Mih uma mulher de espírito livre, que apesar de ter passado grande parte da sua vida presa dentro de casa, ainda sonha e ter sua própria vida sem depender de seus pais. Ela tem a grande oportunidade de trabalhar com um empresário famoso, ele que est...
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Acordo e olho no relógio ao meu lado que ainda são três da manhã, me levanto para ir tomar água, sei que vou demorar para dormir agora. Coloco o blazer de Scott sobre o baby doll, já que está frio. Saio do quarto e vou em direção a sala, percebo que a tv está ligada, e Scott está sentado no sofá.
- Sem sono? - falo e mesmo ele tendo um leve sobressalto, ele me olha e sorri.
- Digamos que sim, e você?
- Digamos que sim - sorrimos.
- Vem, vamos terminar de assistir o filme - saio da parte em que a luz da tv não estava pegando, Scott me encara e depois vai descendo seu olhar por todo meu corpo. Sinto como se ele estivesse me despindo com os olhos. - você está... - ele volta a olhar para os meus olhos - muito linda - ele coça a garganta.
Tenho certeza que estou competindo com um pimentão agora para vê quem é mais vermelho.
- O-obrigada - falo e ele sorri se virando para a tv._ eu odeio o modo como ele tem influência sobre meu corpo. - Eu fecho os botões do blazer antes de me aproximar - Qual o filme?
- Romance - ele diz e por míseros segundos eu consigo vê-lo envergonhado.
- Então você gosta de romance? - pergunto rindo.
- Fazer o que, as vezes vale a pena imaginar em um amor platônico, meus pais se conheceram de uma maneira não muito convencional, desde então eu espero encontrar alguém como eles conheceram.
- De que maneira seus pais se conheceram?
- A gente pode falar sobre isso depois?
- Ah, claro, desculpa, eu não quis ser intrometida - falo e ele sorri para mim.
- Não, eu não quis dizer isso, é só...
- Não precisa falar, tá tudo bem, vamos assistir o filme - falo e me sento no sofá dando uma distância considerável entre nós.
- Meu pai e minha mãe não são meus pais de sangue - ele diz rápido olhando para a tv.
- Ah, me desculpa, eu não sabia - falo e o olho. - adotado?
- Eles são meus tios para falar a verdade - ele diz e eu tenho certeza que estou com um enorme ponto de interrogação na cabeça.
- Bom, tudo começou quando Peter, meu pai do coração recebeu um convite de casamento entre minha mãe e meu pai de sangue... - ele me conta toda a história e no final eu estava chorando junto a ele. - Você é a primeira pessoa que eu conto essa história, eu nunca me senti confortável em me abrir - ele diz e eu o abraço, ele não responde de primeira mas logo envolve seus braços em mim me apertando contra seu corpo.
- Você já tentou... Ir falar com Nathália? - pergunto receosa.
- Já, mas ela me expulsou de lá, ela disse que eu a faço lembrar o Phillipe, e eu sou realmente a cara do meu pai, olha só - ele pega sua carteira na mesinha ao lado do sofá e tira dela uma foto dobrada, ele a abre e me entrega.
