69° capítulo

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Sarah.

Jay e eu fizemos uma transa tão gostosa pra ver se eu me acalmava, teve adrenalina, uma das músicas que sempre colocamos, e muito tapa na minha bunda.

Me senti mais confiante em sair de casa pra pegar um avião.

Estava tudo pronto, nossas malas feitas e passaportes e documentos em dia.

Fizemos a troca do dinheiro antes de ir e passamos pra buscar o Fhilip, que tinha apenas uma mala igual a Jay.

Eles acham que isso é suficiente.

— tô muito feia assim. — nega ajeitando o óculos de sol em meu rosto.

— não tá nada, esse moletom valorizou o seu corpo. — ri.

— ele é largo, e eu tô usando uma legging. Eu queria ter vindo com um vestido bonito. — fico triste e ele alcança meus lábios.

— relaxa princesa, quando pisarmos em Paris, vai usar a roupa que quiser, e não vai precisar dos óculos. — me sinto tão confiante com ele, que não falo nada pra estragar isso.

Fizemos o check in todo e eu estava tão apreensiva, mas eles não me olhavam diferente e logo adentramos o avião.

Jay e eu estávamos na janela, só nós dois, enquanto Fhilip estava algumas poltronas atrás dividindo o espaço com uma senhorinha tailandesa.

relaxa, boneca. — entrelaçou nossos dedos e eu apertei o descanso de mão forte, respirando fundo e concordando.

ok. — estava na janela, e sério, sentia mais confiança de estar ali do que na ponta, por que alguém poderia me reconhecer se olhasse muito.

Quando o avião começou a decolar, a turbulência foi grande. Eu queria vomitar mas Jay me dizia belas palavras, alegando que o céu estava lindo lá fora e que Clare nos esperava na tão sonhada casa de verão, a qual eu costumava ir em eventos breves, que não eram férias e sim feriados.

Eu conheço todas as casas de férias de Clare, sabendo que dona Elizabeth gosta de mudar.

Por exemplo em sua casa, todo mês ela muda uma decoração ou um móvel de lugar.

Clare tem tanto trauma disso que se ela parar em um lugar, ela fica. Exceto com homens.

Fhilip tá sendo uma exceção bem grande.

— lembra oque conversamos? — disse baixinho e eu respirei fundo.

— tô passando mal, Jay. — minhas mãos estavam trêmulas e minha vista turva. — tá quente aqui. — afirmo sentindo o meu corpo todo percorrer uma onda de calor da cabeça aos pés.

— tudo bem, vamos tirar o moletom e manter a calma. — com sua ajuda, me despi daquele moletom dele, que era macio e confortável, mas não valorizava o meu corpo como ele descreveu. — melhor? — encosto o rosto em seu ombro e concordo enquanto fecho os olhos, com a respiração ofegante ainda.

O avião se mexia muito, eu ouvia risadas distantes e conversas perto. Tinha duas crianças de uns 8/9 anos rindo da adrenalina e um bebê chorando e fazendo manha, como se tivesse acordado com um susto.

A senhora tailandesa falava com sotaque, a algumas poltronas atrás e Fhilip parecia gostar da conversa.

A mão de Jay acariciava a minha coxa com sutileza, subindo um pouco e me fazendo despertar completamente.

tem um casal de idosos do nosso lado. — falo perto do seu ouvido, me referindo aos acentos no corredor, ao qual tinha um casal de senhores idosos, que olhavam um mapa e liam um livro. Do lado deles um homem qualquer. — por Dios, este avión no se puede estrellar, está temblando así, por qué? — digo aterrorizada, desistindo de falar sobre o homem. Jay passa o braço em volta de meus ombros, agora me acariciando e me deixando em seu peito quente.

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