Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
11 de NOVEMBRO DE 2014
Estávamos correndo. O vento batia fortemente contra meu rosto, fazendo-me sentir eternamente livre. Eu não estava indo tão rápido como de costume, queria capturar cada vestígio da cidade e aproveitar o sol antes que a neve cobrisse tudo. Zayn estava bem na frente, agora eu sabia que apostar corrida com ele havia sido um erro terrível. Mesmo que eu quisesse — ou roubasse — não conseguiria vencê-lo.
Parei de correr quando necessitei de ar, abaixando a coluna para sustentar as mãos nos joelhos. Não deveria estar naquela condição física para um garoto de quinze anos, mas a asma não cooperava.
— Está cansado, Styles? — Zayn se aproximou com um sorriso convencido. — Onde está o Harry que alegou ser mais rápido que eu?
— Se soubesse que você era tão rápido, jamais teria aberto a boca — ergui a coluna. — Não quero abaixar as calças no meio do parque, Zayn!
— Aposta é aposta, querido. Você mesmo sugeriu que o perdedor abaixasse as calças na praça — desdenhou e cruzou os braços. — Você perdeu, então você paga a prenda.
— Mas eu não quero, Z. Que tal esquecermos essa aposta estúpida?
— Não, não e não — ele gargalhou — Vou adorar vê-lo mostrar a bunda para o público.
— Eu tenho vergonha — senti as lágrimas em meus olhos. — E se algum conhecido da minha mãe ver e contar para ela? Ficaria de castigo pelo resto da vida!
— Como você é complicado! — com irritação, Zayn bufou e virou de costas.
Escorei o corpo no corrimão da ponte e encarei o rio, vendo Zayn virar e caminhar em minha direção.
— Me encontre no parque à meia-noite. Não haverá ninguém por lá nesse horário, desta maneira pode cumprir com o combinado. Prometemos cumprir a aposta, não vamos quebrar nossas palavras de nenhuma maneira.
— Por qual motivo está levando isso tão a sério? Está fazendo uma enorme tempestade para me ver sem calças! — fiz impulso para me afastar do corrimão e parei próximo dele. — Você possui outras intenções, não é? O que está aprontando, ham?
07 DE MARÇO DE 2005
— Como você se chama?
Perguntei ao garoto de madeixas negras que estava em minha sala. Ele era um pouco mais alto que eu, talvez fosse alguns anos mais velho. Lembro que mamãe comentou que chegaria uma nova família na vizinhança, e que eles morariam perto de nós.
— Zayn — ele sorriu e se aproximou.
Percebi que ele carregava um ursinho em uma mão e possuía uma guitarra de brinquedo pendurada nas costas.
— Meu nome é Harry.
— Vamos brincar? Nossas mães estão conversando lá fora.
— Não acho uma boa ideia sair, está escuro e podemos nos perder.
