25° capítulo

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Continuação...

Jay me alcançou minha bolsa do banco de trás, já que Clare havia trago pra mim quando desceram do restaurante. Me despedi de Jay mas ele desceu do carro junto de mim.

— vai ficar? — perguntei com ele olhando eu girar a chave no portão.

— quero conversar contigo. — abri o portão sentindo um pouco de medo, mas não dele, era um medo como se eu tivesse feito algo de errado.

Acontecia no orfanato. "Sarah, esteja em minha sala em 5 minutos, preciso conversar com você".

Era a mesma sensação.

Adentramos pra dentro de casa e fiz o mesmo procedimento de todas as vezes, com as senhas e alarmes, até finalmente subir lá pra cima com Jay logo atrás de mim.

— aaaah, vou tirar essa calcinha molhada. — digo em alívio por estar em um ambiente que posso fazer o que eu quiser.

Sigo ao closet, com Jay me seguindo. Sentia a presença dele ali mas eu estava de costas.

— oque quer conversar? — pergunto em meio ao silêncio, não demorando muito para sentir uma mão cobrir minha boca lentamente.

Naquele momento pensei não ser Jay, mas era ele, acabamos de entrar. Quem era mais alto que ele e tinha essas mãos tão firmes?

— hummm.. — resmunguei e logo senti uma respiração no pé do meu ouvido.

— eu vou perguntar tudo e você vai me dizer tudo, entendeu? — concordei, com minha calcinha limpa em mãos já me molhando por inteira, sem saber que tipo de pergunta seria. — então combinado. — me soltou e eu me virei.

— oque foi isso? — ri. — deu tesão, você não me passou medo. — Jay me olhava sério e em um movimento rápido enfiou a mão dentro de seu bolso, ou perto dele, e eu vi em sua mão uma arma preta, aquela que estava em seu porta luvas. — como pegou isso tão rápido? E sem eu ver? — pergunto confusa e surpresa.

— ainda não deu medo? — Jay se aproximou lentamente e se mostrando autoritário.

Eu olhei para cima em seus olhos e fiz cara de submissa, gostando da ocasião.

Jay era perigoso e eu tinha consciência disso, mas era impossível não sentir tesão pelo seu lado mal.

— ainda não. — digo mais submissa do que nunca, mostrando que se ele quisesse fazer algo, poderia.

Eu fiquei satisfeita dentro daquele carro, mas aqui é minha casa, e estamos dentro do closet.

O lugar mais prazeroso que eu tenho belas lembranças.

— e agora? — sua arma tocou minha cabeça e eu fechei os olhos sentindo as duas coisas ao mesmo tempo, mas que falhavam como um disco arranhado.

Tinha tesão, mas também medo de minhas lembranças.

— saiba que eu sou capaz, mas eu não vou fazer isso ainda. — tirou a arma de minha cabeça e eu o encarei, mordendo o meu lábio com um pouco de medo. — troca de roupa e volta pro quarto. — gesticulou com a arma e o vi sair andando.

Quando ele saiu, suspirei fechando os olhos e sentindo meu coração acelerado, mas eu não estava tão nervosa a esse ponto, fiquei com medo e isso fez ele acelerar mais.

Era óbvio que aconteceria, ele vai me matar e estava sendo bonzinho demais!

Mas eu saquei, quer que eu entenda que quem manda é ele, e que eu não posso ficar criando o que nao existe.

E não estou, mas ele não sabe.

— relaxa, ele só é assim pra mostrar que tem mais autoridade que você. — digo pra mim mesmo e decido retirar aquele vestido.

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