Era dia de voltar a Brasília, lugar onde Tebet e Thronicke possuíam suas residências adicionais, para estarem próximas ao Senado. Soraya havia acabado de receber alta médica, e também havia dado seu depoimento sobre o acidente. Os dois motoristas estavam errados; o jovem por estar em alta velocidade e a loira por estar no meio do cruzamento, com o carro quase parado, na sequência de ter furado um sinal vermelho.
— Soraya, largue isso. — Simone chamou a atenção da loira, que insistia em não sossegar o facho. — Já falei que eu arrumo sua mala, você tem que repousar.
A loira revira os olhos, enquanto se abaixa para pegar seu salto favorito da Prada.
— Eu já estou cem por cento, Simone. — Ela guardou os sapatos na mala, e foi em direção a outra mulher, que a encarava irritadiça. — Sei que você só quer o meu bem, me desculpe.
Soraya depositou um beijo rápido nos lábios da mulher, e antes que pudesse se afastar, Simone a segurou, olhando fixamente em seus olhos.
— Você passou por uma cirurgia no coração, e por menos invasivo que tenha sido o procedimento, você tem que seguir as ordens médicas.
Soraya deu um risinho.
— Ordens médicas, ou ordens de uma certa advogada?
Simone revirou os olhos, deixando que um sorriso contido aparecesse em seus lábios. Antes que pudessem voltar aos beijos, elas ouviram três toques rápidos na porta do quarto, que costumava ser de Soraya e Carlos César, e era o próprio que estava ali.
— Bom dia, meninas! — Ele diz animado, mas fica sem graça assim que percebe que atrapalhou o momento das duas. — Opa, me desculpem.
Ele diz enquanto corre para o corredor, fechando a porta novamente.
— Carlos César, pode entrar! — Soraya diz, enquanto as duas mulheres se separam do abraço, e Simone volta a fechar a maior mala da loira. — Estamos um pouco atrasadas para o voo, não é?
— É isso mesmo, minha querida.
Elas já deveriam estar no caminho em direção ao aeroporto, mas acabaram se atrasando por causa de Soraya. Ela ficou insistindo para fazer um tipo específico de massagem em Simone, que precisou manter o maior controle do mundo para não ceder, enquanto estavam no banho.
— Pronto, já estamos prontas. — Simone informou, assim que fechou o zíper da última mala.
— Vamos logo, meninas!
Tebet acenou para o chamado de César, ajudando-o a carregar as malas até o elevador, e depois, até o carro. Assim que a última mala foi guardada no porta-malas, o homem se despediu de ambas as mulheres, que partiram em direção ao aeroporto.
— Não estamos tão atrasadas assim. — Soraya disse, assim que Simone estacionou o veículo no estacionamento.
— Estamos sim. — A morena discordou, caminhando impaciente ao lado de Soraya, rumo ao local de decolagem.
— Simone, me deixe te ajudar a carregar essas malas, pelo amor de Deus. — Tebet carregava duas malas de rodinha e uma de mão, e a loira se sentia péssima ao vê-la fazer tudo sozinha. A mais velha a ignorou, e as duas chegaram até a sala particular para logo seguirem rumo ao avião. — Quando você vai mandar levarem suas coisas até Brasília? — Soraya perguntou, afivelando o cinto de segurança.
— Amanhã mesmo um dos meus funcionários leva.
— Eu não entendo porque não pegou suas coisas pra levar conosco agora.
— Estava com preguiça. — Simone mentiu. Ela queria aproveitar os momentos que estava livre, sem nenhuma reunião ou qualquer outro chamado do trabalho, para estar ao lado de Soraya, e ela acreditava que levá-la para arrumar malas em sua casa, não seria um programa muito atrativo.
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Musas de Direita - Simone e Soraya
Romance+18. Simone e Soraya, as apaixonantes e apaixonadas musas da direita brasileira, se envolvem numa paixão e num mistério. Pode ser que tudo acabe em família. Tudo fanfic, nada de compromisso com a realidade.