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Um gemido, um simples mas perfeito gemido escapa quando faço o movimento de vai e vem dentro dela calmamente, sentindo o quanto está me desejando dentro dela na ponta do meu dedo, é delicioso de se ver e ouvir.

Aperto o seu quadril com mais força com a mão livre e continuo movimentando meu dedo dentro dela em um movimento lento e continuo, seus olhos fechados e a boca entreaberta é a cena mais linda que eu poderia ver hoje, Vitoria está completamente entregue a mim, seus lábios trêmulos e as mãos apertadas na pedra mostram o quanto está gostando, mas são seus gemidos baixinhos e deliciosos que me deixam ainda mais tentado a estar dentro dela.

Tiro a mão dela repentina e novamente a reclamação me faz sorrir, abro minha calça e segundos depois estou para fora, seguro em meu pau e o guio para dentro de Vitoria, deslizo para dentro dela sem dificuldade, o gemido escapa pela minha garganta assim como ela, que se encolhe em minha frente e seus olhos grandes no rosto encontram os meus. 

— Calvin... — resmunga baixinho revirando os olhos em outra reclamação deliciosa enquanto os fecha e suspira soltando um gemido baixinho quando eu me movo novamente em sua direção. 

O desejo e a vontade dela aumentando a cada estocada lenta e precisa, posso sentir o quanto ela também estava me desejando, a maneira que seu corpo responde a cada estímulo, seus olhos se abrem algumas vezes apenas para me ver por alguns segundos, debruço meu corpo sobre o dela e espalmo uma das mãos no espelho à outra aperto o seu quadril mantendo mais empinada em minha direção. 

Em poucos minutos nós dois nos transformamos em respirações pesadas e gemidos sussurrados, fecho meus olhos enterrando a cabeça em seu pescoço quando ela geme chamando meu nome baixinho, meu corpo todo respondendo, o arrepio percorrendo pela minha coluna e sua boceta me apertando mais dentro dela. 

O aroma do seu perfume misturado com o suor que escorre pelo seu pescoço é delicioso, me cativa e me faz querer ainda mais disso, a saudades que eu estava dela, do seu cheiro, do seu corpo... meu coração acelera ainda mais apenas em pensar nisso enquanto roço meus lábios pela sua pele suada, posso sentir o seu corpo se estremecer em mim e passo o braço em sua volta a sustentando presumindo que suas pernas estão a ponto de falhar.

Vitoria está se desfazendo em meus braços, seu corpo todo começa a tremer enquanto eu afundo meu nariz em sua nuca puxando o ar com força e segurando o gemido enquanto ela me aperta mais dentro de si e sinto o seu líquido quente escorrendo, é o limite para mim, para o meu desejo, sem conseguir me controlar ou segurar aperto meu quadril ao dela com força e gozo, deliciosamente dentro dela, sentindo meu corpo todo estrecer e o arrepio percorrendo pela minha pele.

Nós ficamos assim por alguns segundos, apenas nossas respirações pesadas podendo ser ouvida, o corpo dela sendo sustentado pelo meu, sua pele suada e seu aroma espalhado pelo banheiro... até que a maçaneta da porta balança repentinamente em um barulho alto fazendo ela se encolher em meus braços. 

— Calvin... — seu resmungo é baixinho e eu levo a mão que está no espelho até a sua boca tampando a mesma até que o balançar seja sessado, seus olhos arregalados assustados me encarnado mas eu só consigo sorrir.

O barulho se vai e eu espero mais alguns segundos apenas por garantia até que tiro a mão da sua boca e me afasto dela devagar saindo de dentro dela.

— Será que alguém nos ouviu? — ela pergunta enquanto eu ajeito minha calça, subo o olhar para ela.

— Acho difícil. 

— Calvin, e se me ouviram? — questiona assustada puxando as alças do seu vestido pelos braços e se vira novamente me indicando a ajudá-la com o zíper. 

— Não tem como saber se é você — brinco sorrindo enquanto subo o zíper e ela me julga com o olhar através do reflexo, eu sorrio ainda mais e passo os braços em volta do seu corpo encostando ela em mim — o importante é que estava aqui, comigo.

— Eu estou com você, sempre — diz baixinho e logo um sorriso terno e lindo se forma em seu rosto, meu peito se aperta e mal posso segurar o sorriso de volta.

Olhando nós dois na frente do espelho até que parecemos um casal bonito, a diferença de idade é notável, mas a alegria em sua face e na minha também é, eu não consigo me imaginar com outra pessoa a não ser com Vitoria.

— Você vai embora comigo hoje — comento virando ela em meus braços que sorrio enquanto faz isso espalmando as mãos em meu peito. 

— Eu vou? — pergunta brincando e passa delicadamente os lábios nos meus me fazendo sorrir ainda mais. 

— Vai sim — pontuo e continuo — vai dormir comigo na minha cama, quero acordar com você amanhã, e poder te mimar o quanto quiser — digo baixinho as últimas palavras aproximando os lábios aos seus e selando os mesmos com ternura.

— Estou ansiosa para isso acontecer — sussurra.

— Me espere ok? — falo afastando um pouco apenas para poder olhá-la melhor, Vitoria me encara um pouco confusa mas não questiona apenas balança a cabeça em um sim concordando, mas de qualquer maneira continuo — no fim da festa no estacionamento, estarei lá assim que me avisar — novamente ela sorri e concorda com a cabeça e antes que eu me afaste leva as mãos em meu rosto e passa a ponta dos dedos pela barba, acariciando, eu acho que de alguma maneira, ela gosta disso, pego uma de suas mãos e beijo o nó dos seus dedos me afastando, mas antes de chegar na porta viro para ela que continua parada me encarando — querida, estarei de olho em você, não apronte — brinco e o seu sorriso se expande na face preenchendo novamente meu peito de uma alegria imensurável.

— Vou dar o meu melhor! — brinca comigo e eu rio baixo saindo do banheiro e já ansioso para encontrá-la no fim dessa merda de festa.





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