The Kill

176 12 0
                                    

ᴄᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ʜᴀʟʟᴏᴡᴇᴇɴ

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ᴄᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ʜᴀʟʟᴏᴡᴇᴇɴ

O carro barulhento parou lentamente em frente a bela mansão construída por pedras, finalmente dando-me coragem para olhar meu companheiro pela primeira vez desde que partimos da cidade. Zayn mantinha as mãos agarradas ao volante e observava as flores mortas e os arbustos secos que rodeavam sua casa, assim como as trepadeiras e ervas daninhas no jardim mal-cuidado.

Destravei a porta e sai do automóvel, finalmente podendo esticar a coluna. Fora quarenta minutos exaustivos de viagem para chegarmos até a casa do meu namorado — meu namorado somente pelos próximos vinte minutos. Tudo parecia estar morto, sem cor ou vida. É completamente estranho essa ser a moradia de um homem com trinta e dois anos, tudo ali me deixava intrigado. Observando melhor o ambiente, senti calafrios passaram pelo meu corpo, aquele não sendo um bom presságio do que estava por vir.

— Falei não ser uma boa ideia virmos para minha casa — ele alegou e caminhou para dentro da casa.

Ele não me olhava nos olhos desde o momento que pedi para conversarmos em um ambiente particular, aquela lembrança me fez suspirar fundo antes de segui-lo. Ao entrar na sala, percebi que o ambiente cheirava a mofo e algumas paredes da sala estavam cobertas por infiltrações, mostrando a pintura anterior. Os móveis me deixaram surpreso, não estavam sujos de poeira, talvez aqueles fossem a única parte normal de tudo.

— Disse que precisávamos conversar — ele caminhou até a única janela que iluminava o lugar, mantendo-se de costas para mim.

Talvez se ele ficasse daquela maneira, seria melhor para falar. Manter contato visual com seus olhos dominantes não era uma boa opção.

— Nós nos conhecemos há cinco meses — limpei a garganta. — Foi estranho você ter me pedido em namoro algumas semanas depois... e acredito que tenha sido uma má ideia aceitar.

Esperei sua reação, mas ele permaneceu em silêncio, quase me fazendo acreditar estar só.

— Não temos conexão, Zayn. Sinto como se não tivesse um namorado, você não interage comigo e mal fala! Às vezes tenho medo de você, sabia? Nunca consigo entender seu olhar sobre mim. Não é de amor, nem desejo, ou ao menos afeto. São olhares frios, sem sentimento algum. O que quer de mim? Eu queria muito que você se abrisse comigo, talvez dessa maneira poderíamos resgatar esse relacionamento.

Suspirei fundo, sentindo o coração apertar.

— Eu quero terminar nosso namoro, Zayn.

Zayn virou e me mirou com seus olhos castanhos.

— Você não é o primeiro a me falar coisas tão bárbaras, o último cara que me relacionei me chamou de viciado em drogas e esquisitão quando terminou comigo enquanto jantávamos em um restaurante lotado — ele contou com ressentimento nos olhos. — Já me acusaram de matar pessoas e aliciar crianças, tudo mentira! Mas a maneira que você está quebrando meu coração é pior que tudo isso.

DEZ CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora