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Recomeçar do zero é uma sensação fúnebre e difícil para a maioria das pessoas, mas havia sido fácil para mim. Esquecer um passado conturbado é a melhor coisa que podemos fazer para o nosso próprio bem. É saudável esquecer feridas causadas por pessoas que diziam se importar conosco, ainda mais benigno esquecer a pessoa pela qual me apaixonei incondicionalmente.
Zayn era uma pessoa espetacular quando o conheci, isso até conseguir um emprego melhor e conseguir a vaga de gerente. Ele parou de se importar comigo, passou a ser o motivo das lágrimas em minhas bochechas. Sua ausência e grosseria foram o coquetel necessário para que ir embora. Ele não era mais o homem pelo qual havia me apaixonado, não possuía mais os rastros do homem que faria tudo por mim, assim como estava disposto a fazer por ele.
Certo que aqueles pensamentos arruinariam meu dia, terminei de lavar os pratos e enxuguei as mãos antes de colocar a linhaça de noivado no dedo anelar. Pensar nos acontecimentos recentes me deu um pouco de felicidade, lembrar da minha noiva me deixava contente. Emma é a mulher mais incrível que conheci, e havia me presenteado com uma filha linda e saudável no mês passado. Ansioso para vê-la, caminhei ligeiramente até seu berço para observá-la dormir, constatando como ela era pequena e frágil. Eu a amava tanto. Amava seus cabelos ondulados como os meus, e os olhos e a boca de Emma.
Deixei o quarto rapidamente quando ouvi o telefone tocar, chegando até a cozinha antes que os toques acordassem Lise.
— Harry?
Paralisei quando ouvi a voz.
— O que você quer?
— Sei que não possui motivos para me ouvir, mas preciso fazer uma pergunta.
— Preciso desligar, Zayn — aleguei, espremendo os lábios para guardar o choro.
— Não desligue, por favor! — implorou, o tom choroso em sua voz era evidente. — Vou deixá-lo em paz, mas precisa me ouvir.
— Você tem cinco minutos.
— Talvez essa decisão seja um erro, mas isto está rondando minha mente há meses! Gostaria de falar com você pessoalmente, mas entendo por que isso não pode acontecer. Antes de tudo, quero lhe dar os parabéns, soube que você teve uma menininha. Se ela for parecida com o pai, é a coisa mais linda deste mundo — ele suspirou antes de prosseguir. — Juro que não estou tentando criar confusão. Diga a sua noiva que ela pode relaxar, só preciso que responda minha pergunta. Ando me perguntando se alguma vez você pensou em mim? Você pensa?
Escorreguei as costas pela parede e sentei no chão, ainda com o telefone na orelha. Reprimi o choro para que Zayn não ouvisse, esforçando-me para não ecoar os soluços.
— Sei que o que tivemos já passou, fiz você chorar muitas vezes. Não quero atrapalhar sua vida, mas preciso saber se você ainda pensa em mim como penso em você.
— Zayn, eu...
— Você não precisa falar agora, mas me ligue quando souber a resposta, por favor — ele encerrou a ligação antes que eu pudesse responder.
Levantei do chão e fui até o banheiro para molhar o rosto choroso com água. Encarei o reflexo e internamente admiti o amar intensamente. Ainda o amava com todas as minhas forças, ainda pensava neles todos os dias. Emma jamais conseguiu suprir os sentimentos que eu sentia por ele, e outra pessoa jamais conseguiria.
Um ano atrás.
— Quando vai deixar de agir como um idiota?
— No dia que você casar comigo.
— Então não está tão longe de deixar de ser um idiota, Malik.
— Você se casará comigo e usará meu sobrenome — ele proferiu, passando o polegar por meus lábios. — Será meu e apenas meu, para toda eternidade.
Sorri e fechei os olhos, a ideia me agradava.
— Ei!
Zayn virou meu rosto com os dedos, para que eu o encarasse.
— Hum?
— Amo você.
— É a quinta vez que me diz isso hoje.
Aconcheguei minha cabeça em seu peitoral e prestigiei a paisagem no parque onde havíamos organizado um piquenique. Ergui a cabeça para contemplá-lo e admirei sua beleza. Sua beleza era única, assim como ele é para mim: único e insubstituível.
— Apenas cinco vezes, é? Somente isso?
Sorri e beijei sua bochecha.
— Também amo você, Zayn.
— Então nos amamos?
— Sim, seu engraçadinho — gargalhei e o abracei, acomodando o rosto em seu pescoço.
Permanecemos em silêncio por alguns minutos, estava quase adormecendo devido ao cafuné dos dedos de Zayn em minha cabeça.
— No que está pensando? — ele perguntou, alisando minha bochecha com o dorso da mão.
— Em você.
— Então anda pensando em mim, é? — ele zombou.
— Penso em você a cada tique-taque do relógio.
— Gosto disso.
Senti ele se aproximar para beijar meus lábios.
— Ei!
Abri os olhos com seu chamado e o encarei.
— O que foi?
— Amo você.
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Conto inspirado na música Do You?(Ne-Yo)
Essa história foi escrita muitos anos atrás, quando pouco dominava o português básico e abusava de menos da imaginação.
A maioria dos contos adiante possui pouco desenvolvimento – ou nenhum –, então as tramas acontecem rápido demais, até mesmo com ausência essencial de detalhes. Algumas nem alcançam mil palavras, outras não possuem conteúdo ou/e conotação sexual. Muitos contos foram inspirados em letras de músicas que eu estava obcecada na época (2014/2015), os créditos aos artistas estarão nas notas finais de cada conto.
Adianto que as histórias são extremamente clichês.
"Ah, são histórias clichês". Ok, mas são minhas histórias clichês, completamente significativas em um período importante da minha vida, escritas em uma época onde depositei minha condição emocional em cada palavra, elas foram importantíssimas para minha formação de caráter e desempenho atual. Exclui esses contos há algum tempo por me envergonhar da ortografia, ainda mais pelos enredos fracos e supérfluos, mas decidi repostar após perceber que não podia apagar um pedaço de algo que me ajudou a evoluir como autora.
Apresento a vocês um pedaço apagado da Ziegler de 2014, sem ela não existiria a Ziegler de hoje. Bem-vindos ao antigo Dez Contos.