14. Amo estar com você

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— Estou com tanta raiva de você, Soraya. — A mais velha mantinha os braços cruzados em frente ao peito, enquanto a irritação em sua voz era cristalina.

— Me encontro em péssimos lençóis, não é? Você quis até me assustar, como se eu não estivesse autorizada a entrar no condomínio... — A loira carregava uma feição falsamente preocupada, para irritá-la ainda mais. — Mas, não se preocupe... A minha intenção é deixar que você desconte toda sua raiva em mim, candidata Simone Tebet.

Soraya caminhou em passos lentos até chegar em frente a mais velha, que continuava quieta na mesma posição, mas que já esbanjava um sorrisinho sacana nos lábios. Ela realmente estava se segurando para não rir, e isso deixou a mais nova um pouco confusa.

— Soraya, eu não te aguento.

Simone se rendeu às risadas, ela não conseguia evitar de achar engraçadinha a atitude de Soraya em tentar provocá-la daquela forma. A morena usou seus braços para envolver o corpo menor, suas mãos seguraram a parte de trás do pescoço da mesma, que logo puxou a blusa branca de Tebet, de forma que suas mãos pudessem vagar pelo abdômen alvo. A mais velha contraiu os músculos com o contato, seus dedos se emaranharam nos cabelos loiros, enquanto ela fazia com que as duas caminhassem, e usou a perna para empurrar a porta atrás de si.

Elas seguiram pelo corredor, chutando os sapatos, enquanto tentavam não tropeçar nas próprias pernas. Não desconectaram os lábios até chegarem à escada. Soraya estava sugando toda a extensão do pescoço da mulher, e Simone sussurrou para que elas subam.

— Ah não, vamos ficar no escritório. — A loira sugeriu baixinho, no ouvido de sua antiga professora, a empurrando contra o corrimão, forçando o joelho no centro da mulher, que mordia os lábios enquanto tentava manter o equilíbrio.

— Por quê? Na cama é mais confortável, Soraya. — A morena tentou argumentar, com muita dificuldade, enquanto sentia Thronicke massagear seus seios por cima do sutiã.

— Porque é a primeira vez que terei você aqui, então, eu quero que seja num lugar só seu, que você nunca tenha divido com ninguém. — A loira roçou os lábios nos de Simone, preferindo acreditar que sua colega senadora jamais teria feito algo com o marido naquele espaço, mas de qualquer forma, o que importava era que Simone tinha muito ciúme de seu escritório; independente de qualquer coisa, era algo só dela e ponto final. — Depois do escritório, daí vamos pro quarto. Pode ser?

Soraya sequer esperou pela resposta de Tebet, e já guiou-a em direção à próxima porta. Quando elas entraram no cômodo bem mobiliado, Simone foi empurrada, com o maior cuidado que Thronicke conseguia ter, em seu divã castanho-avermelhado.

— Soraya, tranque a porta! – Tebet alertou, quando percebeu que a loira já estava indo para cima dela sem antes bloquear a passagem de qualquer possível importuno. — Não estou esperando receber mais ninguém, mas nunca se sabe.

A loira revirou os olhos, enquanto girava a chave na fechadura. Quando ela se voltou para Simone, seu sangue ferveu por conta do desejo e da raiva, ao ver a mulher se livrando de suas próprias roupas. Os seios já estavam à mostra, e ela já estava tirava a saia de couro preto.

— Você tinha que ter ficado nua nas minhas mãos, Simone.

Só de calcinha, Simone sorriu de maneira serena para Soraya, apoiando seu corpo sobre seus cotovelos, dizendo com a voz mansa:

— Eu deixei a melhor parte pra você. — Piscou para a mais nova.

A loira perde os sentidos com a cena de Simone, quase completamente nua, usando a mão esquerda para acariciar o estofado, enquanto olha para ela com seu típico olhar de superioridade, como se tivesse tudo sob controle.

Soraya caminha lentamente em direção a Tebet, fazendo o máximo para não perder o controle e acabar avançando de uma vez para cima dela. Sua antiga professora acha que pode ter o controle? Pois bem, ela pode; mas Thronicke pretende fazer o máximo para que a mulher mais velha pense que não.

— Muito bem, candidata... — A loira parou em frente ao divã, olhando para Simone de cima a baixo, removendo o próprio vestido do corpo, mantendo seu olhar conectado com o dela. Em menos de um minuto, Thronicke também se encontrava somente com a calcinha rosa no corpo. — Gosta do que vê? — Questionou a outra, que em vez de acariciar o tecido do divã, como estava fazendo antes, fincou as unhas nele.

— É claro que eu gosto... Você é linda, Soraya. — O peito de Simone arfa enquanto ela, seriamente, responde a pergunta. — Mas, eu prefiro observar seu corpo enquanto o mesmo reage sob meus toques.

A resposta da morena quebrou Soraya, que não conseguia mais resistir, e se sentou, envolvendo as pernas no corpo da mulher, empurrando seu tronco para baixo, fazendo com que os cabelos negros emoldurassem o rosto corado. Quando sentiu as mãozinhas ágeis da loira amassarem seus seios, Simone deixou um grunhido escapar por seus lábios.

Quando a mais velha sentiu o quanto Soraya, que rebolava despudoradamente em seu quadril, estava molhada, não aguentou mais deixar suas mãos longe do lugar que mais tinha vontade de sentir. Ela usou seus dedos para empurrar o tecido de renda para o lado, roçando-os pela entrada encharcada da loira. Provocou-a um pouco antes de meter dois dedos nela, que arqueou as costas, jogando a cabeça para trás. As mãos de Soraya apertaram os seios fartos com ainda mais força, quando ela passou a cavalgar nos dedos da professora.

Uma fina camada de suor passou a cobrir a pele de ambas as mulheres, os seios de Soraya balançavam, deixando a morena salivando para prová-los, até que a loira se lembrou de que estava devendo muito a mulher que se encontrava abaixo dela. Dessa forma, antes que pudesse alcançar o orgasmo, ela puxou a mão de Simone para fora de sua 'buceta e levou os dígitos lambuzados à boca. Tebet observava a cena com atenção redobrada, e gemeu junto a loira quando a mesma mordeu a pontinha de seu anelar.

Antes que Simone pudesse reclamar, implorando por contato, a loira inclinou o próprio corpo para frente, passando a distribuir beijos e mordidas pelo abdômen, até chegar onde lhe interessava. Ela não demorou a puxar a calcinha da mulher, que também se encontrava encharcada.

— Simone? — Soraya chamou baixinho, e a morena se esforçou para abrir as pálpebras pesadas, ainda mais ao sentir o hálito quente se aproximando de sua intimidade completamente sensível pela excitação. — Você me deixa maluca, sabia disso?

E, novamente, antes que a mais velha pudesse responder, Soraya encaixou o rosto entre suas pernas, fincando as unhas nas coxas grossas que envolviam sua cabeça, e que ela segurava firmemente no lugar. O clítoris intumescido era castigado pela língua da loira, quando a 'buceta ardente recebeu dois dedos que a preencheram sem aviso. Simone arqueou as costas, e os gemidos saíam sem pudor algum por sua garganta. Na procura de algo para se agarrar, ela encontrou as madeixas loiras, aproveitando para fazê-la se manter ali. Thronicke já podia sentir os músculos internos da mulher se contraindo em seus dedos, assim, ela aumentou ainda mais as estocadas. Enquanto se deleitava com o gosto de Simone, ela aproveitou para usar a própria mão que estava livre para aliviar seu próprio tesão.

Os gemidos se tornavam cada vez mais agonizantes, as duas estavam com a respiração descompassada, e assim que sentiu o corpo de sua amante relaxar em suas mãos, Soraya também chegou ao ápice.

A loira levantou o corpo, sentando no quadril da outra mulher novamente, enquanto a encarava. As duas permanecem com os olhares conectados, analisando uma a outra, conforme a respiração ia se tranquilizando. Simone descansou as mãos na cintura de Soraya, e a puxou carinhosamente para si. A mais jovem deita a cabeça em seu peito e se aninhou nela, sentindo o carinho em suas costas.

— Eu amo... Amo estar com você.

Quando Soraya percebeu o que quase havia dito, seu coração voltou a bater mais forte. A mulher realmente se assustou, mas conseguiu disfarçar bem. Ao menos era o que acreditava.

O coração de Simone também errou as batidas ao ouvir as duas primeiras palavras que saíram pela boca da loira, e mesmo quando ela tentou ajeitar a frase, Tebet sabia... Ela sabia o que Soraya queria realmente dizer, e ela ficou genuinamente feliz, porque sentia o mesmo.

Musas de Direita - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora