Parafilia

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PARTE 1

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PARTE 1

Caminhava pelo corredor da faculdade, seus passos cadenciados, enquanto segurava uma sacola marrom de algum fast-food local. Os restos da refeição do dia se amontoavam ali, contrastando com a seriedade com que ele carregava um livro sobre imunologia na outra mão, tão próximo do rosto que seus olhos se espremiam para decifrar as minúsculas letras.

Foi então que uma voz o interrompeu, quebrando a paz daquele corredor.

— Você é Zayn Malik?

Ele franziu o cenho e baixou o livro, encontrando um homem a poucos passos de distância, com um semblante tranquilo no rosto.

Zayn não costumava julgar pela aparência, mas aquele homem tinha uma presença marcante, uma beleza que não passava despercebida. Concluiu rapidamente que ele não era da classe de medicina.

— Posso ajudar? — perguntou Zayn, terminando sua rápida varredura em direção ao desconhecido.

— Meu nome é Harry. — Apresentou-se o homem, estendendo a mão para cumprimentá-lo.

Mas Zayn, com as mãos ocupadas, não pôde retribuir o gesto. Observou o outro baixar a mão, visivelmente constrangido.

— Fiquei sabendo das suas atividades extracurriculares, e tenho interesse — disse Harry, confiante do que viera fazer.

— Atividades extracurriculares? — Zayn repetiu, um sorriso leve surgindo em seus lábios. — Não compreendi.

Seu coração palpitou quando os olhos verdes de Harry o encararam intensamente, como se houvesse uma mensagem oculta naquele olhar.

— Acho que você compreendeu perfeitamente — disse Harry, desafiador.

Zayn prendeu a respiração, quase deixando cair o livro no chão. Ele sabe? Era estranhamente cauteloso quanto a proibir que seus alunos saíssem por aí divulgando seu trabalho sem permissão, principalmente para pessoas que ele não conhecia ou não julgava confiáveis.

— Está falando com a pessoa errada — Zayn negou vigorosamente, forçando-se a seguir em frente.

— Meu confidente foi muito detalhista quando o descreveu. Me parece muito que é você — insistiu Harry, seguindo-o de perto.

Zayn revirou os olhos, sentindo a irritação crescer dentro de si. Como aquele homem poderia saber tanto sobre sua vida?

— Quem contou sobre mim? — Ele se aproximou, determinado a descobrir.

— Não posso contar — respondeu Harry, sua expressão demonstrando urgência.

— Então não posso ajudá-lo — retrucou, virando-se para ir embora.

— Juro que não posso contar! Zayn, por favor — implorou Harry, seguindo-o.

Zayn parou novamente, seus ombros tensos. Não podia arriscar que suas "atividades extracurriculares" fossem expostas para mais pessoas.

DEZ CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora