23. Maneki Neko (parte 2)

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Continuação

Suspirei pesadamente, aquilo tudo significava que ele me observava o que era um tanto preocupante.

— Cronos? — Questionei e o escutei soltar uma risada nasalada do outro lado da linha.
— O primeiro e único — Respondeu num tom sarcástico.
— O que a rainha de NY deseja comigo? — Ele questionou mantendo uma ironia um tanto irritante, respirei fundo e ignorei.
— Acredito que temos um problema em comum.
— Que seria?!
— Azula? — Retruquei.
— Você tem minha atenção — Ele respondeu demonstrando interesse.
— Esse tipo de assunto não deveria ser tratado pelo celular — Argumentei.
— Esse celular é completamente anti-rastros — Cronos insistiu e eu ri.
— Eu não faço acordos com pessoas que não olho na cara. — Persisti.
— E quem disse que eu tenho qualquer interesse em fazer algum acordo com você?
— Você não teria respondido meus chamados se não tivesse! — Retruquei.

— Touche — Respondeu menos arisco — E o que me garante que isso não é uma armadilha?

Soltei um longo suspiro.

— Absolutamente nada — Respondi sarcástica e ele fez uma longa pausa de dez segundos — Isso é algum tipo de piada?
— Você não terá nenhuma garantia da mesma forma que eu não terei.

Novamente silêncio do outro lado da linha, provavelmente ele calculava os riscos e ponderava sobre o encontro.

— Está certo... lhe darei a vantagem. Deixarei que decida o local. — Informei.
— O que me garante que toda essa exposição valera a pena?

Cansada de suas perguntas resolvi dar um ultimato.
— Você tem uma dia para pensar, se não me ligar amanhã a oferta expirará — O alertei — Eu posso até não encontra-lo mas garanto que dificultarei sua vida em Nova York! — Ameacei irritada, desliguei a ligação e guardei o celular na minha bolsa.

Peguei meu celular e liguei para meu motorista, sai da galeteria e entrei na suv, senti minha bolsa vibrar e a abri pegando o celular pré-pago. Levantei a tela, uma mensagem.

"Fox of Denial as 22 horas"

Abaixei a tela do celular pré-pago e o devolvi a minha bolsa, abri um pequeno sorriso. Não comi minha banana split mas pelo menos consegui contatar o hacker.

...

Eu estava na metade do ramo de escadas quando parei automaticamente ao ouvir Dominic.

Blake está em Nova York — Me informou — Ele esteve aqui.

Suspirei pesadamente mas não ousei encarar Dominic.

— O que ele queria? — Questionei ainda de costas para ele.
— O que você acha?! — Dominic respondeu num tom irônico, respirei fundo novamente.
— Não temos mais nada pra falar — Argumentei.
— Então deixe isso claro para ele — Dominic sugeriu com um tom irritado — Eu não aguento mais ficar criando desculpas.

Engoli minha saliva e tornei a subir as escadas, resolvi me isolar um pouco até o horário, tomei um glorioso banho e deixei Dominic no controle das coisas enquanto eu ia encontrar o maldito hacker.

Fox of Denial não era um clube tão exclusivo como o Hestia, mas serviria seu propósito que era apenas servir de ponto de encontro.
O segurança permitiu a minha entrada e as dos meus dois capangas que me acompanhavam sem nenhum obstáculo, eu jamais entraria ali de mãos abanando e para minha própria integridade física eu também havia dado ordens para que outros quatro capangas se infiltrassem como costumeiros clientes do lugar.
Eu precisava ser cautelosa, sequer sabia a aparência do homem e a única pista que eu tinha era aquele celular pré-pago e pré-histórico. Fui ate a área vip e encontrei o local mais afastado e mais "quieto". Meus capangas sentara-se na mesa comigo e ficaram em alerta, observando todo o ambienta a nossa volta.

III Livro Mafiosa - Imprescindível  (Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora