• Noventa e Dois

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Quando acordo durante a manhã, corro novamente para o banheiro, tranco a porta e entro no box com o celular na mão, assim que eu o ligo, vejo trinta e três ligações perdidas do número de Scott, então tento ligar novamente

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Quando acordo durante a manhã, corro novamente para o banheiro, tranco a porta e entro no box com o celular na mão, assim que eu o ligo, vejo trinta e três ligações perdidas do número de Scott, então tento ligar novamente.

Ligação On

Scott: Alô?

Sua voz me enche de esperança

Eu: Amor - sussurro já chorando - Sou eu amor

Scott: Mirella!! - Ele grita do outro lado da linha - Eu sabia que era você, onde você está?

Eu: Amor, o celular vai descarregar, estão só me escuta, estou com o Kol, em um tipo de chalé, estamos no meio do mato, parece ser bem longe da cidade, tem uma senhora que está me ajudando, mas não sei ao certo o que vai acontecer comigo...

Assim que acabo de falar o celular treme em minha mão, e quando olho para a tela, vejo que ele descarregou por completo

Ligacao Off

Assim que ouço Mirella falar que está com Kol, sua voz desaparece

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Assim que ouço Mirella falar que está com Kol, sua voz desaparece. A chamo algumas vezes mas quando olho para a tela do celular, a ligação tinha caído, tento ligar para ela várias vezes, mas todas as vezes dá celular desligado. Saio do meu quarto e vou direto para a sala correndo, onde os meus pais estão.

- Falei com a Mirella - grito ainda da escada, fazendo eles se assustarem. Minha mãe se levanta de pressa e vem até o meu encontro.

- Onde ela está, como ela está? - Minha mãe pergunta.

- Não sei ao certo, mas ela está com Kol - falo coçando a cabeça - ela já sabia que algo ruim ia acontecer, ela mesma me disse que ele não era bom... não sei o que fazer como agir - eu falo ainda em choque.

- Vamos ligar para a polícia - meu pai fala dessa vez.

Assim que o celular desliga, escuto uma batida feroz na porta, no susto eu tento enfiar o celular em alguma parte da minha roupa, mas por ser uma roupa mais frouxa, de dormir, acaba escorregando e caindo no chão

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Assim que o celular desliga, escuto uma batida feroz na porta, no susto eu tento enfiar o celular em alguma parte da minha roupa, mas por ser uma roupa mais frouxa, de dormir, acaba escorregando e caindo no chão.

- Mirella!! - Kol esbraveja do outro lado da porta. - Já faz muito tempo que você está trancada aí dentro - ele bate mais uma vez na porta, com ainda mais força. Com medo eu pego o celular e jogo dentro do ralo do box. Abro a porta com calma e o olho, ele entra no banheiro e sai abrindo gavetas, olhando tudo dentro do banheiro.

- Estou grávida - o lembro. - Tenho enjoos durante a manhã, é normal - concluo.

- Pra que trancar a porta? - pergunta passando a mão pelos cabelos.

- Para ninguém entrar enquanto eu vomito - falo. - Preciso de um remédio para enjoo, e também preciso fazer acompanhamento médico, eu to grávida, porra - falo com firmeza.

- Olha só como você fala comigo - ele aponta o dedo pra mim. - Não vou cair nas suas gracinhas, Mirella, por muito menos pegaram a Nathalia na época dela - ele fala.

- Você e Nathalia estão juntos no meu sequestro? - pergunto.

- Ninguém te sequestrou, você entrou no meu carro por que quis - ele me lembra.

- Mas você está me prendendo aqui contra a minha vontade - eu falo mais uma vez.

- Você está livre para ir e vir, Mirella, mas eu duvido, duvido que você saiba como ir embora - ele fala por fim. - A casa está aberto, nunca a tranquei, estão você não está aqui contra a sua vontade.

Sinto meu corpo todo arrepiar, e me encolho, ouço uma batida na porta e logo Linda entra no quarto com a bandeja de café da manhã - Trouxe seu café - ela fala, coloca sobre a cama e sai logo em seguida.

- Coma, Mirella, assim que acabar vou te levar lá fora para você respirar um pouco - ele avisa e vai em direção a porta. - Coloque roupas quentes, o inverno está chegando, não quero que pegue pneumonia e morra - ele fala em um tom sarcástico e logo sai do quarto.

Fiquei sentada na escada do lado de fora da casa por um bom tempo, esperando que Scott viesse me buscar, confesso que estou bem animada, esperando por seu resgate

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Fiquei sentada na escada do lado de fora da casa por um bom tempo, esperando que Scott viesse me buscar, confesso que estou bem animada, esperando por seu resgate.

- Está na hora de entrar - Kol fala.

- Só mais um minuto - falo me encostando no corrimão da escada. - Só mais um minuto - sussurro, olhando em desespero para a grande mata a minha frente.

- Já chega Mirella, ou amanhã não te trago aqui - ele fala e eu me levanto. - Boa menina - ele fala.

- Não sou nenhum cachorro - eu falo e passo por ele em direção a porta da casa.

- As vezes você esquece quem manda aqui - Kol fala ao apertar meu braço, tento me desvencilhar, mas ele me segura ainda mais forte - Eu ainda não encostei um dedo em você, Mirella, mas se continuar cantando de galo aqui, eu vou te mostrar quem é o dono do poleiro. - dou um sorriso sarcástico. _metáfora com galinhas, é sério?!_

- Okay! Desculpa - falo e ele me solta contente.

- Já vou servir o jantar - Linda chega na porta, Kol sorri pra ela e logo entra, eu fico pra trás é Linda me dá um sorriso confortante. - Vai dar tudo certo, menina, basta ter paciência - ela fala. Vou com ela na cozinha, chegando lá, me sento na bancada enquanto ela termina as poucas que faltavam. - Quando o senhor Kol me contratou, disse que precisava de ajuda com a mulher dele, disse que ela, bom, você, está com um grau de insanidade muito grande, e que por estar grávida de um filho dele, ainda não teve coragem de te internar, me disse também que eu não devia acreditar em nada do que me falasse, que estava imaginando coisas, que talvez me dissesse que foi sequestrada, mas que eu não ligasse, que logo sua enfermeira estaria chegando.

- O que fez você me ajudar, então? - pergunto.

- Tive uma mãe esquizofrênica em casa, eu sim convivi com a insanidade por muito tempo, e eu posso alegar que você não está louca, nem um pouco louca, não quero ser cúmplice disso, mas o senhor Kol me pagou alguns meses adiantado, foi o suficiente para pagar a faculdade da minha filha, mas também ainda não consegui sair daqui para falar com minhas filhas, então acho que estamos no mesmo barco.

- Então Kol está mantendo nós duas aqui - afirmo e ela apenas confirma.

- Porque a demora? - Kol entra na cozinha nos arrancando um pulo de susto. - O que estavam conversando que se assustaram desse jeito?

- Desculpa senhor Kol, estou dando a ela algumas dicas de maternidade - Linda fala. - Sou mãe de duas meninas, então resolvi passar alguns segredos - Kol apenas assente com a cabeça, e logo se volta pra mim.

- Mandei que comprassem seu remédio de enjoo - ele joga a sacola sobre a mesa - De oito em oito horas - ele fala e se vira para Linda - Coloque a mesa, por favor, estou faminto - ele vem em minha direção - Vamos - ele estende a mão, me levanto sem encostar nele, e vou na frente, escutando seus passos logo atrás de mim.

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