49° capítulo

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Sarah.

Em meu carro tive uma conversa com o Brutus bem séria sobre como se comportar, principalmente por que provavelmente terá pessoas que não saberão só olhar, vai ter que tocar o cãozinho.

Mas Brutus entendeu, ou pelo menos pareceu que sim.

Descemos do carro e andamos pelo estacionamento repleto de carros chiques e grandes, que a propósito, brilhavam.

— vamos ver o papai? Em? — falo com voz fofinha quando Brutus se distraiu com uma pomba e a coleira ficou pesada em minha mão.

— senhora, não é permitido a entrada de animais na empresa, sinto muito. — o segurança me barrou na entrada e esticou a mão para mim como se eu não pudesse passar daquela linha imaginaria.

Brutus queria avançar, mas com cautela.

— senhor. — debocho. — meu namorado é o dono, Jay Coleman. — ele voltou a sua posição normal e eu esperei por algo.

— Jay, é? — duvidou. — vou precisar averiguar, aguarde um momento. — suspirei impaciente e fiz uma pose batendo o pé no chão.

Ele apenas apertou o radinho em seu ombro e perguntou sobre mim a outro segurança, que também não soube dizer se me conhecia. Só quando peguei o meu celular, ele pareceu ficar incomodado.

oi. — Jay atendeu e coloquei no viva voz.

— amor, da pra dizer pros seus competentes seguranças, que eu e seu filho queremos subir? — digo olhando fundo nos olhos daquele homem careca alto, que se achava o ban ban ban.

Júlio que está a sua frente? — aperto os olhos aos traje que ele usava, enxergando em seu uniforme outro nome.

— Dix.. — pra mim Dix é um apelido feminino.

deixe que ela entre, agora. — ordena, mas não rudemente como pareceu.

No final, mesmo incomodado, Dix me deixou passar pela porta giratória, que a propósito, foi uma péssima escolha com Brutus achando o espaço apertado.

— calma, filho. — todos, e quando digo isso, é todo mundo mesmo, estavam olhando pra gente.

Todos grudaram os olhos em nós. Conseguia sentir a temperatura de minhas bochechas alcançarem o limite de queimação.

aaaaah, lá vamos nós. — suspiro e sussurro a mim, ainda com tantos olhares naquele saguão.

Eram clientes de várias idades e funcionárias atrás de um balcão, bem como minha empresa.

Mas essa não atendia pessoas procurando por ajuda e sim sei lá... Pessoas querendo café para sua empresa?

se comporta meu bem. — Brutus estava tão atento quanto eu, mas se comportava não deixando a coleira me puxar.

Acho engraçado gente que não passeia com os cães, pois deixa os cães passearem com eles.

Além do Brutus roubar a cena, eu também notava olhares a mim, e não era pra menos, eu usava minha calça preta apertada que me dava um bundão. Além do meu coturno alto e elegante.

Em cima estava apenas com um top de renda mas que não era transparente e era todo preto. Mostrava pouco minha barriga mas meu casaquinho estava escondendo oque eu queria mostrar.

Aperto freneticamente o elevador enquanto pergunto ao Jay qual andar eu paro e ele disse que trabalhava no penúltimo andar.

O elevador parou cinco vezes. Nele entraram e saíram pessoas, que segundo eu, eram bem bonitas.

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