05

600 29 1
                                    

• C A L V I N   C A R S O N •

A luz do sol do caribe invade a janela do meu quarto em nosso chalé, queimando minha pele e iluminando o quarto todo, viro na cama e abraço minha esposa que está perfeitamente aninhada ao meu lado, após passarmos o dia todo ontem no chalé, aceitando a proposta de Yan e Vitoria para ficar por aqui, passo o braço por cima do corpo dela e a trago para mim, escuto um resmungo baixo por ainda estar dormindo, mas apenas sorrio enquanto a encosto em mim, suas costas estão tão quentes em meu peito chega a ser reconfortante, enfio o rosto em seu cabelo e respiro fundo sentindo seu perfume, beijo a sua nuca com ternura em seguida.

— Bom dia — sussurro próximo ao seu ouvido e mesmo sem vê-la sei que está sorrindo, Marta se aperta mais em mim e eu beijo seu ombro exposto com a alça fina do pijama.

— Não quero acordar — resmunga baixo me fazendo rir. 

— Eu também não, mas já que estamos acordados... — sorrio encostando mais ela em mim e desço uma das mãos pelo seu quadril pressionando os dedos ali encostando sua bunda em meu sexo que já está em alerta...


Saiu do mar e passo as mãos nos cabelos jogando tudo para trás, Vitoria está deitada em uma das espreguiçadeiras em baixo de um guarda-sol, seu corpo perfeitamente descansado, o pequeno biquíni amarelo destaca em sua pele escura, engulo em seco e me concentro ao máximo para desviar o olhar do seu corpo enquanto caminho até a espreguiçadeira ao seu lado.

Deito na mesma quieto, ela está na mesma pose desde que sai da água, os óculos escuros escondendo seus olhos e pela respiração calma acredito que esteja dormindo, rio baixo e me estico todo, levo um dos braços para cima da cabeça e fecho os olhos, lutando contra a mim mesmo para não olhar nos seus seios.

Vitória Clarke sempre foi muito linda, ela lembra perfeitamente a sua mãe Ellis quando mais jovem, principalmente quando era minha namorada, antes de Edmundo aparecer e tirá-la de mim com seus encantos, ultimamente ela anda chamando mais atenção do que a própria mãe, seu corpo perfeitamente escultural, ao longo dos seus 26 anos, uma linda mulher, o único defeito é ter se apaixonado pelo meu filho, um perfeito idiota.

— A água está boa Senhor? — a doce voz dela invade, abro os olhos e viro o rosto para vê-la, ainda na mesma posição, mas completamente acordada, ela vira o rosto para mim e sorri.

— Sim, você deveria entrar — digo e continuo fitando seu rosto, ela ainda sorri para mim me deixando nervoso.

— Não, corro o risco de quando sair meu cabelo ficar extremamente bagunçado e eu não posso assustar meu noivo assim antes do casamento — ela comenta e ri.

— Yan seria um idiota se deixasse alguém só pelo cabelo bagunçado — comento e ela ri de novo então continuo — não que ele não seja um — nós dois rimos juntos e então paro de olhá-la, fecho os olhos e aproveito o sol que queima minha pele — como está sentindo prestes a casar?

— Estranhamente calma — diz após parecer ser uma década, sorrio com sua resposta — eu deveria estar nervosa? 

— Provavelmente só um pouquinho — comento e escuto sua risada baixa — o importante é que ele te ama e você ama ele, só isso importa, eu só quero o melhor para o meu filho e para você também. 

— O Senhor acha isso mesmo? 

Sua pergunta me surpreende me fazendo abrir os olhos para vê-la apoiada nos braços, e mesmo com os óculos escuros sei que está me fitando.

— Vocês vão se casar Vitoria, lógico que eu acho isso — respondo e vejo quando ela respira fundo parecendo preocupada e volta a deitar devagar na espreguiçadeira — o que está te incomodando? Algo que eu deva me preocupar?

— Não é nada, é só coisa da minha cabeça.

— Eu posso ter uma conversa com meu filho se assim precisar. 

— Obrigada, mas realmente é só coisa da minha cabeça — ela sorri virando o rosto para mim.

Seu sorriso sempre lindo me faz sorrir de volta enquanto fecho os olhos e volto a aproveitar o sol quente torrando nossa pele.



DOCE TRAIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora