39° capítulo

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Sarah.

Jay me esperava lá fora, enquanto Clare e eu preenchiamos uma pequena papelada. Além de pagar também.

acho que é uma péssima ideia. — não parava de sussurrar ao meu lado, sentada no sofá de estofado preto e de couro, ou seja lá qual é esse tipo de textura.

— para, preenche logo, vai sair daqui com o umbigo furado e pronto. — digo séria, assinando minha assinatura após ler oque estava escrito.

— pra você é fácil falar, já tem um piercing no nariz. — ri.

— essa mini pedrinha? Clare, vou furar o umbigo e nunca nem senti qual é a dor. Não fala que é fácil pra mim. — eu falei em meio as risadas.

— olha aquele cara lá, ele tem milhares de tatuagens e piercings. — falou baixo somente para que eu ouvisse.

O ambiente em que estávamos era uma sala de tamanho mediano, mas que cabia um sofá de canto, algumas poltronas e o sofá em que estávamos. Tinha prateleiras com vidros onde ficavam os piercings e já fomos apresentadas a eles. Fora a decoração caótica e bem exótica.

Havia uma porta grande que dava pra passar cinco de mim uma do lado da outra bem de boa, lá era o estúdio. Eu vi três homens ou quatro, dois faziam tatuagens e um colocou piercing em uma moça que já foi embora.

Porém era em um espaço diferente já que ela saiu de uma pequena porta.

— eu vou furar primeiro, não esquece. — digo, querendo falar com Jay enquanto Clare está lá dendro.

Havia pedido a moça que me colocasse primeiro que Clare, porém como Clare estava muito assustada e aparentemente não precisava de mim no momento da perfuração, deixou que duas meninas passassem na sua frente, e elas iriam furar várias partes das orelhas e sombrancelhas.

Oque significa que Jay vai encher minha cabeça por um longo período.

— desde que eu não saia daqui e você esteja transando com Jay dentro do carro, por mim tudo bem. — olhei pra ela que deu de ombros enquanto olhava pra outra direção.

— só vamos conversar, relaxa. — ela me olhou com os olhos cerrados e duvidosos.

— Sarah Miller? — Clare é interrompida de prosseguir com alguma frase que me retrucaria, já que a voz masculina ecoou daquela porta larga para a sala silenciosa de espera.

Meu corpo se arrepiou todo ao ponto de eu me sentir ficar quente. O nome é meu, mas ele me assusta.

Naquele momento senti que tinha um rosto angelical, usava óculos grandes e tinha 12 anos.

Todas aquelas poucas pessoas presentes ali, me olharam. Mas não tinham caras sérias e espantadas, somente me olharam por conta de minha movimentação. 

Quando atravessei o espaço da porta, após me despedir de Clare e vê-la roer as unhas, me senti mais tranquila por algum motivo.

— pode entrar e ficar a vontade. — ele me deixou passar primeiro pela porta e bem a frente dela tinha um homem tatuando o lado esquerdo do peito, oque fez ele fechar a porta para a minha privacidade. A perfuração era realmente separada do ambiente de tatuar.

A sala era pequena, com um espelho enorme deitado na parede e duas cadeiras bem a frente delas, com uma bancada comprida.

Atrás tinha um móvel baixo com vários utensílios.

Mas eu notei mesmo foi meus pensamentos sobre o tatuador, ou seja lá como ele é chamado.

Tomado por tatuagens neutras e coloridas, usava alargadores não tão grandes nas orelhas, tinha um rosto marcado e singelo, com um bigode não tão grande e um piercing na sombrancelha.

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