Free The Animal

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ᴄᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ʜᴀʟʟᴏᴡᴇᴇɴ

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ᴄᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ʜᴀʟʟᴏᴡᴇᴇɴ

Ele estava cada vez mais próximo.

Corri para o armário e levei Harry comigo. Nos mantive escondido sem emitir nenhum ruído, me esforçando para fazer o mínimo barulho possível. Eu podia ouvir o barulho dos seus passos ficando cada vez mais perto, aumentando a ânsia em meu estômago.

Olhei para Harry e vi seu esforço absurdo para manter o choro preso na garganta, seus olhos transbordando em lágrimas. Puxei seu corpo para mais perto de mim e o abracei, pressionando seu rosto em meu peitoral.

— Eu vou proteger você, anjo.

Fechei os olhos e apertei Harry mais forte em meus braços quando senti a presença dele entrar na cozinha. Os passos ficaram mais altos à medida que ele se aproximava do armário.

Fechei os olhos e apertei mais meus braços ao redor de Harry quando senti a presença de alguém entrando na cozinha. Os passos ficaram mais altos e em segundos a porta do armário foi aberta.

— Mais que cena bonitinha — ele murmurou, abrindo a porta.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto quando ouvi sua voz. Beijei o topo da cabeça de Harry antes de sentir nossos corpos serem puxados para fora do armário.

— Mas vocês ficarão mais bonitinhos na minha cama, garotinhos — Ouvi John, nosso raptor, sorrir nasalmente.

Ele acariciou o rosto de Harry, que o afastou com um tapa. Irritado com a reação, John fechou as mãos em punhos e tomou impulso para atingi-lo.

— Não faça isso! — levantei e me coloquei na frente de Harry. — Vou com você para o quarto, mas não faça nada com ele.

Ele pensou na proposta por alguns instantes, não demorando para agarrar meu braço e me levar para seu quarto.

— Você foi um garoto muito bom, Zayn. Quero que continue se comportando assim — John retirou a própria camisa e a jogou no chão. — Está na hora de tirar sua roupinha, você sabe que não precisamos delas para o que vamos fazer.

Suspirei e tirei minha camisa, sendo surpreendido pela figura de Harry na porta. Corri em sua direção e o empurrei, incentivando-o a deixar aquele quarto.

— Vou ficar bem, Harry. Vá para a sala e assista seus desenhos.

Com olhos angustiados, ele obedeceu meu pedido. Tranquei a porta e caminhei até a cama, vendo John deixar o banheiro sem nenhuma roupa. Fechei os olhos quando ele se aproximou para me tocar, internalizando que aquilo acabasse logo.


TREZE ANOS DEPOIS.

Podia ver o olhar sádico de Harry sobre aquele verme. Ele estava dominado pelo ódio, e eu sabia como tudo aquilo acabaria. Me aproximei do corpo amarrado na cadeira e tirei a venda dos seus olhos. John demorou para se acostumar com a escuridão do lugar, mas logo despertou quando nos viu.

— Se lembra de nós, John? — perguntei, caminhando até a porta para conferir se estava bem aferrolhada.

— Bom, eu...

— É claro que lembra! — Harry gritou, interrompendo-o. — Como não lembrar dos garotos que costumava estuprar?

— Seus moleques idiotas! — ele tentou se soltar das amarras. — Estão cometendo um erro!

— Não estamos, John — voltei a me aproximar. — Lembra quantos anos tínhamos na época? Harry era uma criança de cinco anos, seu monstro! Aquilo continuaria a acontecer pelo resto de nossas vidas se não tivéssemos fugido.

— Vocês deveriam ter morrido!

— Sabe, John... — Harry iniciou, a raiva em sua entonação era nítido. — Lembro da noite que você cansou de abusar do corpo frágil do Zayn e me quis.

Harry sentou no colo de John, aproximando os rostos propositalmente.

— Era uma noite de Halloween, uma noite assustadora — continuou, o rosto cada vez mais próximo. — Mas em todos esses anos, você foi o pior monstro que já vi. Pessoas tão imundas não deveriam merecer a vida, querido.

— Então não queira se tornar uma pessoa imunda, Harry — John murmurou, olhando fundo nos olhos verdes. — Me solte, bebê. Sinto muito pelo que fiz com vocês, estou amargamente arrependido.

Aquelas palavras foram suficientes para Harry socá-lo no rosto, acertando seu nariz em cheio. Sorri e me aproximei dele, abraçando-o pela cintura.

— Vocês são sujos! Seus gays imundos! — John cuspiu sangue, outra vez mexendo os braços para se livrar das amarras.

Molhei os lábios e puxei a arma da cintura, virando o rosto para beijar Harry momentaneamente. Passei o cano da arma por sua barriga, causando-lhe arrepios, em troca recebi uma sugada de língua.

— Está na hora, anjo — acariciei seu rosto.

Harry sorriu e puxou sua arma da cintura. Destravamos o precursor e miramos nossa pressa com ferocidade nos olhos. Não havia o que pensar, não existiam arrependimentos. Aquilo era o mais certo dos certos. As balas atingiram o corpo de John nas áreas vitais, tirando-lhe a vida nos primeiros disparos. Algumas atravessaram seu corpo e cravaram na parede do casarão abandonado.

Nossas balas acabaram logo em seguida. Sorri amplamente e busquei a gasolina na mochila, espalhando o líquido pelas paredes. Entrelacei minha mão com a de Harry e nos afastei dali, ambos com a consciência limpa. Fizemos tudo certo, tudo que havíamos planejado há anos.

Coloquei um cigarro na boca e o acendi, sendo rápido ao jogá-lo na trilha de gasolina que incendiaria aquele lugar. Queimando e deixando para trás nosso passado tenebroso.

Essa história foi escrita muitos anos atrás, quando pouco dominava o português básico e abusava de menos da imaginação

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Essa história foi escrita muitos anos atrás, quando pouco dominava o português básico e abusava de menos da imaginação.

A maioria dos contos adiante possui pouco desenvolvimento – ou nenhum –, então as tramas acontecem rápido demais, até mesmo com ausência essencial de detalhes. Algumas nem alcançam mil palavras, outras não possuem conteúdo ou/e conotação sexual. Muitos contos foram inspirados em letras de músicas que eu estava obcecada na época (2014/2015), os créditos aos artistas estarão nas notas finais de cada conto.

Adianto que as histórias são extremamente clichês.

"Ah, são histórias clichês". Ok, mas são minhas histórias clichês, completamente significativas em um período importante da minha vida, escritas em uma época onde depositei minha condição emocional em cada palavra, elas foram importantíssimas para minha formação de caráter e desempenho atual. Exclui esses contos há algum tempo por me envergonhar da ortografia, ainda mais pelos enredos fracos e supérfluos, mas decidi repostar após perceber que não podia apagar um pedaço de algo que me ajudou a evoluir como autora.

Apresento a vocês um pedaço apagado da Ziegler de 2014, sem ela não existiria a Ziegler de hoje. Bem-vindos ao antigo Dez Contos.

DEZ CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora