38. Chá Revelação e o Cisne de Papel

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— E então, vocês apostam em menina ou menino? — Maria Fernanda indagou, mantendo a atenção na tarefa de ajeitar os pratos e os talheres na mesa.

— Eu sei que é uma menininha que vem por aí! — Soraya respondeu certeira e animada, servindo os copos. — O que você acha, meu amor? — Ela perguntou para Simone, que estava distraída ajeitando guardanapos com Carlos César, que havia inventado de fazer dobraduras com os panos e é claro, arrastou a amiga para a missão.

— Eu acho... Eu acho que você está certa, meu bem.

Tebet não conseguia desviar a atenção dos guardanapos, pois estava irritadíssima por não conseguir fazer o cisne de pano tão bem.

— É menina, com certeza! — Carlos César também responde.

— A Isa tem certeza de que é menino. — Fernanda comentou e tirou mais um prato do armário.

— Maria Fernanda, filha — Simone chamou —, por que está pegando mais um prato? Estamos em cinco. Vem mais alguém?

— A Isabela disse que chamou uma amiga, é uma tal de Sylvia.

Nesse momento, os três senhores se espantaram.

— O quê? — Simone perguntou, um tanto incrédula.

— Sylvia, a ruiva? Professora de jiu-jitsu dela, de quando ela era pequenininha? — Soraya questiona a enteada.

— Isso! — Ela respondeu.

— O quê? Eu nem sabia que elas ainda mantinham contato! — A loira exclamou, surpresa.

— Foi a Bebela que me passou o contato dela quando eu comecei a treinar naquela época terrível lá... — César se juntou ao assunto.

— Você está brincando, Carlos César! Por que será que a Isabela resolveu convidar a Sylvia se ela não quis ninguém aqui além de nós?

— Eu acho que elas são um tanto próximas... Tem algo de errado com essa mulher? — Maria Fernanda estranhou o bafafá.

— Não, não tem! — Simone respira fundo. — Hoje é o dia da Isabela descobrir se é mãe de uma menina ou um menino, não vamos estragar nada.

— Ela come sua madrasta com os olhos. — César sussurra para Maria Fernanda. — Sua mãe morre de ciúmes, e quando a Sylvia chegar aqui você vai entender o porquê.

— O que vocês estão cochichando aí? —Soraya fuzilou César com os olhos, e foi até Simone para beijar sua bochecha fofa e massagear seus ombros que estavam tensos.

— Nada, amada! — Carlos César fez um sinal de zíper fechando a boca, e voltou para a função de dobradura.

Foi então que Isabela surgiu na sala de jantar, com uma careta insegura no rosto, usando um vestido azul que havia comprado junto de Maria Fernanda.

— O que vocês acham? Fiquei muito estranha com esse vestido? Meu Deus, como meu corpo pode ter mudado tanto em tão pouco tempo? Meu bebê tem só doze semanas!

— Você tá linda! Lindíssima, deslumbrante. — Maria Fernanda corre até a amiga e faz um carinho em seus braços, admirando-a com ternura. — Com doze semanas você está no início do terceiro mês, não é pouca coisa!

— Filha, você ficou linda nesse vestido, meu amor! — A loira elogiou a filha, ainda empenhada na massagem nos ombros de Simone.

— Seu corpo está igual o da sua mãe quando ela estava te esperando! — César exclamou.

Isabela acha engraçado o fato do pai ficar emocionado ao falar, e se sente aliviada por ser comparada com sua própria mãe, que ela considerava ser a mulher mais bonita do mundo.

Musas de Direita - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora