66° capítulo

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Sarah.

Hoje era terça, Jay saiu 5:30 da manhã pra uma missão, agora são 12h.

— você vem comigo? Eu tô com medo. — dou o comando certo ao Brutus, que vem todo atento. — proteger, não atacar. — faço gestos. — cuidar da mamãe, entendeu? — ele late e dou um biscoito de cachorro a ele. — então vamos lá.

Vou com todo medo e respiro fundo antes de sair pela porta.

Quando abro o portão com o controle remoto, avisto o carro chique e preto do outro lado da rua.

Ele baixa o vidro, me deixando notar a sua aparência mais de perto e não do quarto de hóspedes do segundo andar, que é virado pra rua. 

Tinha algumas tatuagens na cara, além da barba grande.

Caminho lentamente até ele, vendo que a rua e a vizinhança estavam tranquilas.

— oi, dona. — ele era forte e parecia ser alto. Tinha por entre 30 a 40 anos.

— é... Não sei oque o Jay disse mais... Eu fiz bastante comida. — Brutus estava tão quieto, mas atento pra caralho. Tava com medo que ele fizesse algo.

— tenho ordens pra ficar aqui fora, mas posso fazer uma pausa de 20 minutos pro almoço.

— 20? Até você chegar em algum lugar é mais que isso. — fico indignada com o Jay.

— já tinha pensado em tudo, eu pediria aqui no carro mesmo. — hum.

— você quer entrar? — eu tava com medo, mas mais medo dele aqui fora do que perto de mim.

— oque você fez pro almoço? — ele usava óculos de sol, mas estava me encarando.

— arroz, feijão, bife com cebola e salada.

— tem pimenta? — penso.

— é, tem. — ele concorda, tirando o cinto.

Brutus se remexe.

— ele é amigo, filho... Brutus, olha pra mamãe. — vai dar merda. — Brutus, não! — ordeno quando segurar ele na coleira estava difícil.

— relaxa, dona. O cheiro da minha pinscher deve estar em mim. — ele desce do carro e Brutus começa apenas a cheirar as suas pernas.

— tá. Já chega, Brutus! — falo rude e ele para, me encarando com a língua pra fora.

É, só queria sentir o cheiro mesmo.

Quando entramos, eu mandei uma mensagem pro Jay, mas ele não iria responder essa sendo que já mandei mais de vinte a ele pela manhã.

— deixa eu ver onde tá a pimenta... — abro o armário mas ele já estava na geladeira.

— molho shoyu também é bom pra colocar no bife, sabia disso? — o encaro e nego fraco, fechando o armário.

— não sabia. — sorri.

— aqui está a primenta. — pegou os dois frascos da geladeira e não questionei.

Ele serviu a nós dois, oque foi estranho, mas eu também não questionei.

Sentamos a mesa e eu havia feito suco de uva.

Em meio ao almoço, o papo foi do pinscher dele ao motivo dele começar nessa vida, e logo depois o por que aceitou fazer esse trabalho ao Jay.

Eu senti muita confiança nele quando falou que serviu no exército com Jay, e que diferente do Jay, ele não gosta de se envolver com mortes, mesmo que a pessoa não seja inocente.

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