Capítulo Três

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   Já havia passado próximo à residência Charlie inúmeras vezes, mas nunca estive lá na porta

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   Já havia passado próximo à residência Charlie inúmeras vezes, mas nunca estive lá na porta. Olhando de perto como eu vi, ela é, tranquilamente, umas três ou quatro vezes maior do que meu apartamento. Céus! Para que um lugar desse tamanho para meia dúzia de gente?
 
   Estava esperando a imperatriz voltar, já que tinha me dito para esperar, quando escuto gritos vindos de dentro da casa:

   — Não faça isso, Samantha. Não te ensinei a desmarcar compromissos para encontros com colegas de trabalho.

   — Esse é o meu trabalho, pai! — Pude escutar Samantha gritando e, só então, percebi que talvez - apenas talvez - ela poderia se gente como a gente. — e se eu tenho um projeto para entregar em pouco tempo, fiqieba vontade para discutir com o cretino do Zach. Vocês são tão amigos, não é? Pois que se fodam juntos!

Ah meu Deus! A Princesinha sabe falar palavrão. Até mesmo saber que o pai e nosso chefe se conhecem, não me deixou tão chocada quanto isso.
 
  Sam bateu o portão atrás de si e olhou para seu pai, que estava no meio do jardim clamando seu nome. As duas mulheres - quase idênticas a esta em minha frente, provavelmente a mãe e irmã de Samantha -, pararam observando em uma das janelas daquela mansão. Minha colega de trabalho virou para um dos homens na guarita e pediu que o mesmo buscasse seu carro.

— Vocês têm até manobrista? Não podem simplesmente entrar com seus carros e pronto? — Perguntei verdadeiramente impressionada.

— Aqui é a entrada social — ela apontou com a cabeça para uma espécie de mini rotatória em nossa frente. — As pessoas descem e o manobrista guarda os carros na garagem. — Minha cara deveria estar muito embasbacada, pois escutei seu suspiro alto. — Para onde vamos?

   Sei que eu realmente não deveria perguntar, me intrometer, mas a curiosidade foi mais forte do que eu. Sr. Charlie ainda nos encarava, furioso, mas Samantha parecia não notar, ou fingia que não se importava.

   — Problemas com o papai? Ele não te deu a mesada suficiente, é?

   — Idiota! Apenas diga para onde vamos. Quanto mais cedo terminarmos isso, melhor.

   — É impressão minha, ou ficou toda bravinha? — impliquei.

  — Escuta, Alexandra, minha vida, meus problemas. Não deixe se enganar pela fachada da casa. Ninguém que more debaixo desse teto é feliz.

Torci o nariz com o que ela disse. Será que toda pessoa com dinheiro pensa e age desse jeito. Ia abrir a boca para responder, mas ela ergueu a mão me mandando calar. Apenas disse para eu dizer o endereço para que ela avisasse a equipe e entrou no seu carro, que acabara de chegar.

   

   

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