46. "Tortura"

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Com um olhar de confusão e abrindo um pequeno sorriso incrédulo em seus lábios Tristan Blake parecia completamente desnorteado.

Eu acreditava que ele me largaria imediatamente, mas não. Tristan me manteve em seus braços, ainda me encarando em completo silêncio.
Eu havia conseguido deixar o homem mais perigoso do país sem palavras.

— Victória... — ele pronuncio meu nome depois de um breve momento em completo silêncio, apenas me analisando.
Ainda me tremendo e a um passe de enlouquecer pela expectativa, resolvi "colocar meus pés no chão" e me agarrar a minha infeliz realidade.

— Você não é obriga... — antes mesmo que eu concluísse, senti uma das mãos de Tristan serpentear pelo meu corpo ate alcançar minha nuca e reclinar minha cabeça para cima.
— Eu quero! — ele declarou sem me dar espaço para respirar, nossos lábios se chocaram.

Em toda a minha vida, as malditas borboletas... só um homem foi capaz de causar. A euforia, a ansia e o medo...
Será que ele tinha a mínima noção do que era capaz de fazer comigo? Seu olhar me desmoronava, seu cheiro me inebriava e seu toque... acendia todo o meu corpo.
Foi nesse momento, quando nossas línguas travavam uma árdua batalha por espaço ao mesmo passo em que se devoravam foi que eu tive a certeza.
Eu estava disposta a qualquer coisa por esse homem. Eu seria capaz de mover céu e inferno por ele. Eu me doaria por completo a Tristan. Daria tudo de mim e um pouco mais se ele pedisse.
Ele era meu porto seguro, minha calmaria em meio a tempestade. Eu não poderia mais negar nem mentir para mim mesma. O que eu sentia ao mesmo passe que me aterrorizava também me preenchia de uma alegria. Essa era a tal felicidade? Já fazia um bom tempo que tudo dentro de mim parecia estar morto... mas ele e somente ele, com duas palavras foi capaz de reviver algo dentro de mim que parecia completamente irrecuperável.
Era ele o homem da minha vida. Não haviam dúvidas ou insegurança.

Sua outra mão me colou mais ao seu corpo ignorando a teoria de que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Deslizando-a ate minha bunda e apertando-a.
Sentir sua fragrância amadeirada juntamente com seu toque enlouquecedor e o gosto de uísque dos seus lábios estava me levando a loucura.
O beijo tornou-se mais apelativo e de certa forma agressivo, era profundo, como se estivéssemos prestes a nos devorarmos.
E então quando menos esperei ele finalizou, quase arrancando meu lábio inferior.

O encarei um pouco frustrada, eu queria mais. Era obvio que eu queria. Senti o seu polegar direito acariciando minha bochecha enquanto seus olhos me transbordavam luxúria.

— Você tem certeza disso? — questionou e por meio segundo, sua expressão foi de excitado para receoso.
— Você parou só pra isso? — rebati irritada.
— Eu tenho problemas — respondeu sem desviar o olhar, eu abri um sorriso e o puxei para próximo do meu rosto novamente — Que bom, porquê eu também tenho — falei mirando sua boca — E agora nós dois vamos ser problematicos juntos! — completei lhe demandando novamente.

E ele correspondeu de uma forma que só ele sabia.

Quando menos esperei, Tristan segurou meus braços com força, nos fazendo girar e agora eu ocupava seu  antigo lugar. Logo ele me empurrou fazendo com que minha bunda encontrasse o limite da mesa.
Sem me dar tempo, ele apenas me ergueu pela cintura me fazendo sentar na mesa. Abrindo o zíper da minha calça e me livrando dela agilmente sem se livrar dos saltos. Seus olhos passearam pelas minhas pernas e ele foi deslizando o dedo indicador da mão direita, do meu tornozelo até a parte interna das minhas coxas, me provocando e parando automaticamente, me deixando frustrada ao evitar a área que já estava pulsando por ele.
As iris esverdeadas me analisaram de baixo para cima e logo em seguida pararam no meu decote.
— Você ainda esta muito vestida — Constatou e como se fosse uma ordem eu obedeci tirando o blazer.

III Livro Mafiosa - Imprescindível  (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora