[Completo]
Samantha Charlie é a filha mais velha de um banqueiro influente e super conservador, que foi expulsa de casa depois do pai a flargar beijando outra garota.
Alexandra Hudson saiu da fazenda para ganhar a vida na cidade grande e poder ajud...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fui atacada por bolas de neve vindas de todas as direções.
Como juíza da competição de bonecos de neve, achei injusto os cinco participantes se juntarem contra mim e me atacarem. Depois de decretar a vitória de Cindy, ela, Sam, Ammy, Cory e Leo entraram em um consenso simultâneo de que eu merecia ser atacada por bolas de neve. Depois disso, começamos uma guerra super séria, a qual terminou com minha avó esbravejando que ficaríamos doentes se continuassemos. Como já era quase hora do almoço, ninguém discutiu.
Fiquei deitada na neve, onde me encurralaram - cinco contra uma é uma baita desvantagem -, com Sam ao meu lado. Nossos rostos estavam vermelhos por causa do frio e também pela bagunça que estávamos fazendo. Os cabelos loiros dela estavam fazendo cócegas no meu nariz, então os afastei, de forma que Pingo olhou para mim e sorriu.
- O que foi? - perguntei, tirando a luva para fazer carinho em sua bochecha.
Apesar do frio, o sorriso dela me aqueceu.
- Não foi nada. Eu só... Você me faz sentir completa, Alexandra. Estou grata por isso.
- Se bem me lembro, o Dia de Ação de Graças passou já tem um mês - impliquei, o que me rendeu uma careta dela. Inclinei para cima e a beijei. - Eu também estou feliz, Sam. Mais do que nunca.
- Mesmo sendo bombardeada por bolas de neve até se render?
- Bom, isso não foi justo. - Estiquei o braço no chão, peguei um punhado de neve e joguei longe. - Eu tinha esquecido do quanto isso era divertido.
Samantha se sentou e cruzou as pernas em estilo chinês. A neve tinha parado de cair e, apesar de não haver muito sol, seu rosto recebeu de bom grado a luz solar. Seus olhos ficaram ainda mais vibrantes, como ouro verde. Ela olhou para o longe, para o cume onde a tinha pedido em namoro meses atrás.
- Está pensativa - concluí. - Pensei que deixar você dormir até mais tarde seria uma boa ideia.
Me levantei, sentando ao lado dela e a envolvendo em meus braços.
- Acha que fomos apressadas demais? - refletiu, ainda olhando para longe, mas aconchegada em mim.
Já me fiz a mesma pergunta muitas vezes, mas sempre chegava à mesma conclusão.
Samantha não era só minha namorada, mas também minha amiga, aquela pessoa que eu sabia que podia contar a qualquer hora; era minha confidente e minha parceira; e acima de tudo, era um pedaço de estresse que aprendi a amar mais do que tudo nessa vida.
Ser romântica não era uma característica minha. Pelo contrário, eu era o tipo de pessoa que quanto mais amo, mais irritava quem estava comigo. Mesmo eu nunca querendo me apegar demais aos meus relacionamentos, estar com Sam parecia tão... Certo. Era como aqueles vídeos que circulam pelas redes sociais em que o bebê surdo ou deficiente auditivo coloca o aparelho e ouve pela primeira vez, onde eu sou o bebê e Samantha o aparelho.
