[Completo]
Samantha Charlie é a filha mais velha de um banqueiro influente e super conservador, que foi expulsa de casa depois do pai a flargar beijando outra garota.
Alexandra Hudson saiu da fazenda para ganhar a vida na cidade grande e poder ajud...
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"E quem disse que ontem não era de um jeito bom também?" "Não era. Você não estava comigo, então tenho certeza que não."
Nossa conversa ficava repassando e repassando em minha cabeça sem me dar muito tempo de sossego. Fiquei me perguntando durante toda a manhã se ela disse isso com alguma outra intenção, ou apenas para me atazanar. De toda forma, a segunda opção pareceu funcionar melhor.
Depois que entrei em casa, minha mãe e minha irmã vieram tirar satisfação sobre onde e com quem estava. Meu pai mal olhava na minha cara desde que saiu do hospital e, sinceramente, não fazia muita diferença.
— Seu pai doente e você passando fora todas as noites. Acha isso certo? — Minha mãe tinha esbravejado.
— Ele não é minha responsabilidade e quero mais que ele vá para o inferno. Aposto que você o seguiria até lá, não é? — Eu respondi.
Maddy quis crescer para cima de mim, mas não liguei. As palavras de Alex ainda estavam bastante frescas em minha mente e, apesar dos contratempos, foi mesmo uma ótima noite. Enquanto terminava de me arrumar, Cory me perguntou se eu estava com "minha garota" e eu ri enquanto respondia que sim. Falei a ele que pegamos chuva e tivemos que dormir juntas e não menti. Depois disso, saí sem me despedir de ninguém, ou me importar em comer alguma coisa, já que tínhamos tomado café da manhã na casa da Sra. Tunner.
Alexandra e eu passamos boa parte da manhã envolvidas em nossos projetos individuais, então não tinha a visto ainda. Eu estava envolvida em um projeto de reforma de um edifício comercial, mas como não era a arquiteta principal, não precisava acompanhar as obras de perto. Também havia o projeto de reforma de uma cozinha e estava trabalhando no mesmo quando a porta da sala foi aberta com tudo. Apenas o perfume adocicado foi suficiente para me dizer de quem se tratava, então não me preocupei em olhar.
— Pensei que fosse fazer hora extra no almoço — comentei concentrada no papel.
— Eu deveria, mas sabia que se ficasse mais, você sentiria minha falta.
Olhei para ela para poder rebater, mas fiquei sem palavras ao notá-la. Eu não sabia se essa era uma reação prudente, mas meus olhos a percorreram por completo e tive que piscar algumas vezes. Alex estava usando um camisete verde-lima, com dois botões abertos e as mangas desciam até um pouco abaixo do cotovelo. A calça era de um vermelho vinho bem fechado e os coturnos pretos habituais. O batom era quase do mesmo tom que a calça e os cabelos estavam meio preso e meio solto e... Uau! As curvas de seu corpo estavam acentuadas graças a escolha de peças um pouco mais justas. Sem jaqueta de couro, mas tinha certeza de que estavam em algum lugar por aqui. Não consegui parar de olhar e pelo sorriso que ela deu enquanto se aproximava, tinha percebido.
— Gostou? — ela perguntou, me tirando do meu transe. — Um dia você disse que eu ficaria bem de verde, então quis experimentar.
E eu tinha razão. Só não esperava que ela ficaria tão bem com um tom de verde mais vivo e, muito menos, que me daria ouvidos.