34° capítulo

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Continuação...

Jay.

A cabeça jogada para trás sob o sofá, me fazia ficar calmo.

Já havia pedido o almoço e Sarah não saiu da cozinha desde a última conversa.

Eu não quero dizer tudo a ela, eu vou assustá-la. Dizer sobre esse sonho era segredo meu! Não dividi com ninguém, nem mesmo escrevi ou falei em voz alta até o momento.

Estava preso em minha memória.

E ele me atormenta! Foi tão real que eu não consegui tirar da cabeça o mês inteiro aquele sonho. Depois daquela noite foi um atrás do outro.

Sarah implorava, era diferente do que conheço, menos sensível, mais apimentada do que o normal.

Mais safada do que é agora!

Certas vezes estava implorando para que eu poupasse sua vida, outras vezes me pedia pra atirar ali mesmo.

Alguma coisa me fez crer que eu não devo fazer oque planejei, por causa desse sonho.

Logo escuto o som alto da campainha e o som do móvel da cozinha sendo arrastado. Segui para a porta e no mesmo momento Sarah apareceu, assustada.

Ela tinha o semblante intrigado.

Saio pela porta antes dela e avisto o entregador retirando do fundo de sua mochila, o meu pedido.

Sarah queria algo com batatas e eu comprei hamburguer.

— tudo bom? — cumprimento. 

— tudo bem, obrigado. Bom apetite.

— valeu. — pego o pedido de suas mãos e sigo para dentro. O pagamento fiz pelo Pix na hora de finalizar o pedido.

Não estava com trocado também, somente cartão, se não eu daria uma gorjeta.

Quando entrei, Sarah estava curiosa olhando para a sacola e eu odeio seriamente esse clima entre nós.

— vamos esquecer do rumo da conversa e comer como bons amigos. — sugeri, querendo realmente isso.

— tudo bem... — suspirou triste.

Sarah praticamente me disse pra matá-la. E o fato dela não conseguir viver sobre o mesmo chão e céu que John, de fato me incomoda lá no fundo.

Por motivos pelo qual eu sei o quão fascinado por Sarah John é.

Mas de resto, no fundo eu não ligo se ela mesmo se dará um fim, mas eu não quero que seja do nada ou em um dia próximo.

Sou tão egoísta a ponto de dizer que quero matá-la mas não quero que ela se mate?

Nossa que situação chata!

Pegamos os pratos e Sarah serviu os hambúrgueres em cada um, enquanto eu peguei um suco de caixinha na sua geladeira. Refrigerante vai dar um desarranjo nela mais tarde. Principalmente pela mistura de remédios com porcarias.

— o seu é esse aí, sem tomate. — digo em meio ao silêncio, não fazendo contato visual com ela.

— como... Ah, esquece. — ia protestar mas deu de ombros negando e deixando pra lá.

Ela levou os pratos pra sala e eu a segui com os copos de sucos. Admirei ela o percurso todo.

E falando de uma forma gostosa, Sarah me assombra a noite inteira. Eu sou fascinado por ela, pela sua história de vida... Sempre me perguntei como seria fuder com a inimiga e esse ato eu já provei, é uma delícia.

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