Chandelier

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15 DE JANEIRO DE 2015

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15 DE JANEIRO DE 2015

O vento acertava intensamente meu rosto, aumentando a ânsia de vômito. Empenhava meu subconsciente a não olhar para baixo, certo que a visão dos carros passando pela avenida movimentada côncava para meu desespero. Solucei e deixei as lágrimas escorrerem pelos meus olhos, sentindo meu corpo tremer à medida que uma nova rajada de vento o acertava.

Meus dentes bateram uns contra os outros pelo frio, forçando-me a agarrar a grade com mais força, ciente que eu cairia de uma altura de vinte metros se a soltasse. Faltava apenas um súbito surto de coragem para que eu me jogasse, almejava o momento que deixaria a covardia de lado e acabasse com todo aquele sofrimento.

14 DE JANEIRO DE 2015

— Aonde está indo, Colin?

Perguntei ao meu amante, vendo-o levantar e vestir as próprias roupas.

— Tenho que ir para casa, Elsa estranhará se eu me atrasar para o jantar — ele admitiu, calçando os sapatos. — Foi ótimo tê-lo, Harry.

— Lembra o que falou enquanto fazíamos sexo? — levantei e vesti uma cueca. — Falou que me amava, e que queria ficar comigo.

— Falei o que qualquer um diria ao amante durante o sexo — ele esbravejou e caminhou até a porta. — Você sabe que jamais seremos mais que isso, não vamos discutir por besteira.

— Meu amor por você não é besteira! — caminhei em sua direção.

Ele virou bruscamente e me chacoalhou pelos ombros.

— Qual a porra do seu problema? — gritou, empurrando-se antes de afastar. — Você concordou em me satisfazer quando eu precisasse, nunca prometi que seríamos mais que uma foda! Somos apenas sexo, Harry.







— Quero mais um, por favor — pedi educadamente ao garçom, sem saber a conta exata de quantos copos consumi.

A boate estava movimentada, havia tantas pessoas que respirar começava a ser uma tarefa complicada. Passei os olhos pela multidão e procurei alguém de interesse, alguém que pudesse me proporcionar uma boa noite de sexo para esquecer as batidas do meu coração estraçalhado em pedaços.

Durante a varredura, cruzei os olhos com um rapaz atraente, capturado por seu porte físico e sorriso cativante. Ele se aproximou e segurou minha mão, guiando-me até a pista de dança.

— Não vai me dizer seu nome? — perguntei em seu ouvido.

— Dener — ele segurou minha cintura e colou nossos corpos. — Você é o homem mais bonito desse lugar.

Meu corpo arrepiou quando ele levou uma das mãos até minhas nádegas, apalpando-as sensualmente.

— Meu nome é Harry — revelei, raspando os lábios em seu pescoço. — Mas não quero perder tempo com apresentações, quero que faça sexo comigo até que eu perca o rumo das palavras.

DEZ CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora