Mih uma mulher de espírito livre, que apesar de ter passado grande parte da sua vida presa dentro de casa, ainda sonha e ter sua própria vida sem depender de seus pais. Ela tem a grande oportunidade de trabalhar com um empresário famoso, ele que est...
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Minhas mãos estão tremendo, sinto uma sensação que a anos não sentia, meu peito dói, minha respiração desrregulada. Scott finalmente dormiu em meu colo. Vejo Peter entrar no quarto com um semblante desanimado.
- Ele conseguiu dormir? - pergunta em um sussurro. Eu concordo com a cabeça. Movo Scott para o lado e me levanto da cama. Vou com Peter para fora do quarto.
Olho nos olhos de Peter e toda a angústia em meu peito parece subir pela minha garganta, e eu começo a chorar. Peter me abraça e deixa que suas lágrimas escorram também.
- E se foi Nathalia? - pergunto.
- Será que ela teria coragem de fazer isso depois de tudo o que você fez por ela todos esses anos? - pergunta Peter.
- Amor, quando ela saiu da clínica, a primeira coisa que ela fez foi vir aqui em casa nos provocar, você acha mesmo que tudo o que eu fiz por ela todos esses anos adiantou de alguma coisa? Eu realmente pensei que ela fosse sair de lá outra pessoa, mas ela não mudou nada... Já tem uma semana, Peter, uma semana desde que ela sumiu, meu Deus, tudo o que eu sofri no tempo que estive presa, e se ela fizer Mirella passar pelo o mesmo o que eu passei - minha respiração já descompassada é pro alguns instantes o único som a ecoar na sala.
- Não quero que Scott passe pela sensação de impotência que eu passei, e não quero saber que foi Nathalia quem fez isso - Peter fala coçando os cabelos já começando a ficar grisalhos. - Kat, meu amor, eu juro, se essa mulher encostar o dedo na Mirella, eu acabo com a vida dela, faço o que já devia ter feito a muito tempo - ele me olha frio enquanto fala. Ao invés de tirar essa ideia de sua cabeça, eu simplesmente concordo e me encolhp no canto do sofá.
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Acordo assustada. Ainda tinha a esperança de acordar na minha cama, ao lado de Scott, mas não foi isso o que aconteceu. Muito pelo contrário, ainda estou naquela casa, naquele quarto. Minha barriga dói, minha cabeça dói.
Me levanto e vou até o banheiro, lavo meu rosto e fico me olhando no espelho. Não consigo me reconhecer mais, meus olhos vermelhos, o rosto inchado, e uma expressão tão triste... só estive assim antes, no dia em que minha mãe morreu...
