Smack That

99 10 0
                                    

A cela não é tão grande, mas é maior que muitas que frequentei

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A cela não é tão grande, mas é maior que muitas que frequentei. Estar envolvido no tráfico me deu alguns benefícios, mas não posso afirmar que estou feliz em ter que passar mais sete anos aqui. Lutei para ganhar dinheiro, por sujo que ele fosse, mas não posso gastá-lo estando nesse lugar imundo, não posso desfrutar de nada que ele me proporciona. Por mais desagradável que a situação fosse, gosto de ter a cela exclusivamente para mim, dando-me a liberdade e o silêncio que eu tanto almejava.

— Zayn Malik, certo?

Ergui a cabeça quando o policial que havia efetuado minha prisão apareceu diante das grades que me separavam da liberdade. Andreas Bailey era a porra de um desgraçado!

— O que você quer?

— Preciso da sua ajuda — atestou, mostrando o distintivo. — Sei que você não assaltou aquele banco sozinho.

— Realmente acredita que vou ajudá-lo? — sorri com escárnio, levantando do colchão para me aproximar. — O que ganho com isso?

Ele sorriu e tirou uma fotografia do bolso, revelando a imagem de Harry.

— Um dia inteiro fora desse lugar, e a chance de ver um amigo de infância.

Torci os lábios por alguns segundo antes de responder:

— Quando nós começamos?







Senti o alívio percorrer meu corpo quando me vi livre das roupas da prisão. Finalmente vesti minhas roupas, estranhando a forma como elas deslizavam em minha pele — sensação normal para quem está preso há quase três anos. Olhei para baixo e encarei a tornozeleira eletrônica piscando em meu pé, lembrando-me que não conseguiria fugir sem ser encontrado. Precisava voltar até a meia-noite, ou ganharia mais alguns anos de prisão.

— Vamos logo, Malik! Não temos o dia todo — Bailey me apressou, andando até a saída. — Seu carro está estacionado e pronto para a partida. Antes que vá, quero o nome e os detalhes dos envolvidos no roubo.

— Pietro e Jarad Onfroy, eles são irmãos e ficam durante o turno da noite em uma boate na rua Clox. Entrem pela porta dos fundos e não atirem, eles possuem uma boa armada. No porão encontrarão um depósito de drogas e armas, também encontrarão o dinheiro que roubamos do banco — soltei de uma vez, não querendo perder tempo aquelas perguntas bestas. — Também acredito que eles obrigam alguns funcionários a se prostituírem.

— Você foi muito eficiente, Zayn — ele sorriu e anotou as informações. — Foi bom negociar com você.

Estufei o peito quando ele foi embora, andando em direção ao Lamborghini Gallardo parado no estacionamento da prisão — havia sido apreendido dirigindo ele. Dei partida daquele lugar e acelerei para o mais longe que consegui, pensando inquietamente onde deveria ir primeiro.







Mesmo que ainda fosse cedo, a boate estava lotada, dificultando minha mobilidade pelo lugar. Esbarrei em alguns ombros até chegar no bar, rápido ao expor minhas verdadeiras intenções.

DEZ CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora