51. Elas e Novas Amizades

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Eram sete horas e quarenta e um minutos da noite, e o celular de Simone começou a tocar. Ela sorriu assim que viu quem chamava.

— Oi, querida. Está vindo pra casa? — Simone perguntou. Estava concentrada folheando as páginas de um código penal.

— Simone, em meia hora estarei nua em nosso quarto e espero te encontrar da mesma forma. — Um sorriso ansioso corre pelos lábios da professora ao ouvir as palavras ditas do outro lado da linha. — E de preferência, já esteja deitada na cama.

Não houve nem tempo de Tebet questionar — não que fosse fazer isso —, e a loira desligou a ligação. Simone não demorou a correr para o banho. Ela estranhou quando percebeu que o sabonete favorito de Soraya não estava ali. Às vezes Simone gostava de usá-lo só para se impregnar com o perfume da mulher que amava.

Algumas horas antes a loira havia mandado uma mensagem a César, contendo as seguintes palavras: "Carlos César, meu querido, me faz um favor? Vá até minha suíte e pegue o meu sabonete, é o Red Roses, e o meu creme Velvet Rose Oud, os dois do Jo Malone. Leve-os até o banheiro do quarto de hóspedes que tem uma figura da Betty Boop colada na porta, e não deixe que a Simone saiba de nada, por favorzinho. Obrigada. Beijos."

César aproveitou o fato de que Simone passou o dia inteiro no escritório, e conseguiu fazer com maestria o que sua ex-esposa havia pedido.

Assim que Soraya chegou em casa, ela correu para o quarto de hóspedes da Betty Boop. Ela prendeu os cabelos num coque e ligou o chuveiro, tentou ao máximo não se demorar muito. A água quente escorria por suas costas, e ela espalhava o sabonete líquido pelo corpo. Quando já estava em frente ao espelho, enxugando suas curvas com a toalha branca de algodão, ela segurou seu iPhone para checar a hora. Sorriu ao pensar que Simone provavelmente já estaria pronta para ela na cama.

Vestiu seu robe de cetim roxo, soltou os cabelos, que caíram em cachos abertos por seus ombros, e sem nada por baixo ela seguiu rumo a suíte principal. Soraya sorriu ao ter certeza de que a porta não estaria trancada. Durante um momento de descontração na sala, as donas da casa haviam acordado com todos os que frequentavam o ambiente de que não se entra num cômodo sem antes bater na porta, para que momentos de constrangimento fossem evitados.

Felizmente, nesse caso Thronicke não precisava anunciar sua entrada, e ela deslizou a mão pelo trinco e abriu a grande porta da suíte, fechando-a em suas costas rapidamente.

Soraya levanta os olhos e lá está ela: a mulher por quem ela seria capaz de fazer absolutamente qualquer coisa. Simone está deitada na cama, completamente nua, apoiando-se sobre os cotovelos, acariciando o tecido macio do lençol.

— Você não disse que estaria nua, Soraya? — Simone inquiriu séria, e ergueu uma sobrancelha. Ela não conseguia perceber o quanto a cena excitava sua mulher.

Soraya caminhou em passos lentos até a cama, manteve a pose. Subiu em cima dela até estar de joelhos entre as pernas alvas. O desejo disparou em seu baixo ventre no momento em que fitou a intimidade da morena, que já brilhava pela excitação que escorria.

— Mas olha que erro grave eu cometi, Simone. Será que não é melhor me castigar por isso?

Tebet riu debochada. Sentiu raiva por ainda não ter sido tocada e questionou sugestiva:

— O que acha de umas palmadas?

— Eu ia mandar você tirar meu robe — Soraya começa a desfazer o nó da própria veste —, mas — ela continua, e assim que a visão de seu sexo já está visivel à Simone, ela empurra delicadamente a mulher de costas —, eu mesma posso fazer isso enquanto você pode usar as suas próprias mãos pra se tocar. Me mostre o que você quer que eu faça em você, meu bem.

Musas de Direita - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora