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ᴄᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ɴᴀᴛᴀʟ
Harry deu um nó em seu robe e caminhou apressado até a sala, abrindo a porta ansiosamente para fitar os olhos castanhos. Não esperava que aquele fotógrafo fosse tão novo, o nome e sobrenome estampado no anúncio não davam pistas de quem apareceria em sua porta. Ele também era bonito, aquilo provavelmente o deixaria mais confortável.
Sorriu timidamente e abriu espaço para ele entrar, aproveitando o momento para espiá-lo. Zayn Malik possuía uma mochila sustentada no ombro direito, certamente onde trazia todo o equipamento necessário para seu trabalho. Ombros largos. Lábios vermelhos. Nariz empinado. Ele era mais do que bonito. Harry fechou a porta e caminhou até o centro da sala, detestando o silêncio perturbador pairando pelo ambiente. Sentiu adrenalina quando Zayn virou e o encarou profundamente nos olhos.
— Sou Zayn, o fotógrafo — ele disse, a voz aveludada deixando seus lábios com simpatia.
Harry assentiu, sentindo a vergonha consumi-lo vagarosamente.
— Onde você quer ficar?
— No sofá seria legal — murmurou em baixo tom. — Quero ficar perto da árvore.
— Tudo bem, podemos começar?
Harry assentiu outra vez e sentou no sofá.
— Vou colocar a árvore um pouco mais para cá, tudo bem? — ele perguntou, caminhando até a árvore quando Harry concordou.
Zayn empurrou a árvore para perto do sofá, deixando a iluminação dos pisca-piscas iluminarem Harry. Aproveitou a oportunidade e pegou algumas bolas de natal jogadas no pé da árvore, espalhando-as pelo sofá, tendo os olhos verdes acompanhando tudo que fazia.
— Você pode tirar — disse Zayn, apontando para o robe.
Zayn se afastou e abaixou no chão para preparar o equipamento, retirando o tripé da câmera para montar peça por peça. Retirou a câmera da capa protetora e escolheu as lentes adequadas para o ensaio, limpando alguma delas com um lenço apropriado.
— As fotos vão ficar incríveis... — as palavras morreram em sua boca quando levantou e encarou o cliente.
As bochechas de Harry atingiram uma coloração vermelha, sentindo mais vergonha quando os olhos castanhos percorreram seu corpo.
Zayn estava acostumado com seu trabalho. Fotografava pessoas nuas diariamente, mas aquele rapaz era diferente. Seus clientes normalmente não expressavam vergonha, as mulheres praticamente se abriram, e por mais que fosse antiprofissional da sua parte julgar, sabia que elas atingiam um nível voluptuoso de vulgaridade. Harry era perfeito em cada ângulo, nutria uma beleza fidedigna a perfeição. Seu corpo merecia ser registrado e guardado para todo o sempre.
— Pode deitar — disse, chacoalhando a cabeça para retomar os sentidos. — Coloque o braço esquerdo para fora do sofá.
