversar, esse alguém é Cory. Claro que olhando para a carinha de burguês folgado dele, a gente não dá a mínima, mas ele podia ser qualquer coisa que quisesse.
Conversamos também sobre a situação da família dele e me deu até uma peninha. Ele me disse que é o filho do meio, então é meio indiferente na família, mas sempre tenta fazer a coisa certa. Me contou que tudo o que queria era poder ser um rapaz de vinte e dois anos que pode sair com os amigos sem se preocupar se a família não vai se matar enquanto está fora. Foi nesse momento que me dei conta que o ambiente familiar deles não fazia mal somente a Sam. Perguntei a ele se Maddy tinha parado com as drogas, mas ele disse que não sabia. Mesmo que não fosse da minha conta, tive vontade de fazer alguma coisa por eles.