Forever Now

158 13 0
                                    

Olhá-lo não ajudava em nada, não quando dois anos de relacionamento estavam sendo jogados fora por brigas bobas e inúteis

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olhá-lo não ajudava em nada, não quando dois anos de relacionamento estavam sendo jogados fora por brigas bobas e inúteis. Por mais que não dissesse nada, entendia que Harry me matava com palavras, não sendo difícil adivinhar o teor dos seus pensamentos.

— Harry, nós precisamos resolver isso — quebrei o gelo.

— Já resolvemos tudo — ele afirmou, encarando o chão.

— Não, nós não resolvemos nada! Você pode deixar seu orgulho de lado ao menos uma vez na vida? — aumentei o tom de voz.

— Não grite comigo!

— Então leve a conversa a sério! O que quer do nosso relacionamento? — levantei do sofá. — Você quer deixar tudo em minhas mãos, mas temos que resolver isso como um casal!

— Não vou dizer nada, tome suas próprias iniciativas — ele avançou em minha direção, parando a poucos passos. — Você quer terminar?

— É o que você quer? — ergui uma sobrancelha.

— Talvez seja o que eu quero.

Ótimo! Não existe mais o "nós" — fiz aspas com os dedos. — Só preciso que me diga por qual motivo estamos brigando.

— Eu não sei — ele desviou os olhos para longe dos meus.

— Peço perdão caso tenha dito algo que não o agradou, eu realmente fiz o possível para salvar nosso namoro.

— Está jogando a culpa em mim? — sua testa tomou uma expressão caluniosa. — Acredita que eu acabei com tudo?

Suspirei quando recapitulei minhas palavras, entendendo haver piorado a situação.

— Não foi o que eu quis dizer, sinto muito.

Harry bufou e sentou no sofá, massageando as têmporas com os dedos.

— Sei que não estamos bem, mas já está tarde e a chuva lá fora não parece ter pressa para ir embora — prossegui ao seu engolido por seu silêncio. — Você se incomoda que eu durma aqui? Ficarei no sofá.

Ele ergueu a cabeça e me encarou inexpressivo.

— Trarei alguns lençóis para você — ele disse, levantando para caminhar até o quarto que costumávamos repartir.







O relógio marcava duas da manhã quando levantei para beber água, convencido que não conseguiria dormir naquela noite. Caminhei inconscientemente pelo corredor do pequeno apartamento de Harry, abrindo a porta do seu quarto para observá-lo. Haviam pequenas manchas arroxeadas embaixo dos seus olhos, comprovando que ele havia chorado por um período indeterminado de tempo.

Vê-lo daquela maneira quebrou-me por dentro. Prometemos nunca magoar a nós mesmos, promessas que estavam sendo quebradas dia após dia.

— Pensei que nunca viria.

Levei um susto quando ouvi sua voz. Olhei para frente e encontrei Harry sentado na cama, agora de olhos abertos. Caminhei lentamente em sua direção e me sentei na ponta da cama.

— Estava esperando por mim?

Ele assentiu.

— E quase acreditando que você não viria — ele emanou um semblante triste. — Nós precisamos conversar.

— Pensei que não existisse mais o nós.

— Peço desculpas, ok? Sou orgulhoso e você sabe disso desde que nos conhecemos — Harry rastejou pela cama e sentou ao meu lado. — Não sei o que há de errado conosco. Simplesmente começamos a brigar por motivo algum! Isso não é normal em uma relação, provavelmente já deveríamos ter colocado um ponto final no nosso namoro há muito tempo.

— Eu por qual motivo não fizemos isso?

— Porque nos amamos! — ele deixou lágrimas escorregarem por suas bochechas. — Eu amo tanto você.

— Eu também amo você, mas parece que isso não está sendo o suficiente para nos mantermos juntos! — controlei o marejo nos olhos. — Eu realmente não consigo entender.

Harry permaneceu em silêncio por um momento, certamente escolhendo palavras adequadas.

— O que aconteceu com o sempre vamos dar um jeito? Você prometeu que tudo isso ia parar e íamos ser um casal normal.

Eu não sei! Não podemos resolver um problema sem saber qual é o problema — levantei da cama e passei as mãos pelo cabelo com nervosismo.

— Você tem certeza que me ama?

— É a única certeza que tenho! — o encarei e mordi o lábio inferior.

— Venha aqui — Harry abriu os braços em um convite silencioso.

Caminhei até ele e o abracei forte, provavelmente sendo o abraço mais apertado que demos. Respirei fundo e inalei o cheiro do seu cabelo, enlouquecendo ao perceber que jamais saberia viver sem tocá-lo ou senti-lo outra vez.

— O que vamos fazer agora? — ele perguntou ao separar o abraço.

— Você vai retribuir meus beijos e esqueceremos todas as brigas idiotas, o que acha?

— É uma ótima ideia — ele sorriu.

Aproximei o rosto e colei nossos lábios, finalmente podendo sentir sua boca suculenta. Levei minha mão ao rosto de Harry e aprofundei o rosto, pedindo passagem com a língua. Vasculhei sua boca e chupei lentamente um de seus lábios, fazendo-o grunhir em diversão.

— Eu amo tanto você, Harry — respirei fundo e selei nossos lábios outra vez.

— Eu amo você, Zayn.

Conto inspirado na música Forever Now (Ne-Yo)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Conto inspirado na música Forever Now (Ne-Yo).

Essa história foi escrita muitos anos atrás, quando pouco dominava o português básico e abusava de menos da imaginação.

A maioria dos contos adiante possui pouco desenvolvimento – ou nenhum –, então as tramas acontecem rápido demais, até mesmo com ausência essencial de detalhes. Algumas nem alcançam mil palavras, outras não possuem conteúdo ou/e conotação sexual. Muitos contos foram inspirados em letras de músicas que eu estava obcecada na época (2014/2015), os créditos aos artistas estarão nas notas finais de cada conto.

Adianto que as histórias são extremamente clichês.

"Ah, são histórias clichês". Ok, mas são minhas histórias clichês, completamente significativas em um período importante da minha vida, escritas em uma época onde depositei minha condição emocional em cada palavra, elas foram importantíssimas para minha formação de caráter e desempenho atual. Exclui esses contos há algum tempo por me envergonhar da ortografia, ainda mais pelos enredos fracos e supérfluos, mas decidi repostar após perceber que não podia apagar um pedaço de algo que me ajudou a evoluir como autora.

Apresento a vocês um pedaço apagado da Ziegler de 2014, sem ela não existiria a Ziegler de hoje. Bem-vindos ao antigo Dez Contos.

DEZ CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora